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A plataforma social Bluesky introduziu uma novidade aguardada pelos seus utilizadores: a funcionalidade de “Posts Salvos” ou, em termos mais coloquiais, marcadores privados. Esta ferramenta visa otimizar a experiência de uso da rede, que se consolidou como uma alternativa em ascensão no panorama digital.
A companhia comunicou a chegada deste recurso nesta segunda-feira, designando-o como “Saved Posts”. Os utilizadores poderão aceder à funcionalidade por intermédio de um ícone dedicado de marcador, convenientemente posicionado abaixo de cada publicação. Este novo ícone coexistirá ao lado do habitual coração, empregado para indicar a ação de favoritar ou “curtir” um post na plataforma.
Bluesky: Posts Salvos Trazem Privacidade aos Favoritos na Rede
Após marcar uma publicação, os itens guardados ficarão acessíveis a qualquer momento através de uma nova seção intitulada “Salvos”, localizada na navegação principal da aplicação. Tal adição representa um avanço significativo na usabilidade da plataforma, oferecendo maior organização e personalização para a gestão de conteúdo por parte dos utilizadores.
A Chegada dos Posts Salvos
Embora a presença tanto de “curtidas” (likes) quanto de “marcadores” (bookmarks) possa, à primeira vista, parecer uma redundância em aplicações sociais – afinal, ambas as ferramentas servem para guardar uma publicação para futura referência –, os “Posts Salvos” no Bluesky apresentam um diferencial fundamental: a privacidade. Na estrutura atual do Bluesky, as informações de perfil e os dados associados à conta são configurados como públicos, o que implica que todas as suas curtidas também são visíveis a outros utilizadores. Esta natureza pública, contudo, não se adequa a todos os cenários ou preferências. Existem conteúdos que os utilizadores desejam guardar para si, seja por sua natureza pessoal ou simplesmente por não quererem publicamente anunciar o interesse em determinado tópico.
Privacidade em Primeiro Lugar
A distinção entre as curtidas públicas e os novos marcadores privados é um elemento crucial que atende a uma demanda crescente por mais controlo sobre a própria visibilidade online. Jornalistas, por exemplo, podem querer salvar publicações para consulta posterior no âmbito de uma pesquisa, sem necessariamente divulgar que estão investigando um tema específico, o que poderia atrair atenção indesejada ou antecipar uma matéria. Outros utilizadores podem simplesmente desejar armazenar conteúdo de lazer ou assuntos mais íntimos, sem que essas preferências se tornem parte do seu registo público na rede social.
Historicamente, a importância da privacidade no engajamento online já foi reconhecida por outras plataformas. O X, antiga Twitter, por exemplo, percebeu que a exposição pública das curtidas poderia, em última análise, diminuir a participação dos utilizadores. Motivada por essa constatação, a empresa implementou uma medida no ano passado para ocultar as curtidas dos utilizadores. Segundo membros da equipa do X na época, a publicidade das curtidas poderia incentivar comportamentos indesejados, desencorajando as pessoas a interagir com conteúdo controverso ou a expressar abertamente as suas opiniões, num esforço para proteger a sua imagem pública.
Imagem: Getty via techcrunch.com
O Contexto das Redes Sociais e o Protocolo AT
No caso do Bluesky, que é construído sobre o Protocolo AT (Autenticated Transfer Protocol) e impulsiona outras aplicações sociais de menor porte, a arquitetura subjacente ainda não suporta a gestão de dados privados de forma nativa. Isto significa que, por enquanto, não existe uma maneira integrada de tornar as curtidas dos utilizadores privadas diretamente no protocolo. Diante deste cenário, a Bluesky desenvolveu uma solução alternativa: os marcadores privados são salvos “off-protocol” (fora do protocolo), de maneira semelhante aos recursos de mensagens diretas (DMs) da plataforma, que também operam com privacidade. Esta abordagem provisória garante a discrição da funcionalidade enquanto o protocolo subjacente evolui para, potencialmente, incorporar o suporte a dados privados em futuras atualizações.
A adição da função de posts salvos no Bluesky pode estimular uma interação mais frequente dos utilizadores com o conteúdo disponibilizado na plataforma. Simultaneamente, proporciona uma maneira eficaz de rever uma coleção de publicações criteriosamente selecionadas, ao invés de navegar por tudo o que foi casualmente curtido ao longo das suas ‘feeds’. A novidade oferece, também, uma alternativa prática ao uso frequente do emoji de “pushpin vermelho”, uma tática frequentemente adotada por muitos utilizadores do Bluesky para sinalizar posts que desejavam revisitar mais tarde. A transição para a nova funcionalidade é facilitada por uma ferramenta de migração útil, pensada para aqueles que se habituaram a este método provisório de marcação.
Impulsionando o Engajamento e a Usabilidade
O lançamento dos Posts Salvos insere-se num ciclo de inovações recentes implementadas pela Bluesky. Há poucos dias, a aplicação recebeu outra atualização importante, introduzindo um botão que agora permite o upload tanto de fotografias quanto de vídeos. Adicionalmente, foram incorporadas ferramentas que possibilitam aos utilizadores fornecer feedback direto aos criadores de feeds personalizados. Outra adição notável é a funcionalidade que permite adicionar pessoas a um “Starter Pack” – uma lista de indivíduos recomendados para seguir, que pode ser criada e partilhada por qualquer utilizador. Estas atualizações contínuas reforçam o compromisso da plataforma com o aprimoramento da experiência do utilizador e a expansão das suas capacidades, visando sempre a interatividade e a personalização no universo das redes sociais.
Com a introdução dos Posts Salvos, o Bluesky responde diretamente a uma demanda essencial por privacidade e organização na sua plataforma. Esta funcionalidade, em conjunto com outras melhorias recentes, demonstra o empenho da rede social em criar um ambiente mais flexível e atrativo para os seus utilizadores. Para acompanhar todas as inovações e as últimas notícias e análises de mercado digital, convidamos você a explorar outras publicações em nossa editoria de Análises e continuar a navegar pelo nosso site.
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