Baterias de Silício-Carbono Moldam Novos Smartphones Mais Finos

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A revolução das baterias de silício-carbono está transformando a concepção dos smartphones, permitindo dispositivos significativamente mais finos com uma autonomia de energia prolongada. No entanto, enquanto mercados como o asiático já desfrutam desses avanços, consumidores nos Estados Unidos permanecem à margem, aguardando a adesão dos principais fabricantes à nova tecnologia.

Estas inovações, baseadas em células de silício-carbono, possibilitam a inclusão de maior capacidade de energia em espaços reduzidos, ou a manutenção da mesma capacidade em formatos drasticamente menores. Essa abordagem está redesenhando o futuro dos dispositivos móveis globalmente, exceto para as maiores marcas que operam no mercado americano.

Baterias de Silício-Carbono Moldam Novos Smartphones Mais Finos

Empresas como Honor, com seu modelo Power apresentando uma bateria impressionante de 8.000 mAh (capacidade que supera alguns iPads), e Oppo, com o dobrável Find N5 que oferece 5.600 mAh em um design ultrafino similar ao Samsung Galaxy Z Fold 7, estão na vanguarda. Essa tendência não se restringe a estas marcas; Huawei, Xiaomi, Vivo, OnePlus e Nothing também já lançaram smartphones incorporando a tecnologia de silício-carbono.

A Ascensão da Tecnologia de Silício-Carbono

O conceito central reside na substituição do ânodo de grafite, presente na maioria das baterias modernas de íon-lítio, por uma mistura de silício e grafite. O silício, por possuir quase dez vezes a densidade energética do grafite, permite um aumento significativo na capacidade da bateria sem alterar seu tamanho. Marcas como a Honor, com o Magic V5, já introduziram anodos com 15% de silício, enquanto outros modelos usam porcentagens tão baixas quanto 5%.

A tecnologia vai além dos telefones; os dispositivos vestíveis Whoop, por exemplo, utilizam baterias de silício-carbono desde 2021, em parceria com a Sila Nanotechnologies. Adicionalmente, grandes montadoras de veículos elétricos, como General Motors e Porsche, demonstraram forte investimento nesta tecnologia de ponta, evidenciando seu vasto potencial. Empresas da indústria automotiva, como General Motors e Porsche, também investiram pesadamente nesta inovação, como detalhado em publicações especializadas sobre o avanço de baterias de silício para veículos elétricos pela CNBC, reforçando o otimismo do mercado em relação ao silício.

Por Que os Gigantes dos EUA Ainda Estão Fora?

Contrariamente à vasta adoção observada em outras regiões, as três maiores potências do mercado de smartphones nos EUA – Apple, Samsung e Google – ainda não implementaram a tecnologia de baterias de silício-carbono em seus produtos. As aplicações para seus telefones dobráveis, como os de Samsung e Google, ou para modelos ultrafinos recém-anunciados, como o iPhone Air, seriam evidentes, tornando a sua ausência notável.

Desafios e A Longevidade da Bateria

Embora o silício aumente a densidade energética, ele apresenta um desafio significativo: sua expansão. Durante o carregamento, anodos de silício expandem consideravelmente mais que os de grafite. Esse processo repetido pode danificar a estrutura da bateria ao longo do tempo, contribuindo para uma redução de sua vida útil, um problema bem conhecido por quem mantém o mesmo smartphone por vários anos. A expansão não é a mesma que causa o inchaço que pode romper a estrutura dos telefones, mas é um fator contribuinte para a degradação geral.

Fabricantes de grande porte nos EUA frequentemente destacam o suporte de longo prazo como um diferencial. Adoções prematuras de baterias com vida útil potencialmente reduzida poderiam comprometer essa imagem. Além disso, as regulamentações da União Europeia agora exigem que as baterias de smartphones retenham 80% de sua capacidade após 800 ciclos de carregamento. Embora fabricantes como a Group14 afirmem que suas baterias de silício atendem a esse limiar, os gigantes da tecnologia optam por uma postura de cautela, aguardando provas de durabilidade no mundo real. O primeiro telefone com bateria de silício-carbono, o Honor Magic 5 Pro, só foi lançado em 2023, então os dados de longevidade ainda são recentes.

Restrições de Envio e Diferenças Regionais

Outra complexidade reside nas regulamentações de envio internacional, que impõem requisitos rigorosos e classificações de mercadorias perigosas para células de bateria com mais de 20 Wh, o que corresponde a cerca de 5.400 mAh com uma voltagem padrão de 3,7 V. Baterias que excedem essa capacidade são mais caras para transportar, especialmente por via aérea, criando um incentivo para permanecer abaixo desse limite. Esse fator leva a divisões regionais, como no caso do Nothing Phone 3: a versão indiana conta com 5.500 mAh, enquanto a europeia possui 5.150 mAh para evitar custos adicionais de frete. A OnePlus, por exemplo, admitiu ao Android Authority que essas normas de envio foram a razão para a bateria menor do Nord CE4 Lite na Europa.

Perspectivas Futuras e Grandes Baterias

Dois anos após a introdução das baterias de silício-carbono em smartphones, fabricantes já começam a obter dados reais sobre sua longevidade. Se os resultados forem positivos, a expectativa é que o avanço se acelere. Prevê-se um aumento nas proporções de silício nos anodos, chegando a 20% e até mais, o que significa baterias cada vez maiores em telefones padrão. A Oppo já confirmou que seu próximo carro-chefe, o Find X9 Pro, terá uma bateria de 7.500 mAh na China. Rumores indicam que o Honor Power 2 poderá ir além, alcançando até 10.000 mAh, o dobro de alguns power banks compactos. No outro extremo, sósias do iPhone Air e do Galaxy S25 Edge provavelmente apresentarão baterias maiores, mantendo-se tão finos quanto os originais.

A verdadeira questão permanece: quando e como Apple, Google e Samsung se juntarão a essa tendência? Acredita-se que esses players estejam monitorando as pesquisas para reduzir as desvantagens da tecnologia, especialmente a longevidade. Espera-se que sejam cautelosos, aguardando minimização de compromissos, de forma similar à sua adoção lenta de velocidades de carregamento mais rápidas. A Samsung, em particular, que viveu o incidente do Note 7, tem priorizado a confiabilidade em suas pesquisas, conforme reportado ao T3, e não deseja correr riscos desnecessários.

É importante salientar que “silício-carbono” não deve ser confundido com “carboneto de silício”, um material composto que também ganha destaque na tecnologia, de semicondutores de EVs a lentes de óculos AR da Meta. Curiosamente, a liderança das empresas chinesas na adoção do silício-carbono contorna a dependência global de grafite, majoritariamente controlado pela China, segundo o Semafor.

Apesar da ausência temporária dos gigantes americanos, a tecnologia de baterias de silício-carbono promete um futuro onde smartphones mais finos não comprometam a autonomia, elevando a barra para inovação no setor. Para se manter atualizado sobre os próximos desenvolvimentos em baterias e design de dispositivos, continue explorando as últimas novidades em tecnologia e inovação em nosso portal de notícias, acesse HoradeComecar.com.br.

Crédito da imagem: Sila Nanotechnologies


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