GM Traz Assistente de IA Google Gemini para Carros em 2026

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A General Motors (GM) anunciou, durante um evento em Nova Iorque, a introdução de um

assistente de IA conversacional alimentado pelo Google Gemini em seus automóveis, caminhonetes e SUVs, com previsão de lançamento a partir de 2026. A montadora americana, com essa iniciativa, busca aprimorar a interação dos motoristas com seus veículos, oferecendo uma experiência mais fluida e intuitiva através da inteligência artificial generativa de ponta.

Esta implementação do Google Gemini faz parte de uma série de importantes anúncios focados em tecnologia realizados no evento “GM Forward”. Diferentemente de outras inovações apresentadas, como a reestruturação da arquitetura elétrica e da plataforma computacional dos veículos, bem como um recurso de direção autônoma avançada (que permite aos condutores tirarem as mãos do volante e os olhos da estrada), que só chegarão aos modelos das marcas da GM em 2028, o assistente Gemini está programado para ser um dos primeiros a ser disponibilizado diretamente aos consumidores em um futuro próximo.

GM Traz Assistente de IA Google Gemini para Carros em 2026

A GM se posiciona como a mais recente montadora a adotar assistentes baseados em inteligência artificial generativa, que prometem responder às solicitações dos motoristas de uma maneira mais natural e eficiente. Outras gigantes da indústria automotiva também avançam nessa frente: a Stellantis, por exemplo, está em colaboração com a empresa francesa de IA Mistral; a Mercedes integra o ChatGPT em seus sistemas, e a Tesla incorporou o Grok, da xAI, em seus veículos, evidenciando uma tendência clara de inovação tecnológica no setor.

A integração do Gemini pela GM representa um passo estratégico lógico para a companhia. Veículos produzidos pelas marcas da GM – Buick, Chevrolet, Cadillac e GMC – já vêm equipados com o “Google Built-in”, um sistema operacional que concede acesso direto a aplicativos como Google Assistente e Google Maps, diretamente pela tela de infoentretenimento do carro. Adicionalmente, em 2023, o Google passou a empregar o chatbot Dialogflow, da Google Cloud, para gerenciar funções não emergenciais do OnStar, incluindo consultas comuns de motoristas, como roteamento e assistência à navegação.

Dave Richardson, vice-presidente sênior de software e serviços da GM, explicou que o novo assistente de IA alimentado pelo Gemini oferecerá níveis de capacidade semelhantes aos existentes, mas com um desempenho significativamente superior. Essa melhoria visa superar os desafios atuais dos assistentes de voz, que frequentemente frustram os usuários devido à dependência de palavras-chave específicas, dificuldades em compreender sotaques ou falhas de entendimento se as solicitações não forem ditas de maneira precisa.

Richardson destacou as vantagens dos grandes modelos de linguagem, como o Gemini, que não são afetados por essas limitações. Eles possuem um profundo conhecimento do contexto de conversas anteriores e demonstram flexibilidade na forma como interagem com os usuários, resultando em uma experiência mais natural e intuitiva. Essa capacidade contextual permite que o sistema compreenda melhor as nuances da fala humana e se adapte às preferências individuais.

Tal avanço tem o potencial de tornar atividades como redigir e enviar mensagens, planejar rotas com paradas adicionais (sejam estações de carregamento para veículos elétricos ou estabelecimentos como cafeterias), e até mesmo a preparação para reuniões em trânsito, experiências mais agradáveis e sem atritos. O assistente terá ainda acesso à internet para responder a diversas perguntas, como “Qual é a história desta ponte pela qual estou passando?”, agregando uma camada extra de informação e conveniência para o motorista e passageiros.

O assistente Gemini será disponibilizado aos veículos da General Motors através da Play Store como uma atualização “over-the-air” (OTA). Esse upgrade abrangerá veículos equipados com OnStar a partir do ano modelo 2015, facilitando a acessibilidade da nova tecnologia a uma ampla gama da frota existente da montadora, garantindo que muitos usuários possam se beneficiar sem a necessidade de um veículo novo.

A iniciativa do novo assistente de voz é um passo importante na meta da GM de desenvolver sua própria inteligência artificial customizada, que se conectará aos sistemas do veículo por meio do OnStar, o concierge veicular da empresa. Durante o evento em Nova Iorque, executivos da GM descreveram a tecnologia como uma fusão de um dispositivo vestível de saúde e um pingente de IA, mas aplicado ao ambiente automotivo, prometendo uma conectividade e proatividade inéditas.

Este sistema visa acessar dados do veículo para fornecer alertas de manutenção preditiva, sugestões de rota otimizadas, e explicar características do carro, como o funcionamento da direção com um único pedal. Além disso, a tecnologia permitirá acionar o aquecedor ou o ar-condicionado antes mesmo do motorista entrar no veículo, aumentando o conforto e a personalização da experiência. Dave Richardson explicou o conceito: “Nós pegaremos um modelo de base e o treinaremos com as especificações do veículo, refinaremos isso, e o teremos funcionando no carro”. Essa especialização garante que a IA seja profundamente relevante para o funcionamento e os recursos do veículo.

Embora a General Motors mantenha um relacionamento estratégico próximo com o Google e esteja implementando o Gemini em veículos selecionados, Richardson ressaltou que a empresa planeja testar diversos modelos fundamentais de outras companhias de inteligência artificial, que incluem potenciais colaborações com empresas como OpenAI, Anthropic e outras. Essa abordagem demonstra a ambição da GM de explorar o melhor das tecnologias de IA disponíveis para oferecer a experiência mais avançada aos seus clientes.

Dave Richardson afirmou que os motoristas terão total controle sobre as informações que o assistente pode acessar e utilizar. O sistema também terá a capacidade de aprender com os hábitos do usuário para oferecer recomendações personalizadas. A ênfase da GM no controle do usuário sobre seus dados é particularmente relevante, considerando a recente controvérsia da empresa sobre a venda de dados de direção e geolocalização de clientes a corretores de seguros. Este episódio sublinhou a importância de políticas robustas de privacidade.

Richardson assegurou que todos os dados coletados pela GM de seus motoristas serão utilizados exclusivamente para aprimorar o produto e não serão vendidos para gerar receita adicional para a montadora. Nos últimos dois anos, a GM reforçou sua equipe de dados, contratando Christina Montgomery, que passou três décadas como Chief Privacy and Trust Officer da IBM, para implementar processos padronizados e tecnologias de governança de dados robustas. “Tudo o que faremos será impulsionado pelo consentimento do cliente; você sempre poderá optar por participar ou sair”, explicou Richardson, reafirmando o compromisso da empresa com a privacidade e a confiança dos usuários. “Nossa visão é que dados e privacidade devem ser incorporados a tudo o que fazemos”, concluiu o executivo.

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A introdução do assistente de IA Google Gemini pela General Motors marca um avanço significativo na convergência entre a tecnologia automotiva e a inteligência artificial, prometendo redefinir a experiência de dirigir com interações mais naturais e personalizadas. Esta inovação reflete a constante evolução das capacidades de inteligência artificial generativa do Google, um marco crucial na era da conectividade veicular. Para se manter atualizado sobre as últimas tendências da indústria automobilística e tecnológica, e aprimorar suas análises sobre o mercado, confira nossa editoria de Economia.

Crédito: Rebecca Bellan


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