How Burning Man VR rebuilt after Microsoft shut it down

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Em 2020, o festival Burning Man, um evento anual de arte e comunidade realizado no deserto de Nevada, foi cancelado devido à pandemia de COVID-19. Em resposta a essa interrupção, um grupo de participantes e entusiastas uniu esforços para recriar a experiência do festival em um ambiente digital. A plataforma de realidade virtual social AltspaceVR foi escolhida para sediar essa iniciativa, que se tornou conhecida como BRCvr, uma referência à cidade temporária de Black Rock City, onde o festival físico acontece.

A primeira edição virtual do Burning Man em 2020 atraiu aproximadamente 13.000 visitantes de diversas partes do mundo. O sucesso do BRCvr foi notável, recebendo inclusive reconhecimento da Producers Guild of America. Essa recepção positiva demonstrou o potencial dos eventos virtuais para replicar e expandir experiências culturais em um formato acessível globalmente.

Diante do êxito inicial, a organização do BRCvr decidiu manter a versão digital do festival como um evento recorrente, mesmo após o retorno do Burning Man físico em 2021. O BRCvr estabeleceu-se como um posto avançado permanente do Burning Man na realidade virtual, oferecendo uma variedade de atividades. Isso incluía encontros sociais, réplicas digitais de muitas das instalações de arte icônicas do festival, acampamentos temáticos criados por participantes, apresentações musicais e performances artísticas. A plataforma permitia que os “burners” (participantes do Burning Man) se conectassem, explorassem e interagissem em um ambiente virtual imersivo, mantendo viva a cultura e os princípios do festival.

O Desafio Inesperado: O Fechamento do AltspaceVR

A continuidade do BRCvr, no entanto, enfrentou um desafio significativo. Em janeiro de 2023, a Microsoft, proprietária do AltspaceVR desde 2017, anunciou a decisão de encerrar a plataforma. Essa notícia representou uma ameaça direta à existência do BRCvr, que havia construído toda a sua infraestrutura, conteúdo e comunidade dentro do ecossistema do AltspaceVR. A plataforma era o lar digital de milhares de criações artísticas, espaços de convivência e a base para a interação de sua comunidade global.

O anúncio da Microsoft gerou preocupação entre os organizadores e a comunidade do BRCvr. A perspectiva de perder todo o trabalho acumulado e a base de usuários estabelecida exigiu uma resposta rápida e estratégica. A equipe do BRCvr, composta em grande parte por voluntários, foi confrontada com a necessidade urgente de encontrar uma nova casa digital e migrar todo o seu conteúdo antes do fechamento definitivo do AltspaceVR.

A Reconstrução e Migração para Novas Plataformas

Diante do iminente encerramento do AltspaceVR, a liderança do BRCvr e sua dedicada comunidade de voluntários iniciaram um processo intensivo de avaliação e migração. O objetivo era identificar plataformas de realidade virtual alternativas que pudessem suportar a escala e a complexidade de um evento como o Burning Man, mantendo a interatividade e a imersão que caracterizavam a experiência original. A busca por novas plataformas considerou fatores como capacidade de usuários, ferramentas de criação de conteúdo, acessibilidade para diferentes dispositivos de VR e a vitalidade de suas comunidades.

A estratégia adotada pelo BRCvr foi a de diversificar sua presença, migrando para múltiplas plataformas de realidade virtual. Essa abordagem visava não apenas garantir a continuidade do evento, mas também expandir seu alcance e oferecer opções para diferentes preferências de hardware e software dos usuários. Entre as plataformas consideradas e eventualmente utilizadas estavam o VRChat e o Neos VR, conhecidas por suas robustas ferramentas de criação de conteúdo e comunidades ativas. A decisão de operar em múltiplos ambientes exigiu um esforço coordenado para adaptar o conteúdo e as experiências a cada ecossistema específico.

O processo de migração envolveu desafios técnicos consideráveis. Milhares de objetos 3D, ambientes virtuais, scripts interativos e elementos de áudio precisaram ser exportados do AltspaceVR e importados para as novas plataformas. Isso frequentemente exigia otimização e reconfiguração para garantir compatibilidade e desempenho. Desenvolvedores, artistas 3D e designers de experiência virtual da comunidade BRCvr trabalharam em conjunto para portar o vasto acervo de conteúdo, garantindo que a essência visual e interativa do festival fosse preservada.

Além dos aspectos técnicos, a migração também apresentou desafios comunitários. Era necessário educar os participantes sobre as novas plataformas, seus recursos e como navegar por elas. A equipe do BRCvr organizou sessões de treinamento e forneceu guias detalhados para ajudar os usuários a fazerem a transição. A comunicação transparente e o apoio contínuo foram cruciais para manter a coesão da comunidade durante esse período de mudança. A resiliência e o engajamento dos participantes foram fundamentais para o sucesso da reconstrução.

O Novo Capítulo do BRCvr e a Resiliência da Comunidade

Apesar do revés imposto pelo fechamento do AltspaceVR, o BRCvr conseguiu se reerguer e realizar suas edições subsequentes nas novas plataformas. A capacidade de adaptação da equipe e da comunidade permitiu que o evento continuasse a oferecer uma experiência virtual rica e envolvente. As edições mais recentes do BRCvr demonstraram a viabilidade de operar um festival de grande escala em um ambiente distribuído, aproveitando os pontos fortes de cada plataforma escolhida.

O BRCvr manteve sua missão de ser um espaço para autoexpressão, arte colaborativa e conexão comunitária. As novas plataformas permitiram a criação de ambientes ainda mais detalhados e interativos, com a comunidade continuando a inovar na forma como a arte e a cultura do Burning Man são representadas no metaverso. A experiência de reconstrução reforçou a natureza descentralizada e orientada pela comunidade do Burning Man, onde a iniciativa e a colaboração dos participantes são os pilares do evento.

A história do BRCvr, desde sua criação como resposta a uma crise até sua reconstrução após o fechamento de sua plataforma original, serve como um exemplo da adaptabilidade e da resiliência das comunidades digitais. Ele ilustra como a paixão e o compromisso podem superar obstáculos tecnológicos e garantir a continuidade de experiências culturais significativas no ambiente virtual. O BRCvr continua a ser um complemento vital ao festival físico, oferecendo uma porta de entrada para o universo do Burning Man para aqueles que não podem comparecer pessoalmente e um ponto de encontro contínuo para sua comunidade global.

A experiência do BRCvr também destaca a natureza dinâmica do metaverso e a importância de comunidades fortes na navegação por suas mudanças. A capacidade de migrar e se adaptar a novos ambientes tecnológicos é um testemunho da força de sua organização e da dedicação de seus voluntários e participantes. O BRCvr permanece como um farol de inovação em eventos virtuais, demonstrando o potencial da realidade virtual para hospedar e sustentar comunidades vibrantes e experiências culturais complexas.

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