Corrida por Óculos Inteligentes Aquece com Apple e Meta

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A corrida por óculos inteligentes se intensifica, com relatos de que a Apple está destinando mais recursos para o desenvolvimento de seus próprios dispositivos. Esta movimentação promete acirrar ainda mais a já crescente rivalidade no setor de tecnologia, especialmente com gigantes como a Meta, que já possui um produto no mercado. O cenário indica que o futuro da interação digital pode estar cada vez mais integrado à nossa visão, com as maiores empresas do mundo disputando a primazia neste campo inovador.

No mês passado, a vivência com os Meta Ray-Ban Display, os novos óculos inteligentes da Meta com tela monocular, ofereceu um vislumbre impressionante dessa realidade em evolução. Em uma demonstração notável, foi possível observar funcionalidades como rolagem e redação de mensagens via WhatsApp, utilização da tela como visor para fotografias, controle de volume no Spotify através de gestos de rotação da mão e até mesmo a visualização de direções em um mapa. O mais surpreendente foi a discrição do display; mesmo ao olhar diretamente para a pessoa que os usava, a tela permanecia invisível aos olhos externos, camuflando a tecnologia em um design que facilmente se passaria por um óculos comum da Ray-Ban, apesar do volume.

Corrida por Óculos Inteligentes Aquece com Apple e Meta

A experiência da demonstração da Meta reforçou a expectativa por uma versão similar vinda da Apple. A ideia de óculos perfeitamente conectados ao iPhone, equipados com alto-falantes, uma câmera ao nível dos olhos e um display privado para exibir notificações, músicas e direções, diretamente no campo de visão, soa como um produto de utilidade extraordinária. Parece que essa visão não é exclusiva; a Bloomberg divulgou recentemente que a Apple estaria pausando o trabalho em um fone de ouvido Vision Pro mais leve para acelerar o esforço nos óculos inteligentes, incluindo modelos com e sem tela, marcando uma fase crucial nesta disputa tecnológica.

Mesmo os óculos sem display, apenas com recursos de áudio e câmera, representam um potencial sucesso para a Apple. Seriam como AirPods, mas no formato de óculos de sol – um produto que, por si só, já geraria filas de consumidores ansiosos. Além disso, os primeiros óculos da gigante de Cupertino, segundo informações, também incluirão uma câmera. Embora a ideia de câmeras embutidas em óculos possa levantar algumas questões, o sucesso de vendas dos óculos Ray-Ban Meta já demonstrou a existência de um vasto mercado para este tipo de dispositivo, provando a demanda dos usuários por soluções visuais e conectadas.

Os óculos Ray-Ban Meta conquistaram popularidade mesmo com as limitações impostas pelo sistema iOS da Apple. Um produto da Apple totalmente integrado ao seu próprio ecossistema, contudo, seria capaz de sincronizar com fluidez elementos como iMessages, fotos, mapas, contatos e músicas. Essa integração proporcionaria uma experiência familiar e contínua, semelhante à de desbloquear um iPhone, tocar em um Apple Watch ou abrir um Mac. Mesmo que os óculos funcionassem meramente como uma extensão sofisticada do iPhone, a proposta já seria incrivelmente atraente para milhões de usuários leais da marca. Adicionalmente, com a vasta experiência da Apple na fabricação de hardware altamente competente e com componentes minúsculos, exemplificada no Apple Watch e nos AirPods, é muito provável que seus óculos apresentem um hardware de primeira linha, superando a concorrência em desempenho e design.

Apesar do entusiasmo e do potencial da Apple neste segmento, a realidade é que o lançamento de seus óculos inteligentes ainda pode estar distante. A Bloomberg aponta que a empresa pode anunciar os óculos sem tela já no próximo ano, mas com um lançamento previsto para 2027. Já os modelos com display eram projetados para 2028 antes da recente aceleração. Isso concede à Meta um tempo considerável para inovar em seu próprio hardware e consolidar sua presença no mercado com os usuários. Para uma análise mais aprofundada sobre a expansão deste mercado, que inclui não apenas Meta e Apple, mas também Google e Samsung, vale conferir este artigo sobre o futuro da realidade virtual e aumentada no mercado.

Corrida por Óculos Inteligentes Aquece com Apple e Meta - Imagem do artigo original

Imagem: Cath Virginia via theverge.com

A Meta, que apresentou seus óculos de realidade aumentada Orion no ano passado — capazes de sobrepor objetos virtuais ao mundo real —, tem uma vantagem temporal evidente e deverá chegar primeiro ao consumidor com óculos AR genuínos. No entanto, a Meta não é a única preocupação da Apple. Além de Samsung e Google estarem desenvolvendo seus próprios óculos AR, outras empresas menores também estão investindo em inovações para óculos inteligentes. Há, inclusive, rumores de que Jony Ive, ex-chefe de design da Apple, estaria colaborando com a OpenAI em óculos equipados com inteligência artificial, sinalizando um campo de concorrência ainda mais amplo.

Para Mark Zuckerberg, CEO da Meta, o grande impulso nos óculos inteligentes representa um esforço para desafiar a dominância dos smartphones. Em suas palavras, “uma de minhas experiências formativas tem sido construir nossos serviços limitados pelo que a Apple nos permitirá construir em suas plataformas”. Para a Apple, por outro lado, o objetivo é não perder sua própria hegemonia e não ficar para trás na próxima grande revolução tecnológica. Dadas as dificuldades recentes da Apple com inteligência artificial e a liderança da Meta nos óculos inteligentes, a empresa de Cupertino já se encontra em uma posição de desvantagem na largada dessa nova era.

No entanto, a Apple construiu uma sólida reputação de entrar tarde no mercado e, ainda assim, dominar. Ela não foi a primeira a criar um MP3 player ou um smartphone, e o resultado desses movimentos é de conhecimento público. Resta a esperança de que, ao lançar seu produto, a Apple opte pelo icônico nome “iGlasses”, mantendo sua tradição de branding marcante e inovador neste disputado setor.

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A disputa pelos óculos inteligentes está apenas começando, com a Apple intensificando seus esforços e desafiando a liderança inicial da Meta, ao mesmo tempo em que enfrenta a crescente concorrência de outras gigantes da tecnologia. O futuro promete dispositivos cada vez mais integrados à nossa rotina, redefinindo a interação com o mundo digital. Para se manter atualizado sobre as novidades e tendências que moldarão o amanhã, continue acompanhando nossa editoria de Economia.

Image: Cath Virginia / The Verge


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