Pixel 10 Pro Fold explode em teste de durabilidade

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O novo Google Pixel 10 Pro Fold explodiu durante um teste de durabilidade conduzido por Zack Nelson, conhecido no YouTube como JerryRigEverything. O aparelho dobrável, lançado pela gigante da tecnologia Google, teve sua bateria superaquecida e subsequentemente emitiu fumaça após ser submetido a estresse físico extremo, culminando em um incidente alarmante registrado no vídeo publicado em 14 de outubro de 2025, às 10:15 PM UTC.

Nelson, que é referência em análises de resistência de dispositivos móveis, aplicou suas metodologias habituais de durabilidade ao smartphone. O momento crítico ocorreu durante o teste de flexão, já após o aparelho ter sido previamente danificado. A força aplicada fez com que a bateria do Pixel 10 Pro Fold expandisse, gerasse fumaça densa a ponto de acionar um alarme de incêndio no ambiente e, finalmente, transformasse o celular em um resíduo carbonizado sobre a mesa de testes.

Embora as condições do teste fossem, sem dúvida, excepcionais, a espetacular falha do dispositivo levanta questionamentos sobre a segurança das baterias de íon de lítio sob estresse severo. Para entender mais sobre os riscos associados e a importância de normas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) oferece guias sobre a segurança de equipamentos eletrônicos em sua plataforma oficial. A ocorrência desse tipo de incidente durante avaliações extremas destaca a natureza crítica do comportamento das baterias, mesmo que em cenários que dificilmente seriam encontrados no uso cotidiano.

Pixel 10 Pro Fold explode em teste de durabilidade

É fundamental observar que Zack Nelson submeteu o Pixel 10 Pro Fold a uma pressão extraordinária. Ele inicialmente danificou o aparelho ao dobrá-lo para trás enquanto este estava totalmente desdobrado. No entanto, o inchaço e o subsequente superaquecimento da bateria só se manifestaram quando ele aplicou uma pressão considerável sobre a parte já danificada do smartphone, de tal maneira que a tela foi essencialmente dobrada sobre si mesma, em uma configuração atípica e forçada, excedendo qualquer limite de uso regular.

Mesmo com a natureza extrema das condições de teste, Nelson expressou surpresa com o ocorrido, afirmando não ter presenciado algo semelhante em suas avaliações anteriores. “Nos dez anos em que venho testando a durabilidade de celulares, nunca tive um smartphone explodindo antes”, declarou Nelson. “O Pixel 10 Pro Fold é o primeiro telefone a pegar fogo.” Ele enfatizou que, embora o teste fosse extremo, ele submeteu “todos os principais smartphones feitos nos últimos 10 anos exatamente aos mesmos testes”, e esta foi a primeira vez que um falhou “tão espetacularmente” a ponto de acionar seu alarme de incêndio.

Até o momento, a Google não se manifestou oficialmente sobre o incidente em resposta à solicitação de comentários da mídia. Contudo, este não é o primeiro registro de questões relacionadas a baterias envolvendo os dispositivos Pixel neste ano. A empresa já havia emitido uma atualização para o Pixel 6A a fim de endereçar um risco potencial de superaquecimento da bateria, e também lançou uma atualização para o Pixel 4A visando melhorar a estabilidade de desempenho de sua bateria.

Pixel 10 Pro Fold explode em teste de durabilidade - Imagem do artigo original

Imagem: Jay PetersCloseJay PetersSenior Reporter via theverge.com

Análise da iFixit: A Realidade da Bateria de Lítio

Apesar da dramaticidade de uma bateria em chamas, especialistas como Elizabeth Chamberlain, da iFixit, sugerem que este incidente pode não indicar necessariamente um problema no design do Pixel 10 Pro Fold. Em declarações, Chamberlain afirmou: “A possibilidade de fuga térmica é apenas uma realidade das baterias de íon de lítio.” Ela apontou que Nelson provavelmente não descarregou a bateria antes de abrir o telefone, procedimento recomendado, uma vez que a maioria dos aparelhos novos chega com 60% ou mais de carga de fábrica. A recomendação da iFixit é descarregar a bateria para menos de 25% para tais procedimentos, ressaltando que, dadas as extremas pressões que Nelson exerce sobre os dispositivos, esse percentual poderia até ser considerado alto.

Chamberlain ainda esclareceu que a fuga térmica (ou thermal runaway) é, em essência, um curto-circuito local, com maior probabilidade de ocorrer quando as camadas isolantes de uma bateria de estilo jelly roll são rompidas. Ela citou ainda um post e um vídeo da iFixit que detalham casos de baterias que pegam fogo, enfatizando a importância das precauções em manipulação de baterias de lítio.

Resistência à Poeira do Pixel 10 Pro Fold Testada

O teste de Nelson no Pixel 10 Pro Fold também abrangeu sua resistência à poeira, mesmo com a classificação IP68. A Google divulgou o aparelho como o seu dobrável mais durável até então, ressaltando os benefícios da dobradiça sem engrenagens. No entanto, Nelson aplicou pó diretamente sobre a dobradiça e, ao abrir e fechar o aparelho repetidamente, gerou ruídos perturbadores indicando que o pó havia ficado preso internamente. “Isso é meio embaraçoso”, comentou Nelson, apontando uma aparente fragilidade do mecanismo frente à intrusão de partículas, um contraste com as promessas de durabilidade da Google para o dispositivo.

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Este evento com o Pixel 10 Pro Fold serve como um lembrete importante dos limites da tecnologia e da complexidade na engenharia de dispositivos inovadores. A performance em testes extremos, embora não reflita o uso comum, fornece informações valiosas sobre a robustez e segurança dos componentes. Para se manter atualizado sobre as novidades do mercado de smartphones e outras inovações tecnológicas, continue acompanhando nossas análises e reportagens na categoria Análises em nosso site.

Crédito da imagem: Jay Peters/The Verge


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