Ataque Hacker Paralisa Aeroportos Europeus, Gera Caos

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Um extenso ataque hacker aeroportos europeus provocou paralisações e transtornos significativos nos sistemas de check-in e despacho de bagagens de múltiplos aeroportos em diversas nações da Europa. A investida cibernética, iniciada na noite de sexta-feira, dia [manter data original se houvesse, não especificado no original, apenas “há 4 minutos” da publicação e menção a sexta-feira/sábado], resultou em milhares de passageiros enfrentando atrasos consideráveis, processos manuais e, em alguns casos, o cancelamento de voos. As companhias aéreas e autoridades aeroportuárias empreenderam esforços para mitigar o impacto de uma falha que expôs a vulnerabilidade dos sistemas digitais no setor de aviação.

Aeroportos de grande porte, como Heathrow, na região metropolitana de Londres, emitiram alertas sobre potenciais atrasos devido a um “problema técnico” que afetou o software essencial para a realização de check-ins e o manuseio de bagagens. Esta interrupção ecoou por importantes hubs aéreos do continente, exigindo uma rápida adaptação das operações para assegurar, dentro do possível, a continuidade dos serviços aos viajantes.

Ataque Hacker Paralisa Aeroportos Europeus, Gera Caos

O incidente de segurança cibernética teve como epicentro uma interrupção nos serviços fornecidos pela Collins Aerospace a diversas empresas de transporte aéreo. A RTX, proprietária da Collins Aerospace, confirmou estar ciente da ocorrência, classificando-a como uma “interrupção relacionada à segurança cibernética” que impactou seus sistemas em “aeroportos selecionados”. A companhia reforçou o compromisso em resolver a situação com máxima celeridade, salientando que os impactos se limitavam aos processos eletrônicos de check-in e entrega de bagagens, e que poderiam ser gerenciados através de operações manuais alternativas.

Impacto Abrangente e Respostas dos Hubs Europeus

Entre os aeroportos diretamente atingidos, o Aeroporto de Bruxelas teve suas operações comprometidas desde a noite de sexta-feira, levando ao processamento manual de passageiros e embarques. De modo semelhante, o Aeroporto de Brandemburgo, em Berlim, também relatou períodos de espera mais prolongados em consequência direta da mesma questão. Em países como a Irlanda, os aeroportos de Dublin e Cork registraram um “impacto menor”, embora isso tenha demandado a implementação de processos manuais para o check-in de algumas companhias aéreas.

A gravidade da situação escalou, culminando no atraso de centenas de voos ao longo do sábado, segundo dados compilados pelo rastreador de voos FlightAware. O sistema fundamental afetado pelo ataque foi o software Muse, da Collins Aerospace, vital para permitir que diferentes empresas aéreas utilizem os mesmos balcões de check-in e portões de embarque em um aeroporto, otimizando a infraestrutura. No Reino Unido, apesar de a British Airways ter conseguido operar com normalidade, utilizando um sistema de backup, a maioria das outras transportadoras que atuam em Heathrow enfrentou sérios inconvenientes.

Relatos de Passageiros: Do Desconforto ao Heroísmo Organizacional

Os transtornos se materializaram na experiência individual de milhares de viajantes. Lucy Spencer, uma das passageiras retidas no Terminal 4 de Heathrow, descreveu uma espera de mais de duas horas na fila para realizar o check-in de um voo da Malaysia Airlines. A equipe de solo, impedida de usar os sistemas eletrônicos, realizava a etiquetagem das bagagens de forma manual e o registro dos passageiros via telefone. Ela expressou sua frustração à BBC com a tentativa frustrada de usar cartões de embarque em celulares que não funcionavam nos portões, o que a obrigou a retornar aos balcões de check-in, onde centenas de outras pessoas aguardavam sob intensa fila.

Monazza Aslam, outra viajante, manifestou o cansaço e a fome que ela e seus pais idosos sentiram após aguardarem em Heathrow desde as 5h, sem perspectivas claras de embarque e já tendo perdido uma conexão programada em Doha. O impacto pessoal também atingiu Johnny Lal, que não conseguiria voar para Bombaim a tempo de participar do funeral de sua sogra. Ele relatou a impossibilidade de conseguir uma scooter de mobilidade para sua mãe, alegando que os funcionários consistentemente respondiam que “os sistemas estão fora do ar.” Em um contraste notável, Luke Agger-Joynes, no Terminal 3 de Heathrow, observou que, apesar das filas serem “muito maiores do que o normal”, a companhia aérea do seu voo para os EUA e o aeroporto “parecem estar preparados”, com as filas avançando mais rápido do que temia, e a equipe inclusive chamando voos específicos para evitar que passageiros perdessem suas partidas.

Diante da complexidade e da abrangência do cenário, o Aeroporto de Heathrow divulgou a mobilização de pessoal adicional nas áreas de check-in para amenizar os contratempos sofridos pelos passageiros. A orientação padrão difundida foi para que os viajantes consultassem o status de seus voos diretamente com a companhia aérea antes de se dirigirem ao aeroporto, além de chegarem com a devida antecedência – um máximo de três horas antes para voos de longa distância e duas horas para voos domésticos. A secretária dos Transportes britânica, Heidi Alexander, informou que estava a par da situação, recebendo atualizações constantes e monitorando o desenvolvimento do incidente.

Ataque Hacker Paralisa Aeroportos Europeus, Gera Caos - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

Impacto Operacional e a Reincidência da Vulnerabilidade Cibernética na Aviação

Em meio à instabilidade, as companhias aéreas EasyJet e Ryanair, que não possuem operações em Heathrow, declararam que seus voos prosseguiam normalmente, sugerindo que o impacto, embora disseminado, não foi universal. Contudo, o Aeroporto de Bruxelas alertou para um “grande impacto na programação dos voos”, com previsões de extensos cancelamentos e atrasos. Na manhã de sábado, longas filas e grandes multidões eram visíveis no aeroporto belga. A Eurocontrol, organização europeia responsável pela segurança da navegação aérea, solicitou às empresas aéreas que cancelassem metade de seus voos com origem ou destino no aeroporto de Bruxelas entre as 04:00 GMT de sábado e as 02:00 GMT de segunda-feira, uma medida emergencial em resposta direta à desorganização sistêmica.

Especialistas da área de viagens, como o jornalista Simon Calder, destacaram a potencial severidade de qualquer interrupção em Heathrow, que é o aeroporto mais movimentado da Europa. Calder salientou à BBC que o “controle das partidas é uma tarefa realmente complexa” e que “todas essas coisas estão interligadas.” Ele explicou que problemas pontuais, em Bruxelas ou Berlim, podem facilmente desencadear uma cascata de eventos, resultando em perda de conexões e o deslocamento de aeronaves, passageiros e pilotos, escalando o caos antes de qualquer melhora perceptível. A situação de vulnerabilidade dos sistemas digitais no transporte aéreo já havia sido evidenciada em setembro do ano passado, quando uma falha global de TI, causada por uma atualização de software defeituosa da empresa de segurança cibernética Crowdstrike, provocou interrupções significativas de voos nos Estados Unidos.

Investigação: Atores e Motivações Por Trás dos Ataques Cibernéticos

Embora no período do ocorrido não houvesse acusações oficiais confirmadas, e especulações infundadas apontassem para hackers com patrocínio governamental – em particular do Kremlin – analistas de segurança cibernética comumente sugerem que a maioria dos grandes ataques cibernéticos recentes tem sido perpetrada por grupos criminosos organizados. Esses grupos, cujo principal objetivo é o ganho financeiro, frequentemente utilizam táticas como o ransomware para extorquir grandes somas em criptomoedas de suas vítimas, gerando centenas de milhões de dólares anualmente. A natureza específica do ataque em questão, inclusive a possibilidade de se tratar de ransomware, permanecia sob investigação. No entanto, é crucial observar que ações de ransomware também podem ser orquestradas por agentes estatais ou grupos com vínculos governamentais.

A Collins Aerospace optou por não divulgar publicamente detalhes acerca da natureza exata ou da origem do incidente cibernético. Apesar de muitos grupos de hackers terem suas bases operacionais localizadas na Rússia ou em outras nações da antiga União Soviética, com alguns possuindo presumíveis ligações com o Estado russo, é fundamental enfatizar que prisões relacionadas a crimes cibernéticos têm ocorrido em diversas partes do globo. Adolescentes no Reino Unido e nos Estados Unidos, por exemplo, foram acusados de levar a cabo ataques notórios contra entidades como cassinos de Las Vegas, M&S, Co-op e a Transport for London. A apuração completa sobre a autoria e as motivações exatas por trás deste ataque em aeroportos europeus permanecia em curso, exigindo cautela antes de qualquer atribuição definitiva.

Para uma compreensão mais aprofundada sobre as crescentes ameaças cibernéticas que impactam a aviação global e a infraestrutura crítica, bem como as estratégias de defesa implementadas por autoridades para mitigar esses riscos, convidamos você a acessar informações atualizadas da Eurocontrol – The European Organisation for the Safety of Air Navigation. É de suma importância que o setor aéreo e seus passageiros permaneçam continuamente cientes das complexidades da cibersegurança e das medidas preventivas necessárias.

O incidente que paralisou os serviços em diversos aeroportos europeus serve como um poderoso lembrete da necessidade constante de investir em segurança cibernética e planos de contingência robustos para proteger a infraestrutura vital da aviação global. Para acompanhar outras notícias sobre segurança e os impactos tecnológicos na sociedade, convidamos você a explorar mais conteúdo em nossa categoria de Análises e manter-se informado.

Crédito, Reuters


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