Desempenho da Via na Bolsa: Estreia Recupera Perdas Iniciais

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O desempenho da Via na bolsa, a startup especializada em software para transporte, começou de forma cautelosa no seu primeiro dia de negociações. No entanto, as ações da companhia conseguiram reverter um início de sessão morno e fecharam o pregão da última sexta-feira levemente acima do preço inicial da Oferta Pública Inicial (IPO), indicando uma recuperação significativa ao longo do dia.

A Via, que submeteu o pedido de IPO confidencialmente em julho passado, fixou o preço de suas ações em US$ 46 por unidade, conseguindo captar US$ 492,9 milhões no processo. Quando as negociações foram iniciadas na sexta-feira à tarde, as ações registraram uma leve queda, abrindo em US$ 44. Contudo, ao longo do pregão, os papéis da empresa escalaram, superaram o patamar inicial e encerraram o dia cotados em pouco mais de US$ 49. Este ganho modesto atribuiu à Via uma avaliação de aproximadamente US$ 3,9 bilhões ao final de seu primeiro dia como empresa de capital aberto.

Desempenho da Via na Bolsa: Estreia Recupera Perdas Iniciais

Na estrutura da IPO, a Via arrecadou cerca de US$ 328 milhões por meio da venda de novas ações, enquanto os acionistas já existentes comercializaram mais US$ 164 milhões em ações, elevando o valor total da operação para quase US$ 493 milhões. O CEO da Via, Damiel Ramot, expressou satisfação com os resultados, afirmando que o desfecho da IPO reflete o valor e a robustez da companhia. Ele agradeceu o apoio e feedback da equipe, parceiros e investidores que tornaram este marco possível.

A Evolução do Modelo de Negócios da Via

Fundada em 2012, a Via inicialmente operava com vans de sua própria marca que os usuários podiam solicitar para viagens sob demanda. Com o tempo, a empresa aprimorou significativamente seu algoritmo de roteamento, uma tecnologia que utiliza dados em tempo real para direcionar veículos de microtransporte para os locais de maior necessidade. Atualmente, esta tecnologia representa o cerne de seus negócios, sendo licenciada para 689 cidades e agências de transporte que a utilizam para potencializar seus próprios serviços de microtransporte.

Damiel Ramot destacou que os recursos obtidos com a IPO serão direcionados para investir no crescimento da empresa, incluindo iniciativas de vendas e marketing. Ele também não descartou a possibilidade de futuras aquisições. Ramot ressaltou que a empresa não estava buscando captar fundos para financiar suas operações rotineiras, mas sim para ter a capacidade e o poder de barganha de uma empresa pública para realizar aquisições estratégicas, à semelhança do que já ocorreu com as compras da Remix e da CityMapper.

A Via adquiriu a Remix em 2021 para fortalecer suas soluções de planejamento de ônibus, e a CityMapper em 2023, com foco no planejamento de rotas de viagem. Ramot explicou que a estratégia de aquisições é voltada para complementos ao modelo de negócios existente, e não para ganhos de fatia de mercado de forma agressiva.

Crescimento de Receita e Caminho para a Lucratividade

A Via tem demonstrado um crescimento consistente em suas receitas, com um aumento anual de aproximadamente 30%. A projeção da companhia para o faturamento em 2025 é de cerca de US$ 429 milhões, baseada na quadruplicação de suas receitas trimestrais. No primeiro semestre de 2025, a Via já registrou uma receita de US$ 205,7 milhões. Apesar do crescimento, a empresa ainda opera no vermelho, mas com uma redução expressiva em suas perdas. O prejuízo do primeiro semestre de 2025 foi de US$ 37,5 milhões, uma diminuição em relação aos US$ 50,4 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. Ramot afirmou que a Via está próxima da lucratividade, mas optou por não divulgar projeções específicas para o alcance do ponto de equilíbrio.

Desempenho da Via na Bolsa: Estreia Recupera Perdas Iniciais - Imagem do artigo original

Imagem: techcrunch.com

Impacto Social e Modelo B2G de Sucesso

O executivo da Via enfatizou que o contínuo crescimento da empresa serve como prova de que clientes governamentais podem, de fato, sustentar um modelo de negócio lucrativo. Ramot pontuou que a maioria das companhias de tecnologia que abrem capital não foca intensamente no setor de auxílio a governos locais, o que ele vê como um diferencial da Via. A tecnologia oferecida pela startup beneficia principalmente os usuários de sistemas de microtransporte e paratransporte – cidadãos que dependem de ônibus e outros meios de transporte coletivo para suas locomoções diárias.

Ramot concluiu que o suporte que a Via oferece abrange segmentos cruciais da população, como pessoas de baixa renda, indivíduos com deficiência e estudantes. A visão do CEO é que ver o apoio de investidores a este tipo de missão, focada em setores desfavorecidos, é particularmente gratificante e validou a abordagem da empresa no mercado de ações, algo essencial para uma empresa com uma oferta pública inicial.

A entrada da Via no mercado de capitais marca um momento importante para a empresa, que planeja alavancar esse sucesso para expandir seus serviços e aprimorar sua tecnologia. Para se aprofundar em como empresas inovadoras estão transformando o setor de mobilidade e a economia em geral, continue explorando nossas notícias sobre Economia e as análises mais recentes.

Crédito da imagem: Rebecca Bellan / TechCrunch


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