Câncer de Pele: Sinais e Tipos Após Diagnóstico de Bolsonaro

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O Câncer de Pele: Sinais e Tipos Após Diagnóstico de Bolsonaro reacende a discussão sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu o diagnóstico de carcinoma de células escamosas, conforme informações divulgadas pelo hospital DF Star.

O tumor foi detectado após a realização de exames em 14 de setembro. Dos oito procedimentos para a retirada de lesões cutâneas, duas foram confirmadas com a presença de carcinoma de células escamosas, demandando que o ex-presidente seja submetido a acompanhamento clínico e reavaliações regulares.

Câncer de Pele: Sinais e Tipos Após Diagnóstico de Bolsonaro

Posteriormente ao diagnóstico inicial, em 16 de setembro, Bolsonaro foi internado novamente devido a um quadro de vômitos, tontura, queda de pressão arterial e pré-síncope. Contudo, após hidratação e medicação, seu estado de saúde melhorou, resultando em alta no dia seguinte.

A exposição solar excessiva, especialmente aos raios ultravioleta (UV), figura como a principal causa de desenvolvimento do câncer de pele, uma condição de saúde que impacta milhares de brasileiros anualmente. Compreender os sinais característicos e adotar medidas protetivas é crucial em um país como o Brasil, que registra um índice UV elevado, atingindo 11, um nível considerado de risco para a incidência da doença.

De acordo com dados fornecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), os diagnósticos de câncer de pele não-melanoma e melanoma somam aproximadamente 193 mil casos por ano, correspondendo a 34% de todos os diagnósticos de câncer no território nacional. A identificação em fases iniciais eleva substancialmente as probabilidades de sucesso no tratamento, especialmente em quadros de melanoma, o tipo mais agressivo.

Sintomas Comuns do Câncer de Pele

O câncer de pele não-melanoma constitui o tumor maligno de maior incidência no Brasil, representando 31,3% das novas ocorrências de câncer estimadas entre 2023 e 2025, conforme projeções do INCA. Este tipo se subdivide em carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular.

O carcinoma basocelular, mais comum, tipicamente apresenta crescimento lento e pode surgir como um nódulo rosado em áreas como rosto, pescoço ou couro cabeludo, expostas ao sol. Alternativamente, manifesta-se como uma mancha avermelhada, de bordas irregulares e persistente, que pode apresentar sangramento com facilidade.

Já o carcinoma espinocelular, com maior prevalência entre homens, caracteriza-se pela rápida formação de um nódulo, uma ferida de cicatrização difícil que permanece por mais de quatro semanas, ou uma área avermelhada, elevada, irritada e que pode provocar coceira. A oncologista Sheila Ferreira, especialista em oncologia clínica pelo Hospital AC Camargo Cancer Center e do Grupo Oncoclínicas, salienta a conexão de ambos os tipos com a elevada exposição solar e a importância do uso de protetor solar e consultas regulares com dermatologistas para uma detecção precoce.

Em contraste, o melanoma, apesar de sua baixa incidência (cerca de 8.450 novos diagnósticos anualmente no Brasil, ou aproximadamente 3% dos cânceres de pele), é considerado o mais agressivo, exigindo atenção ampliada. Segundo a dermatologista Bethania Cavalli, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), os melanomas são neoplasias malignas que se originam nos melanócitos, células pigmentadas na camada mais superficial da pele (epiderme), e sua manifestação também está vinculada à exposição solar.

Este tumor possui um alto potencial de metástase, ou seja, as células cancerígenas podem se disseminar para outros órgãos devido à sua capacidade ilimitada de replicação, invasão tecidual e escape do sistema imunológico. Frequentemente, os melanomas começam com o surgimento de pintas escuras que exibem alterações progressivas ao longo do tempo. É possível verificar mais informações detalhadas sobre a doença em fontes confiáveis como o Instituto Nacional do Câncer.

Identificando Sinais Suspeitos: A Regra do ABCDE

Uma ferramenta eficaz para identificar se uma pinta ou mancha representa um risco potencial é a aplicação da escala ABCDE:

Câncer de Pele: Sinais e Tipos Após Diagnóstico de Bolsonaro - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

  • Assimetria: A lesão não é igual em todas as quatro partes se dividida.
  • Bordas: Apresentam-se irregulares e pouco definidas.
  • Cores: A pinta exibe variação de tonalidades.
  • Diâmetro: A lesão possui mais de seis milímetros.
  • Evolução: Há mudanças em cor, tamanho, formato, ou aparecimento de sintomas como coceira e sangramento.

Bethania Cavalli pontua que melanomas são mais prevalentes no dorso em homens e nas pernas em mulheres. Para pacientes negros e asiáticos, a ocorrência mais comum é nas extremidades, como pés e mãos, condição denominada melanoma acral.

Os Fatores de Risco para Câncer de Pele

O principal fator de risco tanto para o melanoma quanto para o câncer de pele não-melanoma é a radiação ultravioleta. A radiação UV danifica diretamente o DNA celular e estimula o estresse oxidativo, culminando em mutações genéticas que desencadeiam o câncer de pele.

Além da radiação ultravioleta, a dermatologista Bethania Cavalli ressalta que a história familiar de câncer de pele e a presença de numerosas pintas são fatores de risco adicionais. Indivíduos transplantados também correm maior risco devido ao uso de medicamentos imunossupressores, que afetam a imunidade do corpo.

Como é Feito o Diagnóstico de Câncer de Pele

A observação atenta e regular da própria pele, buscando por novos sinais ou mudanças em pintas já existentes, é um passo inicial fundamental. Profissionais de saúde complementam essa autoavaliação com ferramentas especializadas.

Atualmente, o dermatoscópio é amplamente utilizado para uma avaliação mais detalhada das pintas, permitindo a visualização em grande aumento. Em casos de dúvida, a microscopia confocal pode ser empregada, oferecendo imagens de alta resolução com aspectos microscópicos, similar a uma biópsia óptica, mas sem a necessidade de incisão.

Outra técnica destacada pela médica é o mapeamento corporal com dermatoscopia. Este método envolve a análise individualizada de cada pinta, com registro de imagens que facilitam o acompanhamento de eventuais transformações. Esta modalidade é especialmente útil para pacientes com múltiplas pintas ou histórico de melanoma.

As Opções de Tratamento para o Câncer de Pele

Em fases iniciais do câncer de pele, o tratamento primário indicado é a ressecção cirúrgica das lesões. É essencial que o procedimento seja executado por um especialista capacitado, garantindo uma abordagem adequada nas margens do tumor e evitando a permanência de células nocivas. O oncologista Sergio Azevedo, professor da Faculdade de Medicina da UFRGS e membro do Grupo Oncoclínicas, enfatiza que essa intervenção cirúrgica é eficaz na resolução da maioria dos casos, tanto de melanoma quanto de não-melanoma, tornando outros tratamentos complementares raramente necessários.

Contudo, em estágios mais avançados, com subtipos ou extensões mais graves da doença, podem ser aplicadas outras abordagens terapêuticas. Em casos de melanoma com metástase, por exemplo, a imunoterapia tem demonstrado resultados promissores, ativando o sistema imunológico do paciente para combater as células malignas e melhorando a qualidade de vida. Adicionalmente, para um grupo específico de pacientes com melanoma que apresentam uma mutação no gene BRAF, existem medicamentos orais que inibem a proliferação celular anômala.

O recente diagnóstico de **câncer de pele** no ex-presidente Jair Bolsonaro ressalta a relevância da conscientização sobre a doença e seus fatores de risco. Estar atento aos sinais e buscar acompanhamento médico são medidas preventivas essenciais. Para mais informações e análises sobre temas de saúde pública e figuras políticas, continue acompanhando a editoria de Política em nosso portal.

Crédito: Ton Molina/Getty Images


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