EUA Buscam Derrubar Governo Venezuela, Alerta Aliado de Maduro

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TÍTULO: EUA Buscam Derrubar Governo Venezuela, Alerta Aliado de Maduro
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META DESCRIÇÃO: Aliado de Maduro declara à BBC que EUA buscam derrubar governo da Venezuela e assumir seus recursos. Conheça os detalhes da crise entre Trump e Maduro.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou categoricamente à BBC News que não há “nenhuma dúvida” de que os Estados Unidos buscam derrubar o governo da Venezuela, liderado pelo presidente Nicolás Maduro, de quem Saab é um aliado próximo. A declaração reforça a crescente tensão diplomática e militar na região, enquanto Caracas expressa temores de uma possível invasão e manipulação geopolítica.

Saab detalhou a profunda preocupação do governo venezuelano, alegando que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria o objetivo primário de transformar o país sul-americano em uma verdadeira “colônia” norte-americana. Este movimento, segundo a acusação, visaria assumir o controle direto sobre seus vastos e estratégicos recursos naturais, que incluem ricas reservas de ouro, petróleo e cobre. A alegação surge em um contexto de intensas pressões geopolíticas e acusações mútuas entre as duas nações.

EUA Buscam Derrubar Governo Venezuela, Alerta Aliado de Maduro

As tensões são significativamente agravadas pela insistência de Donald Trump em acusar Nicolás Maduro de chefiar uma extensa organização de tráfico de drogas, uma alegação que o líder venezuelano e seu governo consistentemente negam com veemência. Este cenário instável gera temores crescentes dentro da administração venezuelana, que percebe a ampliação ostensiva da presença militar americana na região como um esforço deliberado para remover Maduro do poder, possivelmente por meio de intervenção militar direta. A movimentação e o acúmulo de tropas e equipamentos são, portanto, interpretados como uma séria ameaça à soberania nacional e à estabilidade de toda a América Latina.

Washington, por sua vez, divulgou que recentes ataques direcionados a supostos barcos de traficantes de drogas, identificados como provenientes da América do Sul, resultaram na eliminação de pelo menos 43 indivíduos. Em declarações anteriores, Trump sinalizou uma mudança na estratégia americana, mencionando que os Estados Unidos estavam agora “olhando para a terra”, indicando uma fase após o que ele considerou um sucesso no “controle do mar”. Questionado pelo programa Newshour, da BBC, sobre a probabilidade de uma invasão terrestre na Venezuela, Tarek William Saab foi incisivo ao afirmar que “isso não deveria acontecer, mas estamos preparados”, salientando a postura defensiva e a preparação do país diante de tal prospecto. A intensificação dessas operações marítimas e a mudança no tom retórico sugerem uma abordagem mais assertiva por parte de Washington.

Mesmo diante de um ambiente tão polarizado e de contínua escalada de tensões, Tarek William Saab sublinhou que a Venezuela permanece aberta ao diálogo, declarando que o país “ainda está disposto a retomar o diálogo” com os Estados Unidos. Contudo, ele descreveu a campanha antidrogas promovida por Washington como “ilegítima”, levantando suspeitas de que ela poderia encobrir intenções ulteriores e verdadeiros objetivos estratégicos. Este aparente paradoxo, entre a prontidão para enfrentar um possível confronto e o desejo por uma via de negociação, ilustra a complexidade das relações diplomáticas entre Caracas e Washington. As tensões bilaterais, que se arrastam há anos, foram particularmente acentuadas após as eleições venezuelanas de 2024, as quais os Estados Unidos e várias outras nações optaram por não reconhecer, tecendo fortes críticas sobre sua transparência e sobre a legitimidade dos resultados. Apurações paralelas da oposição, por exemplo, teriam apontado vitória para seu candidato. O país norte-americano tem figurado como um dos mais contundentes críticos ao governo de Maduro e seu sistema político.

A firme convicção de Saab é de que a alteração do regime venezuelano é o verdadeiro objetivo por trás das ações empreendidas pela potência norte-americana, com uma clara cobiça direcionada à exploração e controle dos recursos naturais da nação caribenha. Curiosamente, membros do Congresso americano de ambos os partidos políticos já manifestaram suas preocupações expressas tanto sobre a legalidade dos ataques direcionados a embarcações ordenados pelo ex-presidente Trump quanto sobre a real extensão de sua autoridade presidencial para emitir tais comandos. O senador republicano Lindsey Graham, em declaração feita a jornalistas em um domingo, dia 26 de outubro, chegou a indicar que futuros ataques terrestres representavam uma “possibilidade real”, citando uma comunicação de Trump sobre planos de informar os congressistas sobre próximas operações militares após seu retorno da Ásia. Tal cenário evidencia que as inquietações acerca da estratégia americana não se limitam apenas à Venezuela, mas ressoam internamente na política dos EUA, com debates sobre prerrogativas executivas e potenciais conflitos.

Nos últimos dois meses, registrou-se um notável aumento da presença militar dos EUA na estratégica região do Caribe. Esta mobilização abrangente incluiu o deslocamento gradual de uma vasta gama de ativos: navios de guerra, caças avançados, fuzileiros navais, aviões espiões, bombardeiros e drones de vigilância. Embora oficialmente apresentadas como parte de uma ofensiva extensa e coordenada contra o tráfico de drogas e os chamados “narcoterroristas” – termo usado para descrever grupos envolvidos com tráfico e que supostamente utilizam táticas de terror – muitos analistas geopolíticos interpretam essa significativa movimentação como um componente de uma estratégia de intimidação de alcance muito mais amplo. O objetivo, nesse contexto, seria exercer pressão máxima para a remoção de Nicolás Maduro do poder, escalando as ações contra seu regime. A complexidade do cenário envolve, assim, uma fusão de preocupações legítimas com o crime organizado e, paralelamente, uma intenção política e estratégica bem definida por parte de Washington. Para uma perspectiva aprofundada sobre as tensões entre EUA e Venezuela, é fundamental consultar fontes de notícias credíveis e imparciais como a BBC News.

EUA Buscam Derrubar Governo Venezuela, Alerta Aliado de Maduro - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

Em clara resposta à evidente escalada de ações militares na região, o líder venezuelano, Nicolás Maduro, acusou de forma aberta e contundente os Estados Unidos de “fabricarem uma guerra”. Essa grave acusação foi intensificada e substanciada após a emissão de uma ordem por Washington para o envio do maior navio de guerra do mundo, o porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford, para a região do Caribe. É importante salientar, contudo, que no momento das declarações do procurador Saab, essa formidável embarcação ainda não havia chegado à área designada. Simultaneamente, no dia 26 de outubro, o destróier lança-mísseis USS Gravely atracou em Trinidad e Tobago, uma nação arquipélago estrategicamente localizada nas proximidades da costa venezuelana. A chegada deste navio militar se insere no contexto da maior mobilização militar naval orquestrada pelos EUA no mar do Caribe em décadas, enfatizando a robusta ampliação da presença e do poderio bélico americano nas águas da região e a crescente apreensão do governo venezuelano.

O governo de Nicolás Maduro prontamente reagiu a esses eventos com um comunicado oficial emitido por Caracas, condenando veementemente a presença militar em Trinidad e Tobago. O posicionamento venezuelano classificou as manobras como uma “provocação militar” explícita, que estaria coordenada com a agência de inteligência americana, a CIA. Além disso, a administração chavista anunciou a suposta captura de um “grupo de mercenários”, que, segundo informações divulgadas, estaria em posse de “informações diretas da agência de inteligência dos EUA”. Indo além, a Venezuela ainda alegou publicamente que uma “operação de bandeira falsa” estava sendo arquitetada ou já em curso nas águas que demarcam a fronteira marítima entre a Venezuela e Trinidad e Tobago – caracterizando uma ação política ou militar concebida deliberadamente com o objetivo de incriminar e culpar um adversário. O presidente Maduro já havia proferido alegações similares em oportunidades anteriores, incluindo uma suposta trama para posicionar explosivos na embaixada americana em Caracas, no início de outubro, o que apenas reforça o clima de desconfiança e antagonismo crônico entre as partes.

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A tensão entre Venezuela e Estados Unidos continua em um patamar crítico, com acusações de Washington sobre tráfico de drogas e retaliação de Caracas sobre tentativas de intervenção e apropriação de recursos naturais. As manobras militares americanas no Caribe e as alegações venezuelanas de provocações e conspirações apenas acentuam um cenário geopolítico complexo e volátil. Para se manter atualizado sobre a evolução dessa delicada situação e outras notícias relevantes, continue acompanhando nossa editoria de Política.

Crédito, AFP via Getty Images


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