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O programa energético da era Biden, que prevê a modernização de importantes linhas de transmissão nos Estados Unidos, recebeu aprovação final por parte do Departamento de Energia (DOE). Em anúncio feito na última quinta-feira, o órgão federal oficializou a concessão de uma garantia de empréstimo no valor de US$ 1,6 bilhão. O investimento visa aprimorar cerca de 8.000 quilômetros (5.000 milhas) de infraestrutura de transmissão elétrica, em uma decisão que gerou especulações sobre a continuidade de projetos herdados da administração anterior.
A iniciativa estratégica tem como objetivo principal otimizar o fluxo de energia elétrica em cinco estados-chave das regiões Centro-Oeste e Sul do país: Indiana, Michigan, Ohio, Oklahoma e Virgínia Ocidental. O projeto, focado na atualização das linhas pertencentes à American Electric Power (AEP), não prevê a criação de novas rotas. Em vez disso, seu foco é reconfigurar e fortalecer as redes existentes para que possam transportar uma carga energética significativamente maior, elevando a eficiência e a capacidade da malha elétrica regional.
Trump Mantém Programa Energético da Era Biden
A American Electric Power (AEP), que se estabelece como uma das maiores concessionárias e proprietárias de infraestrutura de transmissão nos Estados Unidos, com operações em 11 estados, terá aproximadamente 13% de sua extensa rede total de cerca de 5.000 milhas contemplada por esta modernização crucial. Curiosamente, a garantia de empréstimo referente a este **programa energético** teve sua fase inicial durante os últimos dias do governo do Presidente Joe Biden, poucos dias antes da posse do Presidente Donald Trump. É importante notar que, em ocasiões anteriores, a administração Trump citou aprovações realizadas entre o Dia da Eleição e o Dia da Posse como justificativa para cancelar projetos, mas a razão para a continuidade deste específico projeto de modernização da rede, em contraste com outros suspensos ou em processo de cancelamento, não foi claramente definida.
A decisão de prosseguir com o financiamento do projeto da AEP contrasta com o tratamento dado a outras iniciativas semelhantes. No estado de Minnesota, por exemplo, o Departamento de Energia tem agido para cancelar um subsídio de US$ 467 milhões que permitiria o desbloqueio de 28 gigawatts de nova capacidade de geração, composta majoritariamente por fontes solares e eólicas. Outro projeto na fila para cancelamento, no Oregon, previa a emissão de US$ 250 milhões em subsídios para conectar seis projetos de energias renováveis.
Um dos maiores empreendimentos de transmissão que o governo Trump busca anular é um subsídio de US$ 630 milhões destinado à modernização da rede elétrica na Califórnia. De diversas formas, o projeto californiano se assemelha à iniciativa da AEP, visando extrair mais eficiência da rede elétrica existente para aliviar congestionamentos. Ele propunha testar condutores avançados e dispositivos de classificação de linha dinâmica, ambos permitindo que as antigas vias de transmissão transportassem mais eletricidade — uma alternativa frequentemente mais econômica do que a construção de novas linhas de energia.
O projeto da AEP, especificamente, envolverá a religação das linhas com novos condutores de alta tecnologia. A garantia de empréstimo oferecida pelo DOE permitirá que essa gigante do setor de utilidades públicas assegure uma taxa de juros mais favorável em seu financiamento, o que resultará em uma economia estimada em pelo menos US$ 275 milhões para a companhia. A AEP garantiu que essa economia será convertida em benefícios para seus consumidores, ajudando a estabilizar e potencialmente reduzir os custos de eletricidade na região.
Chris Wright, Secretário de Energia, declarou que o empréstimo desempenhará um papel crucial na garantia de custos de eletricidade mais baixos em toda a região Centro-Oeste dos Estados Unidos. Vale ressaltar que os estados incluídos neste projeto já figuram entre aqueles com as menores tarifas de energia elétrica no país. A concretização deste financiamento representa um investimento estratégico na infraestrutura nacional, visando aprimorar a confiabilidade e a resiliência da rede. Para mais informações sobre os programas e diretrizes do Departamento de Energia, é possível acessar o site oficial do DOE.
Os fundos para essas garantias de empréstimo são geridos pelo Escritório de Programas de Empréstimo (LPO), que o Partido Republicano (GOP) renomeou para “Programa de Financiamento de Domínio Energético”. O LPO foi estabelecido através da Lei de Política Energética em 2005 e, historicamente, focou em projetos de energia limpa e manufatura. A taxa de perdas associada aos empréstimos do LPO é notavelmente baixa, cerca de 3%, um percentual que se mantém significativamente abaixo da média dos credores do setor privado, sublinhando a solidez e a boa gestão do escritório na aplicação de recursos federais.
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A manutenção deste programa energético do DOE, apesar das incertezas políticas, demonstra o compromisso com a modernização da rede elétrica vital para o país. Continue acompanhando nossas análises detalhadas e as últimas notícias sobre política energética e infraestrutura em nossa editoria de Política.
Crédito da imagem: TechCrunch event San Francisco
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