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Em uma semana de grande turbulência, a gigante do entretenimento Disney comunicou um
Aumento de Preços do Streaming da Disney Plus Chega em Meio a Forte Polêmica Política, reacendendo as tensões entre a empresa e grande parte de sua audiência. O anúncio eleva os custos de suas plataformas de streaming em 21 de outubro de 2025, justamente após a companhia se envolver em sérias controvérsias que a colocaram no centro de debates sobre liberdade de expressão e polarização política. A decisão acontece em um cenário onde consumidores de todas as frentes ideológicas já expressavam descontentamento, solidificando um momento desafiador para a marca.
Os problemas mais recentes para a Disney se iniciaram com a suspensão do programa noturno de Jimmy Kimmel, uma decisão tomada após o apresentador tecer comentários em um monólogo sobre as reações à morte de Charlie Kirk. Kimmel afirmou que apoiadores do movimento MAGA teriam tentado explorar politicamente o evento, classificando o suspeito de forma distinta para desvincular a tragédia de motivações políticas ambíguas. Essas declarações geraram uma onda de indignação entre usuários conservadores e de direita nas redes sociais, culminando em uma crítica pública de Elon Musk, que classificou a atitude de Kimmel como “nojenta”.
Disney Aumenta Preços do Streaming em Momento de Polêmicas
A situação escalou quando Brendan Carr, presidente da Federal Communications Commission (FCC), declarou em um podcast com o influenciador conservador Benny Johnson que a FCC interviria, a menos que as emissoras encontrassem maneiras de modificar a conduta de seus programas para “agir sobre Kimmel”. Em vez de ignorar as ameaças de Carr, a Disney, por meio da ABC, emissora de “Jimmy Kimmel Live!”, optou por suspender o programa de sua grade por tempo indeterminado. Muitos interpretaram essa ação como um ato de censura governamental por parte da empresa.
Embora a medida pudesse ter apaziguado temporariamente alguns segmentos da direita, ela gerou forte alarme, principalmente entre os grupos de esquerda, defensores da liberdade de expressão e admiradores do programa. Manifestantes do Writers Guild of America (WGA) foram vistos com cartazes em frente à sede da Disney. A comissária democrata da FCC, Anna Gomez, criticou publicamente a postura da Disney, chamando-a de “capitulação corporativa covarde que colocou em risco a fundação da Primeira Emenda”. O boicote à Disney rapidamente ganhou apoio de celebridades; Tatiana Maslany, estrela de “Mulher-Hulk”, incentivou seus mais de 500 mil seguidores no Instagram a cancelar as assinaturas de Disney Plus, Hulu e ESPN. Mais de 100 atores renomados, incluindo Tom Hanks, Robert De Niro e Jennifer Aniston, assinaram uma carta em apoio a Kimmel, evidenciando a extensão do protesto.
A enorme pressão e a vasta indignação pública aparentemente levaram a Disney a reconsiderar. O show de Kimmel foi reintegrado dias depois, porém, a suspensão inicial já havia comprometido a imagem da empresa. O anúncio do retorno de Kimmel, paradoxalmente, reacendeu a fúria da direita. “MAGA Voice”, um influenciador conservador com mais de 1,2 milhão de seguidores no X, escreveu que a “Disney ABC deixou a máfia WOKE influenciá-los” ao trazer Jimmy Kimmel de volta, e convocou: “É HORA DE BOICOTAR A DISNEY!”. Outras vozes conservadoras repetiram os chamados ao boicote.
“Jimmy Kimmel Live!” voltou ao ar na ABC na noite de uma terça-feira específica, apesar de dezenas de afiliadas da ABC operadas ou de propriedade de grupos como Sinclair Broadcasting e Nexstar terem continuado a preempção do programa. Ao retornar ao palco, Jimmy Kimmel criticou a ameaça de Carr, definindo-a como uma “violação direta da Primeira Emenda”. Em resposta, o ex-presidente Donald Trump postou em sua plataforma Truth Social que “testaria” a ABC quanto à sua decisão de reintegrar Kimmel, mencionando um pagamento anterior de US$ 16 milhões que a empresa lhe fez para resolver um processo sobre um episódio do programa “60 Minutes”.

Imagem: The Verge via theverge.com
Agora, em meio a uma avalanche de posts nas redes sociais mostrando cancelamentos de assinaturas do Disney Plus como resposta direta à controvérsia de Kimmel, a Disney divulgou novos aumentos para seus serviços de streaming e pacotes. A nova tabela de preços entra em vigor a partir de 21 de outubro de 2025. O plano mais acessível, com anúncios, passará de US$ 9,99/mês para US$ 11,99. Já o plano sem anúncios sofrerá um salto de US$ 15,99/mês para US$ 18,99. O último reajuste nos preços da Disney Plus, Hulu e ESPN Plus havia ocorrido em outubro de 2024. Desde então, a empresa também iniciou uma ofensiva contra o compartilhamento de senhas, exigindo taxas adicionais para usuários que desejam dividir contas fora de suas residências.
A elevação dos custos dos serviços de streaming parece ser uma tendência contínua e crescente no setor. Não auxilia a percepção dos consumidores o fato de outras plataformas, como Peacock e Apple TV Plus, também terem anunciado aumentos recentes. Assim, se a polêmica envolvendo Jimmy Kimmel não foi suficiente para impulsionar alguns espectadores a cancelar suas assinaturas, o novo reajuste de preços da Disney Plus em um momento de tanto atrito e frustração pública pode ser o gatilho decisivo.
A sucessão de eventos complexos – desde debates políticos fervorosos até a questão da liberdade de imprensa e o impacto direto nos bolsos dos consumidores – demonstra um cenário desafiador para a Disney. Continue acompanhando nossas análises para entender como estas decisões impactam o cenário midiático e político em nossa seção de Política e em outras editorias.
Crédito da imagem: The Verge
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