Tarcísio critica ‘sentença injusta’ de Bolsonaro

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou-se após a condenação de Bolsonaro pelo STF, que sentenciou o ex-presidente por golpe de Estado e outras infrações. De acordo com o chefe do executivo paulista, o ex-mandatário e os demais réus são vítimas de um veredito “injusto e com penas desproporcionais”, posicionamento amplamente ecoado por aliados e parlamentares bolsonaristas.

A decisão, proferida pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, provocou lamentações, solicitações de anistia e manifestações de descontentamento por parte do grupo político do ex-presidente. As críticas se intensificaram após os votos que formaram maioria pela condenação, gerando uma onda de pronunciamentos públicos em diversas plataformas.

Tarcísio critica ‘sentença injusta’ de Bolsonaro

Tarcísio de Freitas (Republicanos) recorreu à sua conta oficial na rede social X (anteriormente Twitter) para expressar seu descontentamento. Em sua publicação, ele afirmou: “Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas. O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais. A história se encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá. Força, presidente. Seguiremos ao seu lado!”. A declaração reforça o tom de apoio irrestrito ao ex-presidente, ao mesmo tempo em que questiona a legalidade e a fundamentação da condenação.

O Governador de São Paulo e o Posicionamento Estratégico

Não foi a primeira vez que Tarcísio de Freitas externou sua reprovação a ações do Judiciário em relação a Bolsonaro. No domingo anterior ao julgamento, durante um ato em defesa do ex-presidente na Avenida Paulista, o governador já havia se manifestado de forma contundente contra o STF, criticando o que classificou de “tirania” do ministro Alexandre de Moraes. Esse alinhamento com Jair Bolsonaro é visto no cenário político como uma tentativa de angariar o apoio do ex-presidente para uma possível candidatura à presidência da República nas eleições de 2026, indicando um movimento estratégico para as próximas disputas eleitorais.

As Reações dos Filhos e de Outros Aliados no Congresso

Após a proclamação da maioria dos votos pela condenação, incluindo o da ministra Cármen Lúcia, outros membros proeminentes da família Bolsonaro e de sua base política reagiram prontamente. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, criticou o voto da ministra, argumentando que a corte não individualizou as condutas dos réus. “Pessoas que não se conhecem e nunca se falaram passaram a integrar uma organização criminosa. Discurso virou prova de premeditação. Narrativas viraram fundamento jurídico”, declarou ele. Flávio Bolsonaro também direcionou fortes críticas ao ministro e relator do caso, Alexandre de Moraes.

Em sua publicação no X, o senador Flávio Bolsonaro atacou: “A pretexto de defender a democracia, os pilares da democracia foram quebrados para condenar um inocente que ousou não se curvar a um ditador chamado Alexandre de Moraes”. Ele prosseguiu, afirmando que o que chamam de julgamento foi um processo cujo resultado já era sabido antes do início, não pelo conteúdo dos autos, mas por quem iria julgar. “A isso chamam de defesa da democracia. Não, isso é defesa da supremacia”, concluiu.

Demanda por Anistia e Previsões de Sanções Internacionais

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também filho do ex-presidente, reiterou a defesa de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” para o pai e para outros condenados em processos relacionados. Ele salientou que nenhuma medida diferente surtirá efeito de pacificação, prevendo que “a perseguição de Alexandre de Moraes continuará”. Eduardo, que se mudou para os Estados Unidos no início do ano em busca de apoio do ex-presidente Donald Trump para barrar processos criminais contra o pai, disse à agência Reuters que espera mais sanções do governo americano após a condenação.

O parlamentar alertou que os ministros do STF que votaram pela condenação de Jair Bolsonaro — Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin — poderiam enfrentar sanções sob a Lei Magnitsky, já aplicada pelo governo Trump contra o ministro Moraes. O ministro Luiz Fux foi o único a votar pela absolvição do ex-presidente.

Tarcísio critica ‘sentença injusta’ de Bolsonaro - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

Além dos parlamentares, o ativista bolsonarista Paulo Figueiredo, que também reside nos Estados Unidos desde fevereiro e tem atuado no lobby por sanções ao país, considerou a condenação uma “consumação” de uma perseguição. Ele ameaçou trabalhar por novas sanções e informou, à rádio CBN, que estava repassando ao governo dos Estados Unidos, em tempo real, os momentos do julgamento.

Vozes Conservadoras Reafirmam Luta Política

Outras figuras do cenário político alinhado a Bolsonaro também expressaram forte repúdio. A senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) classificou o julgamento como uma “narrativa vingativa” e a decisão dos ministros como uma “vergonha”, alegando falta de imparcialidade. Contudo, Damares garantiu que a condenação não deterá a direita, mas, ao contrário, a fortalecerá. “Estaremos cada vez mais fortes para trabalhar pela anistia de todos os presos políticos de nossa Nação”, afirmou a senadora, que elogiou o voto de Luiz Fux, considerando-o uma “aula de Direito Constitucional e respeito aos direitos humanos”.

O advogado e ex-deputado federal major Vítor Hugo (PL-GO) descreveu o dia do julgamento como “um dos dias mais tristes de nossa História recente”. Ele reforçou que Jair Bolsonaro foi condenado por uma “narrativa frágil, desmontada ponto a ponto pelo Ministro Luiz Fux”, e previu que “a História julgará todos os atores desse episódio nefasto”. O senador Marcos Rogério (PL-RO) reiterou que o resultado era previsível e não surpreendia “zero pessoas”, asseverando que “STF virou teatro e Moraes e companhia usam a caneta para se vingar”. Para mais informações sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal, visite o site oficial da corte.

As reações à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro revelam uma profunda polarização política e jurídica, com aliados condenando veementemente a decisão do STF e reiterando a necessidade de anistia. Para aprofundar seu conhecimento sobre o cenário político nacional, continue acompanhando a editoria de Política do Hora de Começar.

Crédito, AFP


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