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Em uma declaração contundente no palco do TechCrunch Disrupt 2025 nesta segunda-feira, **Tekedra Mawakana, co-CEO da Waymo, reiterou uma mensagem clara sobre o futuro dos robotáxis da Waymo:** a escala é um imperativo absoluto para a empresa. A líder da companhia enfatizou a necessidade crítica de expandir as operações, um passo que, segundo ela, é fundamental tanto para a viabilidade financeira quanto para a melhoria da segurança nas estradas.
A discussão de Mawakana esteve centrada na complexa balança entre a captação de recursos e a queima de capital – etapas intrínsecas ao desenvolvimento de tecnologias disruptivas – e a busca pela eventual lucratividade. No entanto, sua visão vai além do aspecto financeiro. Durante a entrevista, ela expressou a firme convicção de que o crescimento e a abrangência da Waymo podem, de fato, contribuir significativamente para aumentar a segurança viária, minimizando os riscos associados à condução humana.
Essa perspectiva estratégica explica o ritmo acelerado de expansão da empresa ao longo deste ano. A Waymo, uma pioneira no desenvolvimento de veículos autônomos, planeja lançar seus serviços em uma série de novas cidades dos Estados Unidos, incluindo Washington D.C., Miami, Denver, Dallas, Seattle e Nashville, além de planejar sua chegada a Londres em 2026. É um avanço audacioso que tem sido impulsionado por parcerias estratégicas com gigantes do setor como Uber, Lyft e Avis. A ambição da co-CEO é clara: até o final de 2026, a Waymo espera realizar a impressionante marca de um milhão de viagens por semana com seus veículos autônomos.
Expansão Waymo Robotáxis: Mawakana Fala Sobre Segurança
Ao longo de sua participação, Mawakana dedicou grande parte da entrevista com Kirsten Korosec, Editora de Transportes da TechCrunch, aos desafios inerentes à garantia da segurança em um nível tão grandioso de operação. Escalar a tecnologia autônoma de forma segura e eficiente é uma tarefa que exige constante aprimoramento e atenção aos detalhes, um ponto crucial para a credibilidade e aceitação pública dos robotáxis Waymo.
A co-CEO defendeu que a Waymo já opera com um nível de segurança superior ao do motorista humano médio. Embora não tenha nomeado concorrentes, ela teceu críticas à falta de iniciativas transparentes por parte de outras empresas para comprovar a segurança de suas próprias tecnologias de veículos autônomos. “É dever [delas] ser transparentes sobre o que está acontecendo”, afirmou Mawakana, destacando a importância da responsabilidade na indústria.
Segundo a executiva, a falta de transparência impede que essas empresas “ganhem o direito” de promover uma segurança rodoviária efetiva. Essa exigência de abertura é um pilar para a confiança pública e para o desenvolvimento ético e responsável dos sistemas autônomos que futuramente irão povoar as estradas, conforme a visão de Mawakana para os veículos da Waymo.
As declarações de Mawakana chegam em um momento em que a Waymo continua a lidar com “casos de borda” – situações inesperadas que testam os limites da tecnologia autônoma. Um incidente recente em Atlanta, Geórgia, ganhou destaque quando um veículo Waymo parou inadvertidamente na frente de um ônibus escolar que estava estacionado, levando à abertura de uma investigação pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão regulador de segurança viária nos EUA. Incidentes como este são cruciais para o aprendizado e aprimoramento contínuo dos algoritmos e sensores dos robotáxis.
Recentemente, a própria Waymo divulgou um relatório interno afirmando que seus veículos são, em média, cinco vezes mais seguros que os conduzidos por humanos e impressionantes doze vezes mais seguros no que tange à interação com pedestres. Tais métricas, embora auto-reportadas, buscam demonstrar o potencial da tecnologia para transformar positivamente a segurança do transporte.

Imagem: techcrunch.com
Apesar dos números favoráveis, é reconhecido que os veículos Waymo já foram flagrados tomando algumas “decisões curiosas”, ou “head-scratching decisions”, em inglês. A co-CEO Mawakana admitiu publicamente que a perfeição não será atingida. “É importante reconhecer, não vai ser perfeição, mas isso não significa que você não deve ser responsável pela transparência”, disse ela, salientando que a empresa planeja para esses eventos inesperados, pois “não dizemos ‘se’, dizemos ‘quando'”.
Mawakana esclareceu que a Waymo não opera com uma métrica de quantos incidentes são “permitidos” ou “aceitáveis”. Ela reconhece que incidentes são inevitáveis, dada a natureza da coexistência dos carros autônomos com veículos conduzidos por humanos em estradas que, infelizmente, já são palco de inúmeras mortes e ferimentos causados pela condução humana. A filosofia da empresa, portanto, foca na preparação e na resposta a esses eventos.
Questionada sobre se o público aceitaria uma morte causada por um robotáxi, mesmo diante da promessa de maior segurança geral, Mawakana expressou sua convicção. Ela acredita que, a longo prazo, a sociedade será capaz de assimilar e aceitar tal realidade, dada a premissa de que a tecnologia, em seu conjunto, irá reduzir drasticamente o número total de acidentes e fatalidades nas vias públicas. É uma aposta na racionalidade coletiva frente ao benefício maior de vidas salvas anualmente. Para saber mais sobre a segurança de veículos autônomos e as iniciativas regulatórias globais, consulte o site oficial da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA).
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Em suma, Tekedra Mawakana delineia uma visão ambiciosa e realista para o futuro da Waymo, onde a expansão dos robotáxis não é apenas um objetivo de negócio, mas uma ferramenta para aprimorar a segurança nas ruas. Ao passo que a empresa busca atingir um milhão de viagens semanais e expandir sua presença globalmente, ela também se compromete com a transparência e o constante aprimoramento frente aos desafios inerentes a essa tecnologia revolucionária. Continue acompanhando as novidades e análises aprofundadas sobre o setor de transporte autônomo e tecnologia em nossa editoria para se manter sempre atualizado sobre o tema e outros assuntos de interesse.
Crédito da imagem: Sean O’Kane
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