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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta segunda-feira (15/09) explicações sobre o transporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. A demanda se refere ao motivo de Bolsonaro não ter recebido “transporte imediato” ao deixar um hospital em Brasília no último domingo (14/09). Moraes deu um prazo de 24 horas para que a Polícia Penal do Distrito Federal (DF), responsável pela escolta, apresente os devidos esclarecimentos.
A ordem judicial direcionada à Polícia Penal do DF visa compreender os procedimentos adotados durante a saída do ex-presidente do hospital DF Star. No local, Bolsonaro foi submetido a exames e à remoção de lesões na pele, após a autorização expressa do próprio STF. A exigência do ministro evidencia o rigor no acompanhamento de custodiados sob sua jurisdição.
Moraes exige esclarecimento sobre escolta de Bolsonaro em hospital
A formalização do pedido foi detalhada em documento que especifica a necessidade de um relatório circunstanciado. Moraes instruiu que o relatório inclua “informações do carro que transportou o custodiado, agentes que o acompanharam no quarto e o motivo de não ter sido realizado o transporte imediato logo após a liberação médica”. Tal detalhamento sublinha a preocupação com a observância das regras de segurança e a eficiência da escolta penal, especialmente em se tratando de uma figura pública como o ex-chefe de Estado. A atuação da Suprema Corte em casos envolvendo figuras públicas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, sublinha a rigidez dos protocolos de segurança e transporte aplicáveis e pode ser compreendida em diversas situações políticas conforme noticiado pela imprensa nacional.
Cronologia da Saída Hospitalar e Interações
A cronometragem realizada pelo portal Metrópoles apontou que Jair Bolsonaro levou 5 minutos e 33 segundos entre o momento em que transpassou a porta externa do hospital e sua entrada no veículo de escolta. Este lapso temporal se tornou o centro das indagações do ministro Alexandre de Moraes, dado que o “transporte imediato” não teria sido observado.
Nesse breve intervalo, o ex-presidente foi recepcionado por um grupo de apoiadores. Eles gritavam palavras de incentivo, como “volta Bolsonaro”, enquanto o ex-presidente acenava brevemente ao público presente. A cena de interação pública de um custodiado no momento de sua saída hospitalar é um dos pontos que chamaram a atenção das autoridades judiciais e que a Polícia Penal do DF deverá explicar em seu relatório. Durante este mesmo período de espera, o médico Claudio Birolini, um dos profissionais que atenderam Bolsonaro, concedeu uma entrevista à imprensa enquanto o ex-presidente aguardava de pé. Bolsonaro estava acompanhado de seu filho, Jair Renan, vereador por Balneário Camboriú (SC) pelo Partido Liberal (PL).
Histórico Judicial do Ex-Presidente
A situação de Jair Bolsonaro é marcada por um contexto judicial complexo. Na semana anterior ao incidente na saída do hospital, o ex-presidente, juntamente com outros sete réus, foi condenado por crimes de extrema gravidade, incluindo golpe de Estado e organização criminosa. A decisão resultou em uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão para o ex-presidente.
Imagem: bbc.com
Embora sua defesa ainda possa apresentar recursos, a expectativa é de que tais apelações dificilmente modificarão o resultado do julgamento proferido pela Primeira Turma do STF. Importante destacar que o pedido para que Bolsonaro realizasse o procedimento no DF Star já havia sido solicitado por sua defesa antes da condenação definitiva. Desde o início de agosto, o ex-presidente encontra-se em regime de prisão domiciliar, uma medida determinada por Alexandre de Moraes após considerar que Bolsonaro teria desrespeitado medidas cautelares previamente impostas quando ainda era réu no processo.
Detalhes do Atendimento Médico
O boletim médico divulgado no domingo (14/09) confirmou que a retirada das oito lesões na pele do ex-presidente ocorreu “sem problemas”. Além disso, os exames clínicos identificaram um quadro de anemia por deficiência de ferro e vestígios de uma pneumonia recente, exigindo cuidados médicos. Segundo informações do documento hospitalar, Jair Bolsonaro deu entrada na instituição às 8h da manhã de domingo e recebeu alta no mesmo dia, indicando a celeridade dos procedimentos e exames realizados.
O episódio da saída de Bolsonaro do hospital, e o consequente pedido de esclarecimento de Alexandre de Moraes, coloca em evidência a constante vigilância sobre o cumprimento de regras e protocolos por parte das forças de segurança em contextos que envolvem personalidades públicas em situação judicial. O prazo de 24 horas estabelecido para a Polícia Penal do DF sinaliza a urgência da matéria para o ministro do STF, que busca total transparência e aderência aos ritos processuais. Para aprofundar a compreensão sobre os desdobramentos políticos envolvendo figuras proeminentes, acompanhe nossa cobertura contínua na editoria de Política.
Crédito, Reuters
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