Serval levanta US$ 47 mi para gestão de TI com IA agêntica

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A empresa Serval, especializada em inteligência artificial (IA) empresarial, anunciou nesta terça-feira um significativo aporte de US$ 47 milhões em sua rodada Série A. O capital será direcionado para avançar suas soluções de gerenciamento de serviços de tecnologia da informação (TI) baseadas em IA agêntica, uma abordagem inovadora que visa automatizar e otimizar as operações empresariais. A rodada de investimento foi liderada pela Redpoint Ventures e contou com a participação de renomadas firmas de capital de risco, incluindo First Round, General Catalyst e Box Group.

Além do expressivo suporte financeiro de investidores de peso no setor de tecnologia, a Serval também destaca a robustez de sua base de clientes, que já inclui nomes proeminentes no universo da inteligência artificial, como Perplexity, Mercor e Together AI. Essa validação por parte de outras grandes empresas de IA reforça a credibilidade e o potencial da tecnologia desenvolvida pela Serval para revolucionar a forma como as empresas gerenciam seus departamentos de TI.

Serval levanta US$ 47 mi para gestão de TI com IA agêntica

O foco central da Serval é empregar modelos de IA agêntica para aprimorar e automatizar o gerenciamento de serviços de TI. Contudo, a empresa adota uma metodologia distinta que capitaliza os pontos fortes dos agentes de IA, ao mesmo tempo em que mitiga seus desafios e riscos potenciais. Sua estratégia envolve a utilização de dois tipos de agentes de IA operando de forma colaborativa e segura.

Um dos agentes é responsável pela codificação e criação de automações internas. Este componente “constrói” ferramentas para tarefas cotidianas de TI, como autorizar o uso de softwares ou provisionar dispositivos para novos colaboradores. O CEO da Serval, Jake Stauch, descreve-o como uma ferramenta de “código intuitivo” (vibe-coding tool), projetada para realizar a maior parte do trabalho autonomamente, sob a supervisão de um gerente de TI. O objetivo é simplificar a construção de automações complexas, tornando-a acessível.

Segundo Jake Stauch, a facilidade de criar automações é a essência da plataforma. “Não queremos que sintam o custo marginal de construir essas automações”, afirmou Stauch em entrevista ao TechCrunch. “Queremos tornar mais fácil automatizar algo permanentemente do que realizá-lo manualmente apenas uma vez.” Essa filosofia impulsiona a meta de reduzir a carga operacional em equipes de TI, liberando-as para tarefas mais estratégicas.

Em complemento a esse, atua um agente de help desk. Sua função é responder diretamente às requisições dos usuários, invocando as ferramentas e automações que foram previamente estabelecidas e seguindo rigorosamente as regras definidas. Essa separação de funções – um agente para construir ferramentas e outro para utilizá-las – oferece aos gerentes um controle apurado sobre as permissões de acesso e uso, criando uma camada adicional de segurança contra operações indevidas.

A divisão estratégica entre os dois tipos de agentes proporciona uma linha de defesa crucial contra cenários indesejados. Quando uma automação é criada, o gestor estabelece diretrizes e regras claras sobre quando e como ela pode ser aplicada, minimizando os riscos de um agente de help desk operar de forma autônoma e além dos limites pré-estabelecidos. Essa medida é especialmente relevante em contextos corporativos, onde a preocupação com sistemas de IA autônomos (“rogue AI”) é uma prioridade.

Serval levanta US$ 47 mi para gestão de TI com IA agêntica - Imagem do artigo original

Imagem: techcrunch.com

As preocupações com sistemas de IA agindo fora do controle humano são bastante difundidas em grandes empresas. Stauch ilustra o perigo ao explicar o motivo da Serval não ter optado por um único agente de help desk onisciente. “Não se deseja que alguém vá ao Slack e diga: ‘ei, quero deletar todos os dados da empresa’, e o agente de IA muito útil responda: ‘Ótimo, vou deletar todos os dados'”, comenta Stauch. Em vez disso, a resposta seria: “olha, não tenho uma ferramenta para deletar todos os dados da empresa, mas tenho uma ferramenta para redefinir sua senha ou fazer uma dessas outras tarefas.” Esse sistema garante que apenas ações predeterminadas e seguras possam ser executadas.

Adicionalmente, as ferramentas desenvolvidas pela Serval são “determinísticas”, o que significa que operam com previsibilidade e podem incorporar permissões de alta complexidade. Essas permissões podem incluir requisitos rigorosos, como a necessidade de autenticação multifator ou a restrição de determinadas ações a janelas de tempo específicas. Tal controle reforça a governança e aplicação da inteligência artificial em ambientes corporativos sensíveis. Caso as regras necessitem de atualização, um agente de IA dedicado está apto a modificar o código-base, garantindo flexibilidade e agilidade na gestão das automações.

Essa metodologia representa uma nova abordagem para o desafio universal de supervisionar sistemas de IA agêntica em um ambiente empresarial. Jake Stauch enfatiza a importância de ter total visibilidade e controle sobre as ações dos agentes de IA. “Você consegue isso usando a Serval para construir essas ferramentas e personalizar as permissões e aprovações por trás delas”, conclui o CEO, sublinhando a missão da empresa de oferecer soluções de TI com IA que são ao mesmo tempo eficientes e seguras.

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A capitalização de US$ 47 milhões da Serval não apenas reforça sua capacidade de inovação, mas também valida sua estratégia em otimização de TI através de IA agêntica, promovendo eficiência e segurança para empresas de ponta. Para acompanhar mais notícias sobre o panorama dos investimentos em tecnologia e tendências de mercado, continue explorando a editoria de Economia em nosso site.

Crédito da imagem: TechCrunch


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