Glīd Technologies: Frete Autônomo Otimiza Transbordo de Cargas

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A ascensão da Glīd Technologies no segmento de frete autônomo promete redefinir a movimentação de mercadorias da estrada para a ferrovia. A startup, impulsionada pela visão de seu fundador Kevin Damoa, é finalista no prestigioso TechCrunch Disrupt 2025, evento que acontece entre 27 e 29 de outubro em San Francisco. Sua inovação busca resolver um dos maiores gargalos da logística moderna: a ineficiência do “primeiro quilômetro” no transbordo de contêineres.

A trajetória de Kevin Damoa, engenheiro mecânico e idealizador da Glīd Technologies, começou com uma profunda conexão com os desafios da logística. Aos 17 anos, como alistado no Exército dos EUA, ele enfrentou as dificuldades e perigos do carregamento de tanques e veículos de combate Bradley em trens ferroviários. Aquela experiência marcante plantou a semente do que se tornaria sua “história de amor pela logística”, um elo que persistiu ao longo de sua carreira diversificada.

Glīd Technologies: Frete Autônomo Otimiza Transbordo de Cargas

Após 13 anos como bombeiro na Guarda Nacional da Força Aérea dos EUA e passagens por gigantes do setor privado como SpaceX, Northrup Grumman, Romeo Power Tech e Xos Trucks, Damoa revisitaria, em 2022, o problema fundamental do transporte rodoviário-ferroviário. Durante seu trabalho na Serial 1, a subsidiária de bicicletas elétricas da Harley-Davidson, ele teve seu momento decisivo. “Eu olhei ao redor do globo e pensei: ‘Ok, a ferrovia está quebrada, os portos estão realmente congestionados, as estradas estão congestionadas, as fatalidades nas estradas são assustadoras. Por que mais pessoas não estão usando a ferrovia?’ Então, meu eu de 17 anos me cutucou e disse: ‘Porque é difícil mover as coisas da estrada para a ferrovia’”, recordou Damoa sobre a percepção crítica.

A questão central identificada por Damoa era o complexo e multifacetado processo de deslocar um contêiner de um navio para um trem de carga. Este problema de transbordo ineficiente levou à fundação da Glīd Technologies, sediada na Califórnia. A startup concentra-se em otimizar o chamado “primeiro quilômetro”, tanto nos portos para a ferrovia quanto nas aplicações rodoviário-ferroviárias dentro de grandes parques industriais. O objetivo não é competir com as ferrovias, mas sim aperfeiçoar a conexão inicial entre modais.

Damoa enfatiza que “o primeiro quilômetro é onde todos os seus problemas acontecem. É aqui que você descarrega navios, empilha seus contêineres e então descobre para onde eles devem ir. Esse processo ainda está quebrado e envolve várias etapas.” O procedimento tradicional é, de fato, bastante laborioso: quando um navio chega ao porto, um guindaste retira o contêiner e o deposita em um caminhão hostler, um veículo usado para manobrar em distâncias curtas. O caminhão leva o contêiner até uma alta pilha, onde uma empilhadeira o move para dentro dela. Posteriormente, outra empilhadeira é usada para carregá-lo novamente em um caminhão hostler, que se dirige à ferrovia. Finalmente, uma empilhadeira ou guindaste levanta o contêiner para carregá-lo no trem de carga, onde aguardará sua partida.

Para simplificar e agilizar este processo, a Glīd Technologies desenvolveu uma série de produtos de hardware e software. A solução carro-chefe é o GliderM, um veículo híbrido-elétrico equipado com um gancho traseiro capaz de mover contêineres de 20 pés diretamente para a ferrovia. Essa inovação elimina a necessidade de empilhadeiras e caminhões hostler, reduzindo significativamente a complexidade e o tempo de transbordo. Adicionalmente, a startup está desenvolvendo um software de logística chamado EZRA-1SIX, além de uma plataforma blindada e de perfil baixo, batizada de Rāden, que pode deslizar sob qualquer reboque, levantá-lo e movê-lo autonomamente da estrada para a ferrovia. Para uma visão mais ampla sobre os desafios da logística de transportes, vale consultar informações da Confederação Nacional do Transporte.

O fundador descreve o sistema da Glīd como um “corredor de bastão”, onde a carga é “entregue ao próximo, o quilômetro intermediário”. Segundo Damoa, o nome do jogo é utilização, buscando maximizar o número de contêineres movimentados no primeiro quilômetro para otimizar os custos operacionais. A estrutura de custos da Glīd é notavelmente atraente. Ao eliminar empilhadeiras e caminhões hostler e utilizar a ferrovia em vez de caminhões para a entrega, Damoa afirma que o sistema de mobilidade-como-serviço da empresa é oferecido a uma fração do custo atual.

Glīd Technologies: Frete Autônomo Otimiza Transbordo de Cargas - Imagem do artigo original

Imagem: techcrunch.com

Os clientes pagam uma assinatura anual de US$ 300.000, que lhes concede acesso ao GliderM ou ao Rāden e ao software de logística EZRA-1SIX. Além disso, é cobrada uma taxa de 8 centavos por tonelada por milha. Damoa ressalta que essa é uma oferta excepcional, pois as empresas adquirem o equivalente a um trem, um caminhão e uma empilhadeira, tudo em um só pacote, mais o serviço. Em comparação, o custo por tonelada por milha hoje, incluindo as taxas de transbordo, trem e caminhão, é de cerca de US$ 2,27, segundo as projeções de Damoa. Essa diferença abissal destaca o potencial disruptivo da Glīd no mercado.

A startup, composta por 14 pessoas, concentra seus esforços em sistemas ferroviários de curta distância, portos com linhas férreas próprias e parques industriais. A Glīd já fechou acordos estratégicos com quatro ferrovias de curta linha, bem como com o Porto de Woodland, em Washington, a Taylor Transport, de Vancouver, e o Great Plains Industrial Park, um extenso complexo de 6.800 acres no Kansas, com 30 milhas de trilhos internos e uma instalação de transbordo própria. Essas parcerias iniciais demonstram a aplicabilidade e a demanda pela tecnologia da Glīd.

O modelo de negócio e a tecnologia da Glīd também encontraram ressonância no meio investidor. Damoa relembrou que os primeiros anos foram árduos, chegando a dizer que “não conseguiria pagar uma pessoa para investir na Glīd”. No entanto, após participar do programa de aceleração de startups Antler, onde aprimorou suas habilidades de CEO e de apresentação, a startup obteve sucesso crescente. A Glīd recebeu seu primeiro investimento antes mesmo de construir o protótipo inicial. Em julho, a empresa anunciou ter levantado US$ 3,1 milhões em uma rodada de financiamento pré-seed, liderada pela Outlander VC, com a participação de Draper U Ventures, Antler, The Veteran Fund, M1C e investidores anjo. Desde então, conseguiu atrair mais capital, elevando o total arrecadado para US$ 7,1 milhões, com uma avaliação pós-investimento de US$ 35 milhões.

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Em suma, a Glīd Technologies emerge como um player disruptivo na otimização da logística rodoviário-ferroviária. Com sua tecnologia de frete autônomo, liderada por Kevin Damoa, a empresa não só visa resolver ineficiências históricas, mas também promete um modelo de custo-benefício altamente competitivo para o transporte de cargas. À medida que se prepara para o TechCrunch Disrupt 2025, a Glīd se consolida como uma aposta inovadora no futuro da mobilidade e do transporte de mercadorias. Para mais notícias e análises sobre o impacto da tecnologia na economia, continue acompanhando a editoria de Economia do nosso site.

Créditos da Imagem: Glid Technologies


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