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Nesta quarta-feira (10/9), a atenção da imprensa global se voltou para o **julgamento de Bolsonaro no STF**, com a avaliação de que o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro se aproxima de um desfecho. A movimentação intensificou-se após os pronunciamentos e votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, ambos inclinando-se pela condenação.
O jornal britânico The Guardian enfatizou a percepção de que a sentença condenatória para o ex-mandatário já é amplamente vista como um “fato consumado”. Segundo a publicação, outros três membros da Suprema Corte ainda votarão nos próximos dias, consolidando a expectativa de uma conclusão negativa para o réu. A imprensa internacional segue o desdobramento com grande interesse, sublinhando a gravidade das acusações.
O placar atual no Supremo Tribunal Federal (STF) marca dois votos contrários a Bolsonaro e aos outros sete acusados de orquestrar uma tentativa de golpe de Estado no final de 2022. O objetivo, segundo as alegações, era frustrar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todos os implicados refutam as acusações. Para que a condenação seja proferida, a Primeira Turma do STF precisa atingir um mínimo de três votos neste sentido.
Julgamento de Bolsonaro no STF: Condenação Vista Como Certa
Durante seu voto, o ministro Alexandre de Moraes proferiu declarações contundentes, reproduzidas pelo The Guardian. Moraes asseverou que Jair Bolsonaro liderou uma organização criminosa que buscava “mergulhar o Brasil de volta à ditadura com uma tomada de poder assassina, envolvendo assassinos das forças especiais e uma vasta campanha de desinformação”. Tal perspectiva ressalta a gravidade da conjuntura, onde o aparelho de Estado, segundo a denúncia, teria sido instrumentalizado para fins golpistas. Moraes chegou a declarar em seu voto, referente a documentos probatórios: “Isso não foi impresso numa gruta, na sede de um grupo terrorista. Foi impresso no Palácio do Planalto”, sublinhando a provável origem institucional das ações.
A operação que almejava esses fins ilícitos teria sido denominada “Operação Punhal Verde Amarelo”, com propósitos chocantes. Conforme as provas apresentadas e destacadas nos autos do processo, essa ação tinha o objetivo de assassinar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Alexandre de Moraes. O plano consistiria em provocar um estado de caos generalizado, seguido pela decretação de um estado de exceção, que permitiria a manutenção de Jair Bolsonaro na cadeira presidencial, em contraposição aos resultados legítimos das urnas.
Caso seja declarado culpado de infrações como a liderança de uma organização criminosa armada, a tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, o ex-presidente pode ser sujeito a uma pena que se estende por até 43 anos de prisão. Embora Bolsonaro negue categoricamente todas as acusações, ele reconheceu ter buscado meios que considerava “constitucionais” para permanecer no poder após a derrota nas eleições.
Repercussão Ampla na Imprensa Internacional
A pauta não se restringiu à mídia britânica. O Independent, também do Reino Unido, e o Washington Post, dos Estados Unidos, veicularam um texto da agência de notícias Associated Press (AP) que aponta para a iminência de um veredito no Supremo Tribunal Federal sobre o alegado “julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por conspiração golpista”. A matéria da AP detalhou que Bolsonaro está cada vez mais perto de conhecer seu futuro, com a abertura do período de votação na terça-feira (referindo-se ao início da votação do caso pela turma), visando determinar se o ex-líder orquestrou um esquema para subverter a democracia e se aferrar ao poder de forma ilegítima após a derrota eleitoral em 2022.
Aprofundando os detalhes do processo, o ministro Alexandre de Moraes, em um pronunciamento que se estendeu por aproximadamente cinco horas, detalhou uma sequência de “atos executórios” que, em sua análise, compunham a estratégia golpista. Entre os elementos mencionados, estavam a disseminação de dúvidas infundadas acerca da integridade do sistema de votação do país, a elaboração de um decreto para anular os resultados da eleição perdida por Bolsonaro e os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, os quais, na ótica de Moraes, foram projetados para forçar uma intervenção militar e a consequente tomada de poder.
Paralelamente, o jornal americano The New York Times havia destacado, em reportagem anterior, que a bandeira dos Estados Unidos emergiu como um “novo símbolo da direita brasileira”. A matéria abordou um protesto de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, onde uma gigantesca bandeira americana foi erguida. O correspondente do jornal no Brasil, Jack Nicas, interpretou o gesto como uma mensagem de gratidão ao ex-presidente Donald Trump por supostamente tentar interferir no caso de Bolsonaro. A imagem da bandeira norte-americana se tornou, conforme Nicas, o ícone dos grandes protestos daquele dia, amplamente divulgada em mídias sociais e nos periódicos.
Os Próximos Passos no STF
O veredito final do colegiado da Suprema Corte, que examina as acusações sobre as graves violações democráticas, é aguardado com expectativa para a quinta-feira ou sexta-feira, encerrando um dos mais importantes **julgamento de Bolsonaro no STF**. Nesta quarta-feira, a avaliação prosseguiu. Para que a condenação do ex-presidente se concretize, basta que mais um dos três ministros que ainda votarão — Luiz Fux, Cármen Lúcia ou Cristiano Zanin — profira seu voto de forma desfavorável a Bolsonaro.
O ministro Luiz Fux será o próximo a apresentar seu voto. Vale ressaltar que Fux tem, em algumas ocasiões, manifestado discordâncias em relação às posições do ministro Alexandre de Moraes e de outros membros da Primeira Turma, o que adiciona um elemento de imprevisibilidade ao desfecho. Este complexo processo legal, acompanhado de perto tanto nacional quanto internacionalmente, definirá capítulos importantes para a história recente do país, impactando a compreensão e o controle dos eventos ocorridos em torno do descredito ao processo eleitoral e da ameaça às instituições. Informações detalhadas sobre o funcionamento do Supremo Tribunal Federal podem ser consultadas em sua página oficial. Você pode acessar diretamente pelo endereço https://www.stf.jus.br/.
O **julgamento de Bolsonaro no STF** permanece como um marco fundamental para o Estado democrático de direito no Brasil. A análise aprofundada das provas e dos depoimentos prossegue, definindo o futuro político de um ex-presidente e enviando uma mensagem clara sobre o respeito às instituições. Para aprofundar seu conhecimento sobre o cenário político brasileiro e acompanhar outras importantes notícias do país, convidamos você a explorar nossa editoria de Política em nosso site.
Crédito, Reuters

Imagem: bbc.com
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