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O Monitor Gamer OLED 240Hz 4K transformou completamente a percepção de qualidade de imagem para Nathan Edwards, editor sênior de análises de tecnologia. Após alguns meses utilizando o modelo Alienware AW2725Q, Edwards relata que o dispositivo de 27 polegadas com painel QD-OLED e resolução 4K a 240Hz redefiniu suas expectativas, tornando seus equipamentos anteriores aparentemente obsoletos.
A imersão nesse novo padrão tecnológico começou em março deste ano, quando Edwards substituiu seu antigo monitor BenQ IPS de 32 polegadas, usado desde 2022. Sua decisão inicial de testar um monitor com tais especificações era pautada por dois fatores: o custo elevado – o AW2725Q, considerado um dos mais acessíveis da categoria, custa cerca de 900 dólares – e a escassez de tempo dedicado a jogos, além de um hardware de gaming que não demandava frequências de atualização tão altas. No entanto, uma intuição alertava para o risco de não se contentar mais com monitores convencionais, e essa premonição se confirmou.
Monitor Gamer OLED 240Hz 4K: Experiência Transformadora
Edwards inicialmente mostrou-se pouco impressionado durante o uso em tarefas cotidianas de trabalho. As funções como Google Docs, Slack e navegação web não extraem o potencial de um display OLED 240Hz. Embora os níveis de preto perfeitos, contraste infinito e cores vibrantes tornassem a experiência de assistir vídeos no YouTube muito mais agradável, isso não representava o foco principal de seu dia a dia profissional. Ademais, seu laptop de trabalho, um MacBook Air M1, operava a um máximo de 60Hz, limitando os benefícios do Alienware a uma densidade de pixels superior, dado que a tela era fisicamente menor com a mesma resolução do monitor anterior.
Para o uso em produtividade, o Alienware AW2725Q, paradoxalmente, apresentou alguns recuos. Diferente do seu antigo BenQ, que oferecia um switch KVM integrado e conexão de cabo único USB-C para energia, dados e vídeo, o modelo da Alienware exigia hubs USB ou dongles para replicar a mesma conveniência. Esta limitação inicial, contudo, seria avaliada em um contexto mais apropriado, dado o propósito primordial do aparelho.
A verdadeira prova de fogo do monitor QD-OLED de alta performance ocorreu com o setup de gaming. Mesmo com uma configuração de PC um tanto desatualizada, equipada com um CPU Core i5 de 2018 e uma GPU Nvidia GTX 1070, o painel de alta taxa de atualização começou a mostrar seus primeiros diferenciais. A tecnologia de taxa de atualização variável, mais do que os 240Hz em si, permitiu que o monitor sincronizasse seu tempo de atualização com a saída real de frames da placa gráfica. Isso eliminou o screen tearing, um problema antes tolerado ou mitigado por V-Sync ou pela escolha de jogos menos dinâmicos, mas cuja ausência se tornou notavelmente perceptível.
Com a atualização do hardware para uma GPU 4070 Super e, posteriormente, um CPU Ryzen 7 9800X3D (substituindo o Core i5-9400F), os gargalos foram eliminados, e o verdadeiro potencial do monitor Alienware AW2725Q pôde ser explorado. Ao jogar Cyberpunk 2077, um título conhecido por exigir muito dos componentes, Edwards alcançou aproximadamente 95 frames por segundo em resolução 4K, com alta qualidade de textura, ray tracing médio e tecnologias de DLSS Frame Generation e Super Resolution. A fluidez da imagem, impulsionada pela sincronização adaptativa, foi descrita como “extremamente suave”.
A experiência demonstrou a eficácia das tecnologias de interpolação e super-resolução. Uma queda de frame rate para 20fps ao desativar esses recursos evidenciou o impacto dramático na jogabilidade, apesar da possível melhora marginal em algumas texturas. Com Frame Generation, a percepção de 95fps suplantou largamente os 56fps obtidos apenas com a potência bruta da GPU. Edwards admite que, anteriormente, os 56fps em um monitor 60Hz teriam sido considerados excelentes, mas o contraste com a vivacidade do OLED 240Hz redefiniu seus padrões.
Contraste Imbatível: O Retorno ao Passado Visual
Ao retornar ao seu monitor antigo para a preparação desta matéria, o impacto foi imediato. Night City, cenário de Cyberpunk 2077, pareceu sem vida, com cores lavadas. A incapacidade do painel IPS de reproduzir o preto verdadeiro tornava os néons menos brilhantes e os becos menos sombrios. A vibrância das cores estava ausente e o screen tearing ressurgiu em combates intensos, diminuindo significativamente o envolvimento no jogo. Para atividades de trabalho, a diferença foi menos incômoda, com uma tolerância maior ao movimento de cursor e rolagem menos suaves.
Imagem: Cath Virginia via theverge.com
As vantagens do Alienware AW2725Q, que inclui o RGB configurável e a estética moderna, além de portas USB-C e USB-A laterais, se destacam. Entretanto, Nathan Edwards também apontou aspectos a melhorar: um bug na ativação da tela ao sair do modo de suspensão, a limitação de portas USB e a ausência de um switch KVM – presente em monitores concorrentes, como um modelo da Asus de painel similar – foram os principais pontos. A navegação no menu OSD e a experiência com o software Alienware Command Center, além da imaturidade do suporte HDR do Windows, também foram criticadas.
Embora um monitor gaming OLED com alta taxa de atualização seja, sem dúvida, um luxo, a experiência com o Alienware AW2725Q sugere que essa luxo rapidamente se transforma em uma nova necessidade. Edwards considera que, mesmo com uma plataforma de gaming de médio porte, optar por um OLED de 240Hz se justifica pelo “headroom” para o futuro e pela durabilidade do painel, que realiza ciclos de atualização a cada quatro horas para prevenir burn-in.
A escolha entre o retorno ao funcional BenQ 60Hz ou a aquisição de um monitor OLED mais caro, porém com KVM (cerca de 1.200 dólares), se coloca. Nathan Edwards pondera sobre o investimento em um equipamento de alta gama, que, uma vez experimentado, eleva o padrão a um patamar difícil de abandonar. Afinal, a vivência com a excelência pode moldar expectativas de forma irreversível.
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Crédito da imagem: Cath Virginia / The Verge, Getty Images
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