Starlink wants billions in grants, but state governments aren’t cooperating

Artigos Relacionados

📚 Continue Lendo

Mais artigos do nosso blog

A operadora Starlink, da SpaceX, não tem obtido os recursos para banda larga que solicitou aos governos estaduais, apesar das alterações nas regras de um programa de subsídios de US$ 42 bilhões realizadas pela administração anterior. Em vez de direcionar a maior parte do dinheiro para a empresa de satélites de Elon Musk, os resultados iniciais indicam que os estados ainda planejam implantar redes de banda larga de fibra óptica para a maioria de suas residências não atendidas.

Quando a administração anterior anunciou sua revisão do programa Broadband Equity, Access, and Deployment (BEAD) em março, estimativas publicadas pelo The Wall Street Journal sugeriram que a SpaceX poderia receber entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões sob as novas regras. Musk claramente esperava um grande ganho financeiro. A SpaceX alega que a Virgínia e a Louisiana violaram as regras da administração anterior ao alocar a maior parte do dinheiro para provedores de fibra em vez do serviço de satélite da Starlink.

Assumindo que Virgínia e Louisiana não recuem, a SpaceX indicou que pedirá à administração federal que rejeite suas propostas de subsídio. A SpaceX pode acabar apresentando objeções semelhantes em muitos outros estados depois que mais deles revelarem seus planos. Um terceiro estado, a Virgínia Ocidental, revelou seu plano recentemente, e a SpaceX provavelmente não ficará satisfeita com ele.

O Programa BEAD e Seus Objetivos

O programa Broadband Equity, Access, and Deployment (BEAD) foi estabelecido com o objetivo de expandir o acesso à banda larga de alta velocidade em todo o território nacional. Com um orçamento de US$ 42,45 bilhões, o programa é administrado pela National Telecommunications and Information Administration (NTIA) e visa garantir que todas as residências e pequenas empresas tenham acesso a serviços de internet confiáveis e acessíveis. Os fundos são distribuídos aos estados e territórios, que então desenvolvem seus próprios planos para alocar os recursos, priorizando áreas sem serviço ou com serviço insuficiente.

A meta principal do BEAD é fechar a lacuna digital, fornecendo conectividade de banda larga onde ela é inexistente ou inadequada. Os estados são responsáveis por identificar as áreas elegíveis e propor soluções tecnológicas que atendam aos requisitos de velocidade e latência estabelecidos pelo programa. A ênfase é na construção de infraestrutura de longo prazo que possa suportar as necessidades futuras de conectividade.

Alterações Regulatórias e Expectativas

As regras iniciais do programa BEAD tendiam a favorecer tecnologias de banda larga com maior capacidade e menor latência, como a fibra óptica. No entanto, a administração anterior implementou mudanças regulatórias que foram interpretadas como uma abertura para que tecnologias sem fio e via satélite, como a Starlink, pudessem competir de forma mais eficaz por uma parcela significativa dos fundos. Essas alterações visavam, em parte, acelerar a implantação em áreas rurais e remotas, onde a construção de infraestrutura de fibra pode ser mais cara e demorada.

As projeções de que a Starlink poderia receber bilhões de dólares em subsídios surgiram após essas revisões. A expectativa era que a flexibilização das diretrizes permitisse que o serviço de satélite da SpaceX, que oferece cobertura em áreas de difícil acesso, se qualificasse para uma fatia substancial do financiamento federal. Essa perspectiva gerou otimismo dentro da SpaceX sobre a possibilidade de expandir rapidamente sua base de usuários com o apoio de fundos públicos.

A Posição dos Governos Estaduais

Apesar das mudanças nas regras federais, muitos governos estaduais têm demonstrado uma preferência clara pela implantação de redes de fibra óptica. Essa preferência é baseada em vários fatores técnicos e econômicos. A fibra óptica é amplamente considerada a tecnologia mais “à prova de futuro” para banda larga, oferecendo velocidades simétricas significativamente mais altas, latência muito menor e maior confiabilidade em comparação com outras tecnologias.

Os estados argumentam que o investimento em fibra óptica representa uma solução de infraestrutura de longo prazo que pode atender às crescentes demandas por largura de banda por décadas. Embora a implantação inicial da fibra possa ser mais cara e demorada em algumas áreas, os custos operacionais a longo prazo e a capacidade de atualização da rede são vistos como vantagens significativas. Além disso, a fibra é menos suscetível a interrupções climáticas e oferece uma conexão mais estável, o que é crucial para serviços essenciais como telemedicina e educação a distância.

As Contestações da Starlink

A SpaceX, operadora da Starlink, tem contestado ativamente os planos de alocação de fundos de banda larga de vários estados. A empresa alega que as decisões estaduais de priorizar a fibra óptica em detrimento do serviço de satélite da Starlink violam as regras revisadas do programa BEAD. A Starlink argumenta que seu serviço pode fornecer conectividade de alta velocidade de forma mais rápida e econômica em muitas das áreas rurais e remotas que o programa visa atender, especialmente onde a construção de fibra é inviável ou excessivamente cara.

As alegações da Starlink se concentram na interpretação das diretrizes federais, que, segundo a empresa, deveriam permitir uma maior flexibilidade na escolha da tecnologia, desde que os requisitos de velocidade e latência sejam atendidos. A empresa vê seu serviço como uma solução imediata e eficaz para a lacuna digital, capaz de alcançar rapidamente milhões de residências sem acesso adequado à internet.

O Caso da Virgínia

A Virgínia foi um dos primeiros estados a ter seu plano de alocação de fundos BEAD contestado pela Starlink. O plano da Virgínia direciona a maior parte de seus recursos para a construção de redes de fibra óptica, com o objetivo de conectar a maioria das residências não atendidas do estado. A Starlink argumentou que essa abordagem ignora a capacidade de seu serviço de satélite de fornecer conectividade rápida e eficiente em áreas rurais, onde a implantação de fibra pode ser particularmente desafiadora.

A objeção da Starlink à proposta da Virgínia destaca a tensão entre a preferência dos estados por infraestrutura de fibra de longo prazo e a capacidade de implantação mais rápida de soluções via satélite. A empresa solicitou que a administração federal intervenha e rejeite o plano da Virgínia, forçando uma reavaliação que poderia incluir uma maior alocação de fundos para serviços de satélite.

O Caso da Louisiana

De forma semelhante à Virgínia, a Louisiana também se tornou alvo de uma contestação da Starlink. O plano de banda larga da Louisiana, que também prioriza a fibra óptica para a maioria de suas áreas não atendidas, foi considerado pela SpaceX como uma violação das diretrizes federais do programa BEAD. A Starlink reiterou seus argumentos de que o serviço de satélite é uma alternativa viável e, em muitos casos, superior para levar banda larga a comunidades rurais e isoladas.

A disputa na Louisiana reflete o padrão de objeções da Starlink, que busca garantir que seu serviço seja considerado uma opção primária para o financiamento público de banda larga. A empresa continua a pressionar por uma interpretação das regras que favoreça a inclusão de tecnologias de satélite em larga escala nos planos de implantação estaduais.

O Exemplo da Virgínia Ocidental

A Virgínia Ocidental é outro estado que revelou seu plano de banda larga recentemente, e as indicações são de que ele também prioriza a fibra óptica. Embora os detalhes específicos da alocação de fundos ainda estejam sendo analisados, a abordagem geral do estado sugere que a Starlink provavelmente não ficará satisfeita com a proporção de recursos destinados ao serviço de satélite. Este cenário reforça a tendência observada em outros estados de favorecer a fibra como a espinha dorsal da infraestrutura de banda larga.

A revelação do plano da Virgínia Ocidental adiciona mais um capítulo à disputa em andamento entre a Starlink e os governos estaduais. A expectativa é que a SpaceX continue a monitorar de perto os planos de outros estados à medida que são divulgados, e que novas objeções possam surgir se a tendência de priorizar a fibra persistir.

Mecanismo de Contestação

O processo pelo qual a Starlink está contestando as decisões estaduais envolve apelos diretos à administração federal. A empresa está solicitando que a National Telecommunications and Information Administration (NTIA), a agência responsável pela supervisão do programa BEAD, rejeite as propostas de subsídio dos estados que, segundo a Starlink, não estão em conformidade com as regras revisadas. Este mecanismo de contestação permite que as partes interessadas apresentem argumentos sobre a adequação dos planos estaduais em relação aos objetivos e diretrizes do programa federal.

A decisão final sobre essas contestações caberá à administração federal, que terá que arbitrar entre as prioridades dos estados e as alegações da Starlink. O resultado dessas disputas pode estabelecer precedentes importantes para a alocação futura de fundos de banda larga em todo o país.

Tecnologias de Banda Larga em Debate

O debate sobre a alocação de fundos do programa BEAD coloca em evidência as características distintas das tecnologias de banda larga. A fibra óptica oferece alta velocidade, baixa latência e grande capacidade, sendo ideal para áreas densamente povoadas e para o futuro da conectividade. Sua implantação, no entanto, pode ser cara e demorada em terrenos difíceis ou áreas muito dispersas.

Por outro lado, o serviço de internet via satélite, como o Starlink, oferece a vantagem de cobertura rápida e ampla, alcançando áreas remotas onde a fibra é inviável. Embora as velocidades tenham melhorado significativamente, a latência ainda é maior do que a da fibra, e a capacidade pode ser mais limitada em áreas com muitos usuários. A discussão central é qual tecnologia oferece o melhor retorno sobre o investimento público para atingir o objetivo de conectividade universal, considerando os custos, a velocidade de implantação e a capacidade de longo prazo.

À medida que mais estados divulgam seus planos de alocação de fundos do programa BEAD, é provável que a SpaceX continue a apresentar objeções semelhantes. A disputa em andamento destaca a complexidade de fechar a lacuna digital e a tensão entre diferentes abordagens tecnológicas para alcançar a conectividade universal.

Para seguir a cobertura, veja também governments.


Links Externos

🔗 Links Úteis

Recursos externos recomendados

Share via
Share via