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Diante dos crescentes desafios impostos por rigorosas políticas de visto e complexas tensões diplomáticas globais, a empresa indiana Leverage Edu tem se destacado, auxiliando estudantes de todo o mundo. Com sua abordagem inovadora e ágil, a plataforma demonstra como a Leverage Edu Redefine o Estudo no Exterior com Estratégia, reencaminhando aspirações educacionais e permitindo que milhares de jovens de mercados emergentes mantenham seus planos acadêmicos internacionais, adaptando-se com sucesso às constantes mudanças do cenário mundial. Essa notável adaptabilidade tem resultado em um significativo sucesso, com a startup não apenas dobrando sua receita, mas também alcançando lucratividade e expandindo sua atuação globalmente.
Ao longo dos últimos meses, a comunidade estudantil em diversos mercados emergentes tem sido confrontada com um panorama de incertezas crescentes no que tange a admissões em instituições de ensino internacionais. Alterações nas regras para concessão de vistos e disputas diplomáticas, como o impasse entre Índia e Canadá em 2023-2024 e as novas pressões nas relações entre Índia e EUA envolvendo tarifas e políticas migratórias, têm provocado interrupções nos prazos de inscrição e na elegibilidade para um grande número de aspirantes. Nações como o Canadá e a Austrália, por exemplo, implementaram medidas mais rigorosas para vistos de estudante, o que pegou muitas famílias de surpresa. Diante dessa volatilidade, mesmo consultores locais tradicionais e empresas de intercâmbio enfrentaram dificuldades para se adaptar, enquanto a Leverage Edu demonstrou uma capacidade ímpar de ajustar rapidamente seus serviços e orientações.
Leverage Edu Redefine o Estudo no Exterior com Estratégia
A atuação da startup Leverage, detentora da plataforma Leverage Edu, focou em identificar e propor destinos alternativos aos estudantes, assegurando que seus planos permanecessem em curso apesar das interrupções. Fundada há oito anos, a companhia agiu prontamente quando as relações entre Índia e Canadá deterioraram, fornecendo assistência a estudantes indianos que buscaram a Alemanha como um novo destino de estudo e apoiando universidades canadenses na busca por recrutas na Nigéria. Tal ação estratégica foi fundamental para salvar fluxos de estudantes em ambas as regiões, evidenciando uma “estratégia de jogada” que a empresa agora replica diante das atuais tensões entre EUA e Índia, que também afetam a mobilidade educacional.
Embora a Leverage continue facilitando o envio de estudantes para os Estados Unidos, uma parcela crescente dessa demanda agora se origina de outros países, como Brasil e Vietnã. Nessas nações, o interesse por universidades americanas permanece robusto, conforme declarado pelo fundador e CEO da Leverage, Akshay Chaturvedi, em uma entrevista recente. Essa capacidade de realinhar rapidamente sua atuação entre diferentes geografias tornou-se um pilar central na estratégia de crescimento da Leverage. Nos últimos dois meses, a startup ampliou suas operações para a Arábia Saudita, Egito, Vietnã e Malásia, todos mercados emergentes caracterizados por um número crescente de estudantes com ambição de estudar no exterior, porém com acesso limitado a um suporte estruturado para admissões.
A Plataforma Abrangente e Expansão Global da Edtech
Com esse movimento estratégico de expansão, a Leverage agora está presente em dezesseis países, onde se dedica a recrutar estudantes, oferecendo suporte para suas candidaturas a universidades em onze diferentes países de destino. Além do suporte exclusivo às candidaturas universitárias, a startup, que possui sua sede em Noida, um hub de tecnologia localizado nas proximidades de Nova Delhi, tem se posicionado como uma plataforma de serviços completa para a educação internacional. Isso abrange desde o planejamento inicial da jornada do estudante, passando pela assistência financeira e gestão de todo o percurso acadêmico.
A Leverage Edu disponibiliza um ecossistema de ferramentas e serviços digitais avançados para seus usuários. Entre eles, destacam-se um aplicativo móvel intuitivo e um poderoso mecanismo de busca de cursos, potencializado por inteligência artificial, que auxilia os estudantes a encontrar as melhores opções. A plataforma também oferece uma ferramenta de “matchmaking” universitário chamada UniConnect, que liga o perfil dos estudantes às instituições ideais, e uma recém-lançada suíte de Software como Serviço (SaaS) destinada a universidades globais, operando sob a marca Univalley.ai. Adicionalmente, a empresa tem expandido suas categorias de atuação com ofertas complementares, incluindo Leverage MBBS, um programa específico para aspirantes a cursos de medicina, além de serviços como Fly Finance, que oferece empréstimos educacionais; Fly Homes, focado em acomodações para estudantes; e outras iniciativas sob as marcas Leverage Careers e Compass, que buscam integrar diversas facetas da vida acadêmica e profissional dos estudantes.
Crescimento Financeiro Sólido e Rumores de IPO
O impacto da Leverage no setor de educação tem sido notável: a startup atualmente encaminha mais de 10.000 estudantes anualmente para universidades no exterior. Esse número representa um salto significativo em comparação aos cerca de 1.500 estudantes que atendia apenas alguns anos atrás. Grande parte desse crescimento robusto é atribuída à demanda orgânica, com impressionantes 60% das aquisições de estudantes não demandando custo algum de aquisição de cliente, segundo o CEO Akshay Chaturvedi. O executivo também enfatizou que “nossa lacuna diminuiu em relação à maioria de nossos concorrentes globais que eram grandes empresas listadas ou que haviam levantado algumas dessas megacarradas”, em entrevista ao TechCrunch.
Financeiramente, a Leverage experimentou um crescimento acentuado e, de forma inédita, tornou-se lucrativa este ano, uma rara conquista no desafiador setor de edtech indiano. A startup encerrou o ano fiscal de 2025 com uma receita superior a 1,8 bilhão de rúpias indianas (equivalente a aproximadamente US$ 20 milhões), o que representa o dobro do montante de 900 milhões de rúpias (cerca de US$ 10 milhões) alcançado no ano anterior. Entre abril e setembro, que corresponde ao primeiro semestre do ano fiscal de 2026, a empresa gerou mais de 2 bilhões de rúpias (aproximadamente US$ 23 milhões) e está a caminho de encerrar o ano fiscal com uma receita projetada entre 3,7 e 3,8 bilhões de rúpias (cerca de US$ 45 milhões).

Imagem: techcrunch.com
No quesito lucratividade, a Leverage obteve um lucro líquido pós-impostos entre 120 e 130 milhões de rúpias (aproximadamente US$ 1,4-1,5 milhão) e projeta ultrapassar 250 milhões de rúpias (US$ 2,8 milhões) até o final do ano fiscal de 2026. Esse resultado marca uma reviravolta de 256% em relação à perda anual de 800 milhões de rúpias registrada no ano fiscal de 2025. Aproximadamente 25% da receita da startup provém de suas plataformas de serviços complementares, que apoiam os estudantes além das admissões, oferecendo serviços de valor agregado como empréstimos, remessas de dinheiro, moradia e assistência na garantia de estágios ou primeiros empregos. Os 75% restantes da receita vêm de seu negócio principal de educação, que inclui serviços de aconselhamento e colocação de estudantes. Deste percentual, cerca de 20% vêm diretamente dos estudantes e 55% de comissões pagas por universidades, conforme revelou Chaturvedi ao TechCrunch.
Principais Mercados e Perspectivas Futuras
A Índia continua sendo o maior mercado de origem para a Leverage, respondendo por 58% de sua base total de estudantes. Dentro do país, a startup concentra seus esforços em estados como Andhra Pradesh, Kerala e Punjab, regiões conhecidas por tradicionalmente enviar um grande número de estudantes para universidades estrangeiras, conforme mostram estudos sobre mobilidade estudantil global. Em relação aos destinos procurados, o Reino Unido permanece o principal mercado da Leverage, representando 52% das colocações de estudantes, seguido pela Alemanha, com 22%. A Itália, que foi seu mercado de crescimento mais rápido no verão, também tem ganhado expressiva tração, tornando-se um destino cada vez mais visado pelos estudantes.
A América do Norte atualmente representa menos de 5% do total de colocações para a Leverage. Essa baixa representatividade reflete o impacto de regras de visto mais restritas e dos ventos contrários diplomáticos observados nos últimos anos. Contudo, a startup nutre expectativas de que essa participação cresça à medida que sua presença se expande por mercados na América Latina, Sudeste Asiático e Oriente Médio, fortalecendo as pontes entre diferentes regiões do globo. Com receitas crescentes e uma expansão global robusta, a startup agora avalia a possibilidade de uma Oferta Pública Inicial (IPO) na Índia já no próximo ano. Bancos de investimento já realizaram apresentações preliminares, segundo fontes familiarizadas com o assunto, relatou o TechCrunch.
O fundador e CEO Chaturvedi não negou a possibilidade de uma listagem pública, mas afirmou que a Leverage decidirá entre buscar um IPO ou levantar capital externo após atingir a marca de US$ 100 milhões em receita, feito que a empresa espera alcançar em 2026. Até o momento, a Leverage arrecadou menos de US$ 50 milhões em capital próprio. A empresa opera em 27 países, contando com mais de 50 escritórios e um quadro de aproximadamente 800 colaboradores.
A história da Leverage Edu é um testemunho da capacidade de inovação e adaptação diante das complexidades do cenário educacional global. Ao redefinir rotas e estratégias para o estudo no exterior, a empresa não só solidifica sua posição de liderança em edtech, mas também pavimenta o caminho para a realização de sonhos educacionais de milhares de estudantes. Para se aprofundar em como a economia se adapta às novas dinâmicas do mercado de trabalho e educação, convidamos você a explorar mais em nossa seção de Economia no Valor Trabalhista.
Créditos da imagem: Akshay Chaturvedi / Instagram
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