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Os protestos contra Trump tomaram as ruas dos Estados Unidos neste sábado, 18 de outubro, com a organização de milhares de manifestações programadas para acontecer em todo o território nacional. A capital financeira, Nova York, marcou o início da jornada de atos, com uma expressiva aglomeração de pessoas na famosa Times Square.
Ao todo, mais de 2.500 mobilizações foram agendadas para o dia, refletindo uma onda de descontentamento com o presidente americano, Donald Trump. Desde o meio-dia, horário local, na movimentada região de Manhattan, os manifestantes exibiam cartazes e faixas, muitos deles ostentando a emblemática frase “No Kings”, que intitula a campanha central desses protestos.
Protestos ‘No Kings’ contra Trump mobilizam EUA
A coalizão de grupos de esquerda que orquestra o movimento “No Kings” visa criticar o que consideram um comportamento autoritário de Donald Trump, assemelhando sua postura à de um monarca. Este lema, “Sem Reis”, ganhou força já em junho, quando a mesma organização conseguiu mobilizar mais de cinco milhões de cidadãos em eventos amplamente pacíficos em diversas partes do país. A página oficial da internet dedicada à causa sublinha a premissa ideológica, afirmando que “o presidente acha que seu governo é absoluto”, mas ressaltando a tradição democrática americana: “na América não temos reis e não recuaremos diante do caos, da corrupção e da crueldade.”
Tensões e Reações Políticas Internas
A reação do círculo político de Trump não tardou. Aliados do presidente manifestaram sua indignação, associando os manifestantes a movimentos de extrema esquerda, como o Antifa, e condenando os atos como uma “manifestação de ódio à América”. Diante da previsão de possíveis tumultos, governadores republicanos de vários estados americanos tomaram medidas preventivas, colocando tropas da Guarda Nacional em prontidão. Essa preparação incluía locais como Texas, Virgínia e Kansas, com as autoridades em alerta para garantir a segurança pública e conter eventuais episódios de violência.
O senador pelo Kansas, Roger Marshall, expressou sua preocupação à CNN antes do início dos protestos: “Teremos que chamar a Guarda Nacional. Espero que seja pacífico. Duvido.” De maneira similar, o governador do Texas, Greg Abbott, ativou a Guarda Nacional do estado em antecipação a uma manifestação em Austin, capital texana, justificando a mobilização por uma “manifestação planejada ligada à Antifa”. Essa postura gerou críticas severas de líderes democratas. Gene Wu, uma figura proeminente do partido no Texas, censurou a ação de Abbott, declarando que “enviar soldados armados para reprimir protestos pacíficos é o que reis e ditadores fazem e Greg Abbott acaba de provar que é um deles.” O governador da Virgínia, Glenn Youngkin, de afiliação republicana, também ordenou que a Guarda Nacional estadual permanecesse em estado de prontidão.
Personalidades e Repercussão Global
O apelo pela mobilização transcendeu o cenário político e encontrou eco entre personalidades da cultura americana. O renomado ator Robert De Niro, um crítico contundente de Donald Trump, divulgou um vídeo instigando os americanos a “levantar nossas vozes de forma não violenta”. De Niro articulou o valor da democracia americana, afirmando que “tivemos dois séculos e meio de democracia… muitas vezes desafiadora, às vezes confusa, sempre essencial”, e alertou contra a figura de um “aspirante a rei que quer tirá-la de nós: o Rei Donald, o Primeiro.” Outros nomes conhecidos, como Jane Fonda, Kerry Washington, John Legend, Alan Cumming e John Leguizamo, estavam entre as celebridades esperadas nos eventos do movimento “No Kings”.

Imagem: bbc.com
Os **protestos contra Trump** não se restringiram às fronteiras americanas. Simultaneamente, manifestações foram organizadas em diversas cidades da Europa, reforçando a amplitude global do descontentamento. Locais como Berlim, na Alemanha, Madri, na Espanha, e Roma, na Itália, testemunharam atos semelhantes, demonstrando um interesse internacional nos desdobramentos da política interna americana. Este cenário global sublinha a importância dos princípios democráticos, frequentemente discutidos em debates políticos internacionais. Para entender mais sobre a formação dessas bases, a leitura da Constituição dos Estados Unidos oferece um panorama dos fundamentos legais do país.
A Resposta do Presidente Trump
Em uma entrevista concedida à Fox News, com veiculação programada para o dia seguinte, o presidente Trump abordou os protestos de maneira indireta. Em um trecho divulgado no sábado, ele disse: “Um rei! Isso não é uma encenação. Sabe, eles estão se referindo a mim como um rei. Eu não sou um rei.” A declaração revela a consciência do presidente sobre as acusações de autoritarismo e a rejeição direta ao rótulo atribuído pelo movimento “No Kings”. As mobilizações prometiam continuar intensas em várias cidades do país ao longo do dia, incluindo capitais como Washington e importantes centros urbanos como Nova Orleans, Atlanta, São Francisco, Los Angeles e Las Vegas, consolidando o caráter massivo do movimento.
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As manifestações “No Kings” evidenciam a profundidade do debate político nos Estados Unidos e a vigorosa tradição de protestos cívicos contra as percepções de excesso de poder. A participação popular, as reações governamentais e as declarações do presidente e de celebridades destacam um momento de grande efervescência democrática. Para se manter atualizado sobre os desdobramentos da política internacional e nacional, acompanhe a editoria de Política e entenda mais sobre como esses eventos moldam o cenário global.
Crédito, EPA/Shutterstock
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