Fim do Conflito Israel Hamas: Negociações em Busca da Paz

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A possibilidade de um desfecho para o **fim do conflito Israel Hamas** na Faixa de Gaza ganha contornos mais nítidos, marcando dois anos desde o início das hostilidades. Discutidas em mesas de negociação, as propostas atuais visam não apenas cessar as mortes e a destruição na região, mas também garantir o retorno dos reféns israelenses, entre vivos e mortos, às suas famílias, um drama que perdura desde os ataques de 7 de outubro de 2023.

Em uma sombria coincidência temporal, essas discussões emergem precisamente quando se completa o bicentenário dos atentados que infligiram um profundo trauma a Israel. Naquele 7 de outubro de 2023, data que agora, dois anos depois, coincide com a terça-feira em que as negociações avançam, aproximadamente 1,2 mil pessoas foram mortas, predominantemente civis israelenses, e 251 indivíduos foram sequestrados. O governo israelense estima que 20 reféns permaneçam vivos, enquanto busca recuperar os corpos de outros 28 que foram confirmados como falecidos.

Fim do Conflito Israel Hamas: Negociações em Busca da Paz

A resposta militar massiva de Israel, deflagrada após os eventos do último biênio, causou uma destruição generalizada em grande parte da Faixa de Gaza. Dados fornecidos pelo Ministério da Saúde local, parte da estrutura remanescente do governo do Hamas e geralmente considerados confiáveis, apontam para a morte de mais de 66 mil palestinos. Deste total, a maioria era civil, incluindo mais de 18 mil crianças, cenário que, segundo um estudo publicado pela revista médica The Lancet, em Londres, poderia estar até subestimado.

Para os mais de dois milhões de palestinos residentes na Faixa de Gaza, a situação é uma catástrofe humanitária inegável. Imprensados entre a capacidade bélica das Forças de Defesa de Israel (FDI) e a fome, esta última exacerbada pelas restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária em certas áreas, o desejo pelo **fim do conflito Israel Hamas** é universal. A população israelense, igualmente exausta, expressa em pesquisas a preferência por um acordo que devolva os reféns e pacifique a região, enquanto centenas de milhares de reservistas anseiam por retomar suas vidas após meses de serviço militar.

A versão do Hamas que orquestrou os ataques devastadores há dois anos já não existe como uma organização militar coesa. Transmutou-se em uma insurgência urbana, engajando as FDI em táticas de guerrilha em meio aos escombros. Para o Hamas, a prioridade agora é a sua sobrevivência, aceitando ceder poder a tecnocratas palestinos e concordando em desmantelar ou entregar o arsenal de armas pesadas que ainda detêm. Contudo, o grupo deseja manter alguma capacidade defensiva contra aqueles palestinos que, após quase duas décadas de um regime brutal e a subsequente catástrofe deflagrada pelos ataques de 7 de outubro, possam buscar vingança. Embora não declare publicamente, o Hamas, acrônimo de Movimento de Resistência Islâmica, busca uma forma de se reerguer e reafirmar sua influência.

No outro polo da equação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem suas próprias preocupações com a sobrevivência, primordialmente a política. Sua estratégia visa a preservação do poder, postergar processos por corrupção, garantir a vitória nas próximas eleições e evitar ser lembrado como o líder sob cuja guarda ocorreu o dia mais sangrento para o povo judeu desde o Holocausto. Para tanto, ele precisa de uma “vitória total”, slogan que tem repetido incessantemente e que define como a devolução dos reféns, a aniquilação do Hamas e a desmilitarização completa da Faixa de Gaza. A ausência de tal resultado final tornaria insuficiente a memória dos danos infligidos por Israel a adversários como Líbano e Irã nos últimos dois anos.

As negociações indiretas que podem culminar no **fim do conflito Israel Hamas** contam com Egito e Catar como intermediários, e a presença dos Estados Unidos é vista como um fator possivelmente decisivo. A base dessas conversas é um plano de paz de 20 pontos para Gaza, idealizado pelo ex-presidente americano Donald Trump. Trump não pretende apenas um cessar-fogo; ele almeja ressuscitar sua ambição de um grande acordo no Oriente Médio, que incluiria uma reaproximação entre Israel e a Arábia Saudita. No entanto, o plano de Trump negligencia o futuro da Cisjordânia, a outra parcela dos territórios que muitos países, incluindo o Reino Unido, reconhecem como Estado da Palestina, deixando questões cruciais sem endereçamento.

Fim do Conflito Israel Hamas: Negociações em Busca da Paz - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

Os desafios em Sharm el-Sheikh são colossais. A chance de alcançar um cessar-fogo que termine a guerra mais letal em mais de um século de conflitos árabes-judaicos existe, mas exige que a primeira tarefa seja definir as condições para a libertação de reféns israelenses em troca de palestinos detidos nas prisões de Israel, muitos cumprindo prisão perpétua ou mantidos sem julgamento desde o início da guerra. A diplomacia internacional tem acompanhado de perto as complexidades dessa negociação, um desafio de grande magnitude para todas as partes envolvidas. Donald Trump tem pressa, buscando reviver sua agenda para o Oriente Médio, mas isso esbarra na persistente morte de civis palestinos em Gaza, nas restrições à ajuda humanitária e na retenção de reféns pelo Hamas. Os sauditas, por sua vez, têm sido inequívocos: qualquer normalização das relações com Israel é contingente a um caminho claro e irreversível para a independência do Estado palestino, ponto que Netanyahu, após assinar um documento com uma referência vaga sobre o tema, optou por ignorar publicamente.

A grande diferença no papel de mediador de Trump, comparado a presidentes democratas como Clinton, Obama e Biden, reside na sua firmeza em lidar com as tentativas de Benjamin Netanyahu de manipulá-lo. Trump parece ter assumido que a resposta “sim, mas…” do Hamas à sua proposta equivale a um “sim” substancial à paz, o que lhe bastou para impulsionar as conversações. Relatos do portal de notícias Axios indicam que, quando Netanyahu tentou argumentar que o Hamas estava apenas ganhando tempo, Trump reagiu duramente, questionando a atitude “negativa” do primeiro-ministro israelense. A dependência de Israel dos Estados Unidos é um pilar da sua estratégia militar e diplomática, com os EUA fornecendo armas e proteção política no Conselho de Segurança da ONU. Trump tem usado esse poder latente para influenciar Netanyahu, garantindo a participação de Israel nas negociações. Resta observar se essa pressão continuará, dada a notória imprevisibilidade do ex-presidente.

Contudo, tanto as delegações de Israel quanto as do Hamas enfrentam oposição interna vigorosa, com facções que preferem a continuidade do conflito. Fontes do Hamas informaram à BBC que os comandantes militares ainda na Faixa de Gaza estão preparados para resistir até o último homem, com a intenção de infligir o máximo de perdas possíveis aos israelenses. Do lado de Israel, a coalizão de Netanyahu é sustentada por extremistas ultranacionalistas que almejam a expulsão dos palestinos de Gaza e a substituição por colonos judeus. Se as negociações no Egito fracassarem, o perigo de que estes cenários extremos se concretizem se torna uma preocupante realidade.

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Em resumo, o processo em andamento para um **fim do conflito Israel Hamas** é permeado por complexidades políticas e humanitárias, onde a habilidade diplomática de múltiplos atores tenta costurar um acordo duradouro em meio a anos de profunda hostilidade. Para acompanhar os desdobramentos deste tema e outras notícias relevantes, continue conectado com nossa editoria de Política.

Crédito: Anadolu via Getty Images


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