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A icônica turnê “O Tempo Não Para”, que marcou o auge da carreira solo de Cazuza e, lamentavelmente, também se tornaria sua despedida dos palcos, foi um período de intensidade, arte e uma batalha privada pela vida. Com 42 shows em doze cidades brasileiras, de agosto de 1988 a janeiro de 1989, o cantor e compositor entregou uma performance memorável em um momento pessoal de grande fragilidade.
A Gênese de uma Canção Histórica
Em outubro de 1987, Cazuza recebeu a visita de Arnaldo Brandão, líder do grupo Hanói-Hanói, em sua cobertura na Lagoa, Rio de Janeiro. Brandão apresentava uma nova melodia, registrada em fita cassete. Ao ouvi-la, Cazuza reagiu com entusiasmo. “Gostei. Parece Bob Dylan. Vou fazer uma canção de protesto”, declarou o cantor. Contudo, ao se despedir, Brandão percebeu que Cazuza se queixava de dores no corpo.
Uma semana após esse encontro, o artista viajou para Boston, nos Estados Unidos, onde deu início a um tratamento com azidotimidina (AZT) no New England Medical Center, sob os cuidados do médico Sheldon Wolff. Seu diagnóstico de Aids, sigla para síndrome da imunodeficiência adquirida, havia sido confirmado em 29 de abril de 1987.
No período em que Cazuza buscava tratamento, Arnaldo Brandão recebeu um telefonema de Ezequiel Neves, renomado produtor do Barão Vermelho e parceiro musical do cantor em sucessos como “Codinome Beija-Flor”, “Exagerado” e “Por que a Gente É Assim?”, entre outras. Por telefone, Neves começou a ditar os versos que viriam a compor “O Tempo Não Para”, transformando a melodia de Brandão em canção: “Disparo contra o sol / Sou forte, sou por acaso / Minha metralhadora cheia de mágoas / Eu sou o cara”. Brandão, atualmente com 73 anos, recorda que chorava enquanto anotava a letra. Ele ainda afirma que, em seus shows, executa a música com uma levada de bateria mais “groovada” para não reviver intensamente a emoção da versão original de Cazuza, sob pena de não conseguir cantá-la sem chorar.
Construção da Turnê e Sucesso de “Ideologia”
A canção “O Tempo Não Para” foi escolhida por Cazuza para o encerramento dos shows da turnê do álbum “Ideologia”, lançado em abril de 1988. Este terceiro álbum da carreira solo do ex-vocalista do Barão Vermelho vendeu mais de 500 mil cópias. Nos bis, ele retornava ao palco para interpretar “Faz Parte do Meu Show”, de 1986, com letra sua e música de Renato Ladeira, vocalista do Herva Doce. A direção artística do espetáculo ficou a cargo de Ney Matogrosso, que manteve um relacionamento com Cazuza por três meses, enquanto a direção musical foi de Nilo Romero.
A equipe musical da turnê incluiu parte dos músicos que gravaram o disco “Ideologia”: Nilo Romero no baixo (também diretor musical), Ricardo Palmeira na guitarra e João Rebouças nos teclados. Cazuza expandiu a banda convidando Luciano Maurício para a segunda guitarra, Christiaan Oyens na bateria, Widor Santiago no saxofone, Marçal na percussão, e as irmãs Jussara e Jurema Lourenço nos vocais de apoio. O guitarrista Ricardo Palmeira, ao ser questionado sobre a lembrança mais forte daquele período, ressaltou “a luta pela vida” de Cazuza, descrevendo-o como alguém que vivia intensamente cada momento, superava as adversidades e nunca se rendia.
Repertório Amplo e Músicas Inéditas
Das doze músicas presentes no álbum “Ideologia”, sete foram incluídas no repertório dos shows da turnê: a faixa-título “Ideologia”, “Boas Novas”, “Orelha de Eurídice”, “Brasil”, “Vida Fácil”, “Blues da Piedade” e “Faz Parte do Meu Show”. Cazuza também revisitou quatro canções de seu álbum “Exagerado”, de 1985: a faixa “Exagerado”, “Codinome Beija-Flor”, “Mal Nenhum” e “Só as Mães São Felizes”. De seu disco “Só Se For a Dois”, lançado em 1987, ele cantou “O Nosso Amor a Gente Inventa” e “Completamente Blue”. Para complementar o setlist, o artista incluiu “Todo Amor que Houver Nessa Vida”, do repertório do Barão Vermelho, lançada em 1982, e “Preciso Dizer que Te Amo”, de Marina Lima, que saiu no álbum “Virgem”, de 1987.
Duas canções eram inéditas na voz de Cazuza nos palcos: “Vida Louca Vida”, de 1987, uma parceria de Lobão e Bernardo Vilhena, e “O Tempo Não Para”, fruto da colaboração entre Cazuza e Arnaldo Brandão. A canção “Vida Louca Vida” foi escolhida para abrir os shows e havia sido composta para o álbum “Vida Bandida”, terceiro trabalho de Lobão, lançado em 1987. Parte do refrão foi inspirada em uma epígrafe do livro de Lou Andreas Salomé: “Não sou eu que levo a vida. É a vida que me leva”. Bernardo Vilhena, coautor de clássicos como “Menina Veneno” (com Ritchie) e “Vida Bandida” (com Lobão), elogiou a interpretação de Cazuza, classificando a estreia como “um daqueles momentos que você não esquece mais”, expressando que adorou a versão.
Os Palcos do Rio e o Álbum Ao Vivo
A turnê “O Tempo Não Para” passou pelo Rio de Janeiro em duas ocasiões. Na primeira fase, entre outubro e novembro de 1988, Cazuza realizou cinco apresentações no Canecão e uma no Teatro Fênix. Além disso, gravou, em 24 de outubro de 1988, nos estúdios da Globo, o programa “Uma Prova de Amor”. No especial, ele fez duetos com Gal Costa, Simone e Sandra de Sá nas músicas “Brasil”, “Codinome Beija-Flor” e “Blues da Piedade”, respectivamente, e com Roberto Frejat, seu parceiro de longa data, na música “Ideologia”. O programa foi exibido em 1º de janeiro de 1989. Na segunda fase no Rio, foram mais dez shows no Canecão e uma apresentação na cidade de Barra Mansa, a 127 quilômetros da capital fluminense.
O primeiro álbum ao vivo de Cazuza, também intitulado “O Tempo Não Para”, foi gravado durante os shows no Canecão nos dias 14, 15 e 16 de outubro de 1988 e lançado em janeiro de 1989.
O Incidente da Bandeira Brasileira
Foi durante o show de 16 de outubro, ao interpretar a canção “Brasil”, que Cazuza protagonizou um episódio polêmico ao cuspir na bandeira brasileira, que havia sido jogada ao palco por um espectador. Essa cena marcante está registrada no documentário “Cazuza: Boas Novas”, dirigido por Nilo Romero e Roberto Moret, que foi lançado nos cinemas em julho. Na época, Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, tentou minimizar a situação, alegando aos repórteres que a cena se tratava de um mal-entendido e que o filho teria apenas soprado pétalas de rosas que estavam no palco. No entanto, Cazuza a desmentiu, afirmando: “Cuspi. E cuspiria mil vezes.”
Em 18 de outubro, o cantor escreveu uma carta-resposta sobre o ocorrido. No texto, ele declarou: “Não me arrependo. Sabia muito bem o que estava fazendo”. Cazuza continuou: “Eu sei muito bem o que é a bandeira do Brasil. Me enrolei nela no Rock in Rio junto com uma multidão que acreditava que esse país pudesse realmente mudar”. Ele concluiu a carta com a provocação: “Vamos amá-la e respeitá-la no dia em que o que está escrito nela for uma realidade. Por enquanto, estamos esperando”. O texto completo, contendo essas declarações, foi publicado apenas no jornal O Globo em 16 de julho de 1990, nove dias após a morte de Cazuza, em decorrência de complicações da Aids. O documentário “Cazuza: Boas Novas” também revela cenas dos bastidores da turnê, incluindo o casamento de George Israel em 1989, onde Cazuza atuou como padrinho. Em uma dessas cenas, o roqueiro se apresenta no palco e comete um erro na letra de “O Tempo Não Para”. Em outro momento, ele e o noivo brindam com champanhe no sapato da noiva.
Desafios de Saúde e Momentos Tensos na Estrada
Além da controvérsia da bandeira, a turnê “O Tempo Não Para” foi marcada por outros desafios. O baixista Nilo Romero relembra dois episódios em que Cazuza desmaiou: um em Belém, Pará, e outro em Salvador, Bahia. “Você já foi a Belém? Então, é muito quente! Esse dia foi punk”, recordou Romero. “Da outra vez, ele comeu acarajé e passou mal. No momento seguinte, é como se nada tivesse acontecido.” Diante dos riscos, a produção do show mantinha balões de oxigênio e uma ambulância de plantão como precaução.
Romero também descreveu Cazuza como alguém que gostava de “meter o pé no acelerador” e narrou as tentativas da banda de se desvencilhar dele para ir à praia. O cantor, no entanto, frequentemente acionava seu motorista para encontrá-los, resultando em “maior esporro”, segundo o baixista, que relembra a situação de forma divertida. No livro “Só as Mães São Felizes”, Lucinha Araújo narra mais episódios desafiadores da turnê. Em São Paulo, Cazuza se desentendeu com o gerente de um hotel e, no ápice do descontrole, quebrou uma porta de vidro. Um segurança, então, sacou uma arma, e Cazuza o confrontou: “Atira! Vamos ver se é homem mesmo para atirar!”. Em Maceió, após ser vaiado pela plateia, o cantor desceu as calças em retaliação. Em Recife, ele novamente recebeu vaias depois de se dirigir ao público em inglês.
Um episódio particularmente chocante ocorreu em Salvador, quando um indivíduo na plateia, de forma inadequada, gritou “Dá-lhe, aidético!”. O agressor estava sentado sem saber atrás de Lucinha Araújo e João Araújo, pais de Cazuza. O resultado foi imediato: o homem foi retirado da área sob socos e pontapés, mas antes de ser expulso, teve o valor de seu ingresso reembolsado. Lucinha recordou que “aquele sujeito foi duplamente infeliz. Primeiro, por ter gritado o que gritou e, segundo, por ter sentado atrás da gente. O João meteu a porrada nele”.

Imagem: bbc.com
Em “Protegi Teu Nome Por Amor”, Lucinha Araújo atribui as crises agudas do filho, manifestadas por mudanças de humor e rompantes de agressividade, ao uso do medicamento AZT, classificando a situação como “insuportável para todos”.
A Incansável Presença da Mãe e a Coragem de um Desafio
Apesar de todas as dificuldades, Lucinha Araújo fazia questão de assistir a todas as apresentações de seu filho. Durante a turnê “O Tempo Não Para”, ela viajou, sozinha ou acompanhada de seu marido, João Araújo, para cidades como São Paulo, Salvador e Porto Alegre. Somente no Rio de Janeiro, ela compareceu ao show do Canecão por cinco vezes. Cazuza, por sua vez, não aprovava a “corujice” da mãe, reclamando: “Que horror, mãe! Me seguindo por toda a parte. Parece uma tiete alucinada. Não sabe que roqueiro não tem mãe?”. Além de sua presença, Lucinha também tinha o costume de levar rosas brancas, cujas pétalas eram atiradas ao palco durante o bis.
Em um depoimento emocionante, Lucinha compartilhou seu apoio ao filho: “Quando eu podia, queria estar perto dele. Quando não podia, ficava em casa rezando para ele não passar mal. Cazuza queria porque queria fazer aquela turnê. Sabia que era a última e queria se despedir do público. Foi corajoso até o fim”.
Encontros e Homenagens Inesquecíveis
A turnê de Cazuza foi além de escândalos e controvérsias, proporcionando encontros significativos, tanto no palco quanto nos bastidores. No Teatro Castro Alves, em Salvador, Cazuza recebeu a visita de Gilberto Gil. Juntos, cantaram “Um Trem Para as Estrelas”, de 1987, que foi o tema do filme homônimo de Cacá Diegues e composto pela dupla. Em São Paulo, no Aeroanta, o cantor recebeu Caio Fernando Abreu. Antes de entoar “Só as Mães São Felizes”, Cazuza dedicou a música ao amigo escritor. Caio Fernando Abreu, mais tarde, declarou no artigo “Homenagem”, publicado no Jornal do Brasil em julho de 1990, que aquela foi a maior homenagem que recebeu em toda a sua vida, afirmando ainda que Cazuza foi o melhor que aconteceu à Música Popular Brasileira depois de Caetano Veloso.
No Canecão, a plateia contou com a ilustre presença de sua avó paterna, Maria José, então com 91 anos. Foi ela quem inspirou Cazuza a escrever “Poema” aos 17 anos, com o conselho “Não espere eu morrer para fazer uma poesia para mim. Faça enquanto estou viva!”. A letra de “Poema” seria musicada por Frejat em 1998 e gravada no álbum “Olhos de Farol”, de 1999, por Ney Matogrosso. Em declaração ao jornal O Globo, em 14 de outubro de 1988, Maria José comentou: “Nunca tinha visto um show dele ao vivo. Só pela televisão. Devia ter trazido o algodãozinho, mas deu para aguentar. Ele é ótimo. Canta muito bem”. Caio Fernando Abreu faleceu em 1996, aos 47 anos, e Maria José em 1998, aos 100 anos.
Um momento de grande emoção nos shows era a execução de “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”. Christiaan Oyens saía da bateria e vinha para a frente do palco para tocar gaita. Nos ensaios, Cazuza havia expressado a Ney Matogrosso seu desejo por algo intimista, com um “clima de fogueira”. Foi então que Oyens revelou que sabia tocar gaita. O baterista descreveu o número como um momento “lindo”, que culminava com um abraço entre ele e Cazuza. Ele relata: “A gente repetia esse número toda noite, mas toda noite, eu me emocionava. Foi lindo”. Oyens também mencionou que Nilo Romero o apresentou a Cazuza e que o cantor possuía “uma maturidade espiritual enorme”, ressaltando que compartilhavam o mesmo livro de cabeceira: “Apanhador no Campo de Centeio”, de J. D. Salinger.
A Legacy Duradouro e as Palavras Finais de Cazuza
O camarim de Cazuza no Canecão é reproduzido na exposição “Cazuza Exagerado”, que foi inaugurada em junho no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. A exposição, que inclui uma projeção holográfica do artista, permanece no Rio até setembro, antes de seguir para São Paulo. Entre os itens expostos, estão o terno de Panamá branco, desenhado pelo estilista Gregório Faganello, e uma foto com sua avó Maria José, capturada pela fotógrafa Cristina Granato.
Ramon Nunes Mello, poeta e organizador da fotobiografia “Protegi Teu Nome Por Amor” e da obra poética “Meu Lance é Poesia” (Martins Fontes, 2024), descreve “O Tempo Não Para” como “o ápice da carreira do Cazuza. Seu canto do cisne”. Ele acrescenta que Cazuza “sabia que ia morrer e deu tudo de si. Embora sua aparência fosse frágil, transmitia muita força”.
A gravadora Polygram lançou duas versões do álbum “O Tempo Não Para”: a primeira em 1988, com dez faixas, e uma edição completa em 2022, apresentando o show integral. Na versão original de 1988, a foto da capa era do fotógrafo Paulo Ricardo. Na edição de 2022, a foto da capa é de Miriam Prado, que fotografou os shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte utilizando uma câmera Pentax de 35mm. Miriam Prado, que foi casada com Luciano Maurício por 24 anos e namorou por 12, totalizando 36 anos de relacionamento, descreve sua relação com Cazuza como de “admiração mútua”, apesar da pouca convivência. Ela recorda que ele autografou o disco “O Tempo Não Para” com a dedicatória: “Miriam, você é realmente uma Mulher”, com um ‘M’ maiúsculo, o que a comoveu. Ela afirma que ele nunca a impediu de fotografar, e pelo contrário, gostava de posar para ela.
O show do disco “Ideologia”, batizado como “O Tempo Não Para”, foi incluído no livro “Os 50 Maiores Shows da História da Música Brasileira” (Belas Letras, 2024), escrito pelo jornalista Luiz Felipe Carneiro e pelo pesquisador Tito Guedes. Carneiro elege o álbum como “o disco brasileiro mais importante dos anos 1980”, e pontua que as músicas “Ideologia” e “Brasil” representam fielmente aquele período histórico. “Em 1985, o Brasil era colorido; em 1988, tornou-se preto e branco. Foi o ano da morte de Chico Mendes [em 22 de dezembro] e do naufrágio do Bateau Mouche [em 31 de dezembro]”, afirma o jornalista. Ele ainda observa que Cazuza não havia tornado público seu diagnóstico de Aids na época, havendo “muita especulação”. Carneiro, que está desenvolvendo uma biografia para 2027, revela que a pesquisa já totalizou “40 horas de entrevista” apenas com Lucinha Araújo.
Em 6 de dezembro de 1988, Cazuza foi entrevistado por Marília Gabriela para o programa “Cara a Cara”, da Band. Diante das câmeras, ele negou ter contraído o vírus HIV, afirmando ser vítima de “uma doença grave”, mas “já curada”. Nos bastidores, Marília Gabriela argumentou que não faria sentido continuar negando a doença, o que o fez reconsiderar sua decisão de manter a condição em segredo. Cazuza assumiu publicamente ser soropositivo em 13 de fevereiro de 1989, concedendo uma entrevista ao jornalista Zeca Camargo, diretamente de Nova York, na qual declarou: “Estou lutando para ficar vivo. Tenho certeza que vou viver pelo menos até uns 70 anos”.
O Final da Turnê e o Último Capítulo
Após retornar do Nordeste, o baterista Christiaan Oyens comunicou aos amigos sua decisão de deixar a banda. Ele revelou que sua saída foi influenciada pela recente perda de um irmão e a forma como Cazuza lidava com sua saúde. “Cazuza não se cuidava como deveria. Ora fazia dieta e tomava os remédios. Ora fumava e bebia muito, e não dormia o suficiente. A guerra que ele travava com seus anjos e demônios me afetou profundamente. Eu também atravessava uma fase extremamente dura”, explicou Oyens. A turnê “O Tempo Não Para” encerrou-se em 24 de janeiro de 1989. O último show da carreira de Cazuza foi realizado no Pavilhão do Centro de Convenções, em Recife, Pernambuco.
Em abril de 1989, Cazuza retornou ao estúdio para gravar “Burguesia”, seu derradeiro disco, lançado no mesmo ano. O álbum duplo vendeu 250 mil cópias e garantiu um Prêmio Sharp póstumo à música “Cobaias de Deus”, uma parceria sua com Ângela Ro Ro. Chegou a agendar quatro apresentações no Jazzmania, no Rio de Janeiro, entre 14 e 17 de maio de 1990. No entanto, precisou cancelá-las. Em 18 de maio de 1990, foi internado no Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Cazuza faleceu em 7 de julho de 1990, aos 32 anos. Na lápide de seu jazigo no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, repousa a frase que eterniza sua batalha e legado: “O tempo não para”.
Com informações de BBC News Brasil
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