Fundo de Capital de Risco AAF: Crescimento com Estratégia Híbrida

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O Fundo de Capital de Risco AAF, através da AAF Management, tem se destacado no mercado por uma abordagem estratégica que privilegia o crescimento sustentável em detrimento do aumento massivo de ativos sob gestão. Fundada em 2017 por Omar Darwazah e Kyle Hendrick, a gestora lançou seu primeiro fundo com $25 milhões, optando por manter o tamanho dos fundos reduzido, mesmo com a crescente reputação e retornos notáveis.

Recentemente, a AAF Management anunciou o encerramento do seu mais novo veículo de investimento, o Axis Fund, um fundo híbrido de estágio inicial no valor de $55 milhões. Com esta adição, o total de ativos da firma de venture capital sediada em Washington atinge aproximadamente $250 milhões, distribuídos entre quatro fundos distintos. Fundos anteriores incluem um Fund II de $39 milhões em 2021 e um fundo-de-fundos de $32 milhões em 2017, este último voltado para um grupo seleto de parceiros limitados (LPs).

Fundo de Capital de Risco AAF: Crescimento com Estratégia Híbrida

Omar Darwazah, sócio geral, explicou em entrevista ao TechCrunch que operar um fundo de $50 milhões é fundamentalmente diferente de gerenciar um de $500 milhões. Segundo ele, fundos de grande porte podem desalinhar os interesses entre os sócios gerais (GPs) e os LPs, onde a geração de taxas de administração sobrepuja a geração de participação nos lucros. Este cenário não é desejado pela AAF Management, que busca manter um modelo de negócio mais coeso e alinhado aos interesses de seus investidores.

A estratégia inovadora da AAF Management a diferencia de muitas firmas de venture capital tradicionais. Enquanto empresas típicas investem diretamente em startups, a AAF adota um modelo híbrido. Este modelo inclui elementos de um fundo-de-fundos, dedicando parte do seu capital para investir em um portfólio de fundos emergentes, além de fazer apostas diretas em startups.

Com o seu quarto fundo, o Axis Fund, a AAF Management tem como meta investir em fundos emergentes de primeiro ou segundo lançamento – que geralmente possuem menos de $50 milhões – e nas suas companhias de portfólio mais promissoras, cobrindo desde o estágio pré-seed até pré-IPO. Atualmente, a alocação de capital da firma destina cerca de 80% para startups e os 20% restantes para fundos emergentes, posicionando-se como um “parceiro de formação de capital one-stop” para fundadores e gestores de fundos.

O Axis Fund já concretizou 25 investimentos em fundos de venture de estágio pré-seed e seed, além de cinco apostas diretas em startups em estágio inicial e de crescimento. Kyle Hendrick, outro sócio geral da AAF Management, destaca a importância desse acesso dual. Ele ressaltou que “os dados mais ricos de companhias de mercado privado nos estágios mais iniciais de sua formação, ao longo da última década, são acessados apenas por meio de cheques de LP em gestores emergentes”. Essa estratégia permite à AAF obter visibilidade em um vasto leque de oportunidades de investimento.

Graças a esse modelo híbrido, a AAF Management obteve acesso a diversas startups de grande potencial, incluindo Current, Drata, Flutterwave, Jasper e Hello Heart. Por meio dos fundos nos quais atua como LP, a AAF também possui exposição indireta a “unicórnios” como Mercury, Deel, Retool e, mais recentemente, a empresas de IA como Motion, Decagon e Eleven Labs, através de sua rede de posições de LP em fundos seed como Leonis Capital, Wayfinder Ventures e Quiet Capital.

A firma de venture, com oito anos de existência, afirma ter exposição a aproximadamente 800 empresas com apoio de venture capital lançadas entre 2021 e 2025, através desses gestores subjacentes. Adicionalmente, a abordagem da AAF se concentra menos na ajuda prática com contratações ou produtos para as empresas de portfólio. Em vez disso, prioriza a conexão de fundadores com capital de estágio posterior de sua vasta rede de LPs, um serviço que se mostra crucial à medida que uma startup busca rodadas de crescimento.

Fundo de Capital de Risco AAF: Crescimento com Estratégia Híbrida - Imagem do artigo original

Imagem: techcrunch.com

“Onde geralmente agregamos mais valor à jornada de um fundador, especialmente na fase inicial, é através da nossa rede de venture”, afirmou Hendrick. Isso significa que a AAF pode conectar diretamente as startups a 45 fundos de venture ativos, nos quais a AAF é LP, proporcionando uma “distribuição instantânea em seus ecossistemas”.

Simultaneamente, a AAF Management atua como um elo entre investidores institucionais, em particular aqueles localizados no Golfo, que frequentemente buscam exposição diversificada em venture capital sem a necessidade de gerenciar dezenas de relações diretas. Entre os investidores que apoiam este quarto fundo, figuram a Mubadala de Abu Dhabi, diversos escritórios familiares dos EUA, Europa e MENA (Oriente Médio e Norte da África), GPs de importantes gestores de ativos dos EUA, uma firma de venture multi-bilionária dos EUA e uma empresa de capital aberto. Para mais informações sobre este tipo de investimento, você pode consultar o verbete de capital de risco.

As experiências dos fundadores, Darwazah e Hendrick, complementam-se. Darwazah, com histórico em finanças corporativas e private equity no Oriente Médio, há anos tem sido um facilitador para o investimento de capital do Golfo em startups americanas. Hendrick, um ex-empreendedor que também atuou na Embaixada dos EUA nos Emirados Árabes Unidos e em um family office em Abu Dhabi, contribui com uma perspectiva de operador para as transações iniciais da AAF.

Ao longo de seus quatro fundos, a AAF Management realizou 138 investimentos diretos e apoiou 39 gestores emergentes únicos, resultando em 20 saídas de portfólio que somam um valor agregado de quase $2 bilhões. Entre as empresas de portfólio que foram vendidas, destacam-se TruOptik, MoneyLion, Even Financial, Portfolium, Prodigy, BetterView, Lightyear, Trim, HeyDoctor e Medumo. Pelo menos seis empresas de capital aberto adquiriram companhias do portfólio da AAF, incluindo TransUnion, Giant Digital, GoodRx e Affirm.

A firma relata que suas carteiras de fundos anteriores estão entre as dez mais bem classificadas em termos de Net TVPI (Total Value to Paid-In Capital) para suas respectivas vintages, de acordo com dados da Cambridge Associates e Carta. Essa performance corrobora a tese de Darwazah: “Nossa estratégia nos permite identificar o sinal no ruído e aumentar nossa probabilidade de apoiar anomalias – retornos de fundos, empresas com 10x de retorno de capital e investimentos de seed a unicórnios.”

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A jornada da AAF Management ressalta a importância de uma estratégia de investimento diferenciada no competitivo universo do venture capital, provando que um tamanho menor de fundo pode, de fato, gerar grandes retornos e alinhar melhor os interesses. Continue acompanhando nossas análises para mais novidades e insights sobre o mundo financeiro e de investimentos.

Crédito da imagem: AAF Management


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