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Os anéis inteligentes estão transformando a forma como interagimos com a tecnologia vestível, oferecendo uma alternativa discreta e eficaz aos tradicionais smartwatches. Uma análise aprofundada, realizada pela renomada jornalista Victoria Song, da The Verge, colocou à prova seis dos mais promissores dispositivos do mercado. O objetivo: identificar qual anel inteligente se destaca verdadeiramente em um cenário cada vez mais competitivo, fornecendo dados precisos e uma experiência de usuário superior, conforme revelado na matéria original atualizada em 10 de setembro de 2025.
Após anos categorizados como nicho, esses gadgets compactos agora capturam a atenção do público geral. Mais finos, precisos e confortáveis que suas versões de uma década atrás, os anéis inteligentes emergem como uma escolha perspicaz para quem busca monitoramento de saúde sem as inconveniências de um relógio inteligente. Sua discrição e bateria de longa duração, aliadas à precisão na coleta de dados biométricos a partir do dedo, conferem-lhes uma vantagem notável sobre os dispositivos de pulso, que podem ser volumosos, exigir carregamento diário e não se adaptar a todas as atividades ou estilos de vida.
Anéis Inteligentes: Oura Ring Lidera Teste Exaustivo
A pesquisa de Victoria Song não se configurou como um guia de compra tradicional, mas sim um rigoroso “desafio” pessoal. Durante meses, a jornalista mergulhou na experiência de viver com os seis anéis simultaneamente: o Oura Ring, Ultrahuman Ring Air, Circular Slim, Samsung Galaxy Ring, RingConn e Evie Ring. Ela dormiu, tomou banho, se exercitou e comparou meticulosamente montanhas de dados de saúde, culminando em uma eliminação progressiva até que apenas um fosse declarado o vencedor absoluto.
Avaliando os Contendores e suas Limitações
O primeiro dispositivo a ser descartado foi o Circular Slim, cotado a US$ 294. Apesar das promessas, o anel falhou significativamente em sua execução. A acurácia, aspecto crucial para um rastreador de saúde, foi frequentemente imprecisa, com erros gritantes de até 5.000 passos em comparação com outros wearables. Além disso, a sincronização dos dados com o aplicativo se mostrou uma tarefa tediosa, levando de dois a três minutos e frequentemente causando frustração. O Circular Slim é o único com aspirações além do rastreamento de fitness, prometendo um motor de vibração para notificações e um chatbot de IA, porém, as notificações ainda são uma funcionalidade pendente há anos, e o chatbot não demonstrou grande utilidade. A bateria com duração de dois a três dias, aliada a um carregador em formato de stick USB fácil de perder e uma sensação de plástico barato, selou sua eliminação.
Em seguida, veio o Evie Ring, com preço de US$ 269. Admirado por seu design estético e conforto incomparável, o Evie Ring destaca-se pela sua fenda aberta, permitindo o ajuste do anel em casos de inchaço ou ganho de peso. Contudo, seu principal entrave reside nos desafios típicos de um produto de primeira geração. Apesar de suas funcionalidades operarem decentemente, faltava polimento. Atualizações de firmware e sincronização demorada eram comuns, e a Movano ainda não havia otimizado a apresentação e contextualização dos dados. Apesar de um relançamento recente visando abordar essas questões, o Evie Ring ainda demonstra a necessidade de aprimoramentos para alcançar um nível de excelência.
O RingConn, custando US$ 279 (com um preço promocional atual de US$ 139), embora não fosse ruim, pecou por não se destacar em meio à concorrência. Ele se diferenciou pela melhor duração de bateria da análise, entregando consistentemente de seis a nove dias com uma única carga, além de possuir um prático estojo de carregamento. No entanto, sua natureza excessivamente mediana, oferecendo apenas um rastreamento de saúde básico e geralmente funcional, impediu que se classificasse como um concorrente de ponta. Sua forma levemente quadrada também foi apontada como um pequeno incômodo. Em uma disputa acirrada, a performance meramente “boa” não foi suficiente.
Concorrentes Fortes: Samsung Galaxy e Ultrahuman Ring Air
O Samsung Galaxy Ring, precificado em US$ 400 (atualmente US$ 299), brilhou no que tange ao hardware. Descrito como o anel mais fino e confortável depois do Evie Ring, e com um elegante estojo de carregamento futurista, ele demonstra um acabamento primoroso. Todavia, seu ponto fraco reside na otimização exclusiva para o ecossistema Samsung. Para usufruir da melhor duração de bateria, é preciso emparelhá-lo com um Samsung Galaxy Watch. Gestos intuitivos de controle da câmera ou para dispensar notificações requerem um smartphone com One UI 6.1 ou superior, transformando-o, essencialmente, em um acessório otimizado para o Galaxy Watch.

Imagem: Victoria SongCloseVictoria SongSenior Re via theverge.com
O Ultrahuman Ring Air, vendido por US$ 349, chegou muito perto do título. Fino, leve e esteticamente agradável, ele oferece uma bateria razoável de três a quatro dias. Seu ponto forte reside no rastreamento e treinamento de fitness, mirando especialmente em atletas. Enquanto o Oura Ring foca no bem-estar geral, o Ultrahuman é orientado à otimização. O aplicativo de acompanhamento oferece recomendações personalizadas para hábitos de sono, incluindo horários ideais para consumir cafeína, e um temporizador Phase Advance para quem busca antecipar o ritmo circadiano. Possui ainda “Power Plugs”, widgets personalizáveis (alguns pagos, como a detecção de Fibrilação Atrial, que custará US$ 4,90 mensais) para diferentes objetivos. A precisão, em geral, é comparável a outros dispositivos, porém, a interpretação dos dados foi vista como excessivamente generosa em métricas como VO2 Max e frequência cardíaca em repouso. Sua inclinação para usuários que valorizam um treinamento aprofundado o torna uma escolha excelente para entusiastas, mas talvez excessivo para o usuário comum.
O Vencedor Incontestável: Oura Ring
No embate entre os avanços em tecnologia vestível, o Oura Ring, agora em sua quarta geração (custando US$ 349), solidificou sua posição como líder. Embora a terceira geração, de US$ 199, já se destacasse, a versão mais recente reforça ainda mais sua supremacia. A Victoria Song observa que a maioria dos anéis testados superava o Oura em uma ou duas funções específicas, mas nenhum conseguiu igualar o desempenho global e a consistência da marca. A Oura investe massivamente na validação de seu algoritmo, colaborando com pesquisadores e disponibilizando vasta documentação sobre suas funcionalidades. Anos de trabalho e refinamento mantiveram o Oura Ring à frente da concorrência.
Seu aplicativo é extremamente polido, a sincronização e as atualizações ocorrem sem percalços, e o produto está amplamente disponível. Curiosamente, a intensificação da concorrência nos últimos meses estimulou a Oura a lançar ainda mais recursos e atualizações do que em períodos anteriores. As principais ressalvas levantadas pela revisora incluem a mensalidade de US$ 6 e a base de carregamento, que, apesar das esperanças de melhoria, manteve-se praticamente inalterada na quarta geração. Enquanto anéis inteligentes ainda não suplantarão smartwatches em multifuncionalidade e custo-benefício, para aqueles que buscam o melhor anel inteligente do mercado, o Oura Ring se mantém como a escolha ideal.
Apesar de cinco outros anéis terem tido a chance de destroná-lo, o Oura Ring continua sendo o rei dos anéis inteligentes testados, demonstrando que precisão, polimento e um compromisso robusto com a pesquisa o colocam em uma categoria à parte. Este panorama competitivo certamente continuará a impulsionar inovações, e novos desafiantes poderão surgir, mas por enquanto, a coroa pertence ao Oura Ring. Para mais insights sobre tecnologia e análises aprofundadas, explore mais análises em nossa editoria de conteúdo.
Crédito da Imagem: Amelia Holowaty Krales / The Verge
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