Baek Se-hee morre: autora de best-seller sul-coreano aos 35

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A escritora sul-coreana **Baek Se-hee**, autora do renomado best-seller “Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki”, faleceu aos 35 anos de idade. Sua obra de memórias, publicada originalmente em 2018, ganhou reconhecimento internacional por sua abordagem honesta e sensível a temas de saúde mental, resonando profundamente com leitores globalmente.

O livro é uma compilação de diálogos íntimos da autora com seu psiquiatra, explorando as nuances da depressão de uma forma acessível e reveladora. Este registro pessoal se tornou um verdadeiro fenômeno cultural, impulsionado pela forma como articulava as complexas questões internas de saúde mental, atraindo atenção tanto na Coreia do Sul quanto no exterior. Após a publicação de sua tradução para o inglês em 2022, o alcance da obra expandiu-se ainda mais. No Brasil, o livro foi disponibilizado ao público em 2023 pela editora Universo dos Livros, consolidando sua presença no mercado literário nacional.

Baek Se-hee morre: autora de best-seller sul-coreano aos 35

A obra também ganhou um notório destaque após ser recomendada publicamente por Kim Namjoon, líder do grupo de K-pop BTS, o que alavancou ainda mais sua visibilidade em escala mundial, especialmente entre um público jovem. Embora os detalhes exatos sobre as circunstâncias da morte da escritora permaneçam incertos, o impacto de seu legado literário é inegável, solidificando seu papel como uma voz importante na discussão sobre o bem-estar mental na sociedade contemporânea.

Em um gesto de altruísmo, Baek Se-hee doou seus órgãos — incluindo coração, pulmões, fígado e rins — os quais contribuíram para salvar a vida de cinco pessoas. A Agência Coreana de Doação de Órgãos divulgou um comunicado na última sexta-feira, confirmando a doação. No mesmo comunicado, a irmã da autora expressou que Baek tinha o desejo de “compartilhar seu coração com outras pessoas por meio de seu trabalho e inspirar esperança”, uma aspiração que se refletiu tanto em sua vida quanto em seu falecimento.

“Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki”, lançado em 2018, alcançou a marca de mais de um milhão de cópias vendidas em todo o mundo, sendo traduzido para 25 diferentes idiomas. O tteokbokki, referenciado no título, é um popular prato típico coreano composto por bolinhos cozidos de farinha de arroz (tteok) servidos com um molho picante e agridoce, simbolizando, na obra, as pequenas alegrias da vida em contraste com pensamentos depressivos.

O best-seller foi largamente elogiado por seu papel na normalização de conversas sobre saúde mental, abordando as lutas internas de forma sutil, mas profunda. A narrativa explora, principalmente, o conflito pessoal da autora entre seus pensamentos depressivos e sua capacidade de apreciar as simples alegrias cotidianas, um tema que tocou milhões de leitores por sua honestidade e identificação.

A frase mais emblemática da obra ressalta essa dualidade: “O coração humano, mesmo quando quer morrer, muitas vezes também quer comer um pouco de tteokbokki”. Essa citação encapsula a essência do livro, oferecendo um vislumbre da esperança e da complexidade da experiência humana frente à adversidade emocional, um lema que se tornou inspiração para muitos.

Nascida em 1990, Baek Se-hee iniciou seus estudos em escrita criativa na universidade. Posteriormente, trabalhou por cinco anos em uma editora, conforme detalhado em sua breve biografia publicada pela Bloomsbury Publishing, a responsável pela edição em inglês de suas memórias em 2018. Essa trajetória profissional anterior certamente contribuiu para sua perspicácia editorial e aprimoramento de sua própria voz literária.

Baek Se-hee morre: autora de best-seller sul-coreano aos 35 - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

Anton Hur, que desempenhou o papel de tradutor do livro de Baek para o inglês, manifestou seu pesar e gratidão em uma publicação no Instagram. Ele enfatizou que, além de seus órgãos salvarem cinco pessoas, “seus leitores saberão que ela tocou milhões de vidas com sua escrita”. Em meio a discussões crescentes sobre bem-estar emocional e a necessidade de desmistificar doenças psicológicas, a obra de Baek Se-hee ressoou como um lembrete importante da urgência em abordar a saúde mental, conforme amplamente enfatizado por organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Hur concluiu sua mensagem estendendo seus pêsames à família da autora, evidenciando o profundo respeito e impacto de Baek Se-hee.

Por aproximadamente uma década, Baek Se-hee recebeu tratamento contínuo para distimia, uma forma de depressão leve, porém persistente. Essa experiência pessoal e os desafios enfrentados ao longo de seu tratamento foram a base e a inspiração central de seu aclamado best-seller, transformando sua jornada individual em um diálogo universal sobre resiliência e a busca por sentido em meio à dor.

A escritora também publicou uma sequência de sua obra original, intitulada “Queria morrer, mas no céu (ainda) não tem tteokbokki”, que foi lançada em coreano em 2019 e teve sua tradução para o português publicada mais recentemente, em 2024, expandindo o universo de suas reflexões e dando continuidade ao seu sucesso literário. Ambas as obras seguem uma linha narrativa intimista e comovente, perpetuando o legado de honestidade de Baek Se-hee.

Imediatamente após a notícia de seu falecimento, diversas homenagens foram realizadas nas redes sociais por seus admiradores. “Descanse em paz”, dizia um dos comentários em sua página do Instagram. “Obrigado por nos salvar com sua honestidade”. Outro usuário da plataforma destacou que, a cada releitura das memórias de Baek, encontrava “profundo conforto em cada frase e crescia com elas”. Essas mensagens demonstram a profunda conexão que a autora estabeleceu com seus leitores, oferecendo consolo e compreensão por meio de sua vulnerabilidade. Um fã sintetizou o impacto de sua escrita: “Criar um único livro que possa elevar as pessoas… não é uma tarefa fácil, e tenho um respeito indescritível por você por conseguir isso”, ecoando o sentimento de milhares que foram tocados por sua arte e sua coragem.

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A morte precoce de Baek Se-hee é uma perda para o mundo literário e para o debate sobre saúde mental. Seu legado, no entanto, permanece vivo através de seus livros, que continuam a oferecer conforto e inspiração a milhões. Para mais conteúdos sobre o impacto de personalidades na cultura global e no cenário artístico, continue explorando nossa editoria de K-pop e celebridades, onde você encontra as últimas notícias e análises sobre o universo da cultura e entretenimento.

Crédito: Instagram / Baek Se-hee e Divulgação


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