Gestão do Tempo de Tela Infantil: O que pais e The Verge fazem?

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A gestão do tempo de tela infantil é um desafio constante para famílias em todo o mundo. Não existem fórmulas mágicas, e a realidade é que a maioria dos pais e responsáveis busca as melhores estratégias para seus filhos. Uma análise recente do Pew Research Center, publicada em 11 de outubro de 2025, abordou como pais de crianças até 12 anos estão administrando essa questão no cenário digital atual, revelando dados importantes sobre os hábitos de consumo de mídia entre os mais jovens.

Os dados do estudo indicaram que o consumo televisivo permanece predominante, com 90% das crianças assistindo TV. A interação com smartphones também é significativa, alcançando 61% das crianças. Surpreendentemente, apenas 50% dos entrevistados permitem que seus filhos utilizem algum tipo de console de videogame. Apesar de 42% dos pais sentirem que poderiam aprimorar suas abordagens de supervisão, uma parcela considerável de 86% confirmou ter regras estabelecidas para o uso de dispositivos, mesmo que nem sempre sejam seguidas à risca. Terrence O’Brien, editor de fim de semana do The Verge, com vasta experiência em mídia, incluindo uma década como editor-chefe no Engadget, compartilha sua visão e as experiências dos leitores do portal.

Gestão do Tempo de Tela Infantil: O que pais e The Verge fazem?

A pesquisa do Pew, no entanto, não especificou quais são essas regras ou como elas são aplicadas. Perguntas sobre a duração do uso, o tipo de conteúdo acessado e as medidas de segurança adotadas para proteger as crianças de material inadequado permanecem sem resposta detalhada. Essa lacuna inspirou discussões e revelou a diversidade de métodos adotados por diferentes famílias para equilibrar o mundo digital com outras atividades.

Terrence O’Brien, por exemplo, implementou um “sistema de troca” para seu filho de oito anos, uma técnica adaptada da metodologia de Greg McKeown, autor de “Essencialismo”. Inicialmente, as crianças recebem dez fichas semanais, que valem cinco dólares ou cinco horas de tempo de tela. Essas fichas podem ser complementadas através da leitura, incentivando hábitos saudáveis. O uso desse tempo é flexível, permitindo acesso a plataformas como Minecraft, Disney+, Netflix, Paramount+, ou a aplicativos de criação musical e jogos em seus iPads, mas sempre com supervisão, evitando o acesso irrestrito.

Contudo, a rotina não é rigidamente controlada por Terrence. O filho mais novo, por exemplo, tem uma hora de TV diária, focada em conteúdo educativo, permitindo que os pais auxiliem o mais velho com suas tarefas. Além disso, as noites de sábado são reservadas para o tradicional “filme em família”, onde a escolha do que assistir é revezada, promovendo momentos de união.

As Estratégias Adotadas pela Comunidade The Verge

Ao questionar leitores e a própria equipe do The Verge sobre a gestão do tempo de tela, um consenso surgiu: a valorização das atividades em grupo. Yw0, um dos leitores, sugeriu que a melhor estratégia é estar presente durante o uso da TV, transformando a experiência em algo compartilhado. Kate Cox, produtora sênior da seção Decoder, chama esse período de “Tempo em Família”, no qual todos assistem ou jogam juntos, como a finalização de séries como Steven Universe e Batman: A Série Animada, e o jogo Final Fantasy VI em rotação. Essa prática facilita o diálogo e permite que os pais auxiliem caso surjam dúvidas ou dificuldades no conteúdo.

Muitos pais notaram que o principal foco não está na quantidade de tempo em frente à tela, mas sim na qualidade e intenção de uso. Limites de tempo são comuns, mas a abordagem varia. Andrew Hawkins, editor sênior de transportes, adota uma regra simples e estrita de “nenhuma tela durante a semana escolar”. MaverikJV restringe o filho a duas horas de jogos por dia apenas nos finais de semana, enquanto Ostino limita o tempo de computador a duas horas nos dias úteis, mas mantém consoles como PlayStation e Switch disponíveis. Já Smash Monocle impõe um limite de uma hora diária em iPads, enfatizando o “uso intencional” em detrimento da “navegação por tédio”, muitas vezes passando dias sem que as crianças toquem nos aparelhos.

Dilemas do Conteúdo Digital e Medidas Protetivas

A maior preocupação dos pais revelada no estudo Pew concentra-se no que as crianças fazem com o tempo de tela. As redes sociais são vistas com grande preocupação, com 80% dos respondentes acreditando que elas são mais prejudiciais do que benéficas. Surpreendentemente, 15% mencionaram que seus filhos utilizam TikTok, enquanto outras plataformas como Instagram e Facebook registraram uma presença menor, com apenas 5%. Contudo, o YouTube se destacou: 74% dos pais assistem à plataforma com seus filhos, e apenas 15% disseram que seus filhos não a assistem de forma alguma. A supervisão rigorosa é comum, com muitos pais, incluindo Terrence O’Brien, proibindo o acesso não supervisionado ao YouTube.

Gestão do Tempo de Tela Infantil: O que pais e The Verge fazem? - Imagem do artigo original

Imagem: Alex Castro via theverge.com

As restrições de conteúdo também são uma prioridade. John Higgins, avaliador sênior do The Verge, permite que seu filho acesse apenas conteúdos previamente aprovados, incluindo Minecraft, mas veta categoricamente Roblox. Ele também restringe os contatos via FaceTime através de uma lista de permissões. Kate Cox descreveu sua abordagem como “permissiva para jogos, mas restritiva para a internet”, banindo completamente plataformas como Roblox e YouTube, refletindo a cautela crescente com a segurança online.

Quando se trata de ferramentas para gerenciar o uso de dispositivos, o método mais comum e eficaz citado é o simples ato de retirar o aparelho ou desligá-lo. Outros pais utilizam ferramentas específicas como o Apple Screen Time para controlar o acesso aos iPads, destacando a necessidade de adaptar as estratégias de acordo com a tecnologia e a idade dos filhos. Segundo O’Brien, “não há uma resposta única para como educar seus filhos”.

Uso de Smartphones por Crianças e Adolescentes

O estudo do Pew também revelou que a posse de smartphones não é comum entre as crianças mais jovens. Somente 29% dos pais de crianças entre 8 e 10 anos permitem que elas tenham seu próprio aparelho. No entanto, essa porcentagem aumenta consideravelmente na adolescência, quando os smartphones se tornam mais prevalentes. Abdulla77, por exemplo, permite que sua filha adolescente tenha um iPhone, mas limita o uso para contatos específicos com os pais fora de horários definidos. Já Krisprince opta pelo Bark Phone para seu filho de 13 anos, elogiando seus robustos controles parentais que oferecem uma camada extra de segurança.

Em resumo, as estratégias para a gestão do tempo de tela infantil são tão variadas quanto as famílias que as implementam. Enquanto 58% dos pais se sentem confiantes em suas abordagens, conforme o Pew Research Center, a busca pela melhor solução continua, e muitos recorrem a recursos externos de autoridade, como o Pew Research Center, para obter dados e informações valiosas. O diálogo entre pais, a adaptação às necessidades de cada criança e a experimentação de diferentes métodos são fundamentais nesse cenário em constante evolução.

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Crédito da imagem: Alex Castro / The Verge


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