📚 Continue Lendo
Mais artigos do nosso blog
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou nesta segunda-feira (27/10/2025) que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva é “um cara muito vigoroso” e que se sentiu “muito impressionado” com o líder brasileiro. A declaração foi feita um dia após o encontro entre ambos na Malásia, onde participavam da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). As conversas bilaterais visam avançar nas relações e encontrar soluções para tensões comerciais.
As afirmações de Trump foram concedidas a jornalistas a bordo do avião presidencial americano, na manhã da segunda-feira, em resposta a indagações sobre a natureza de seu encontro com Lula. O presidente americano descreveu a reunião como “muito boa” e indicou a possibilidade de futuros “acordos”. “Neste momento eles estão pagando uma tarifa de 50%. Mas nós tivemos um grande encontro”, ponderou Trump, sinalizando o complexo cenário das relações comerciais. No mesmo dia, Trump fez questão de felicitar Lula pelo seu aniversário de 80 anos.
Trump Elogia Lula: “Muito Vigoroso” Após Encontro na Ásia
A repercussão das discussões foi confirmada por Lula, que utilizou suas redes sociais para classificar a reunião como “ótima”, anunciando a imediata continuidade das negociações. O foco principal permanece na busca por resoluções para a tarifa de 50% aplicada a importações brasileiras, além de sanções impostas pela administração Trump contra autoridades brasileiras. Em coletiva de imprensa, Lula enfatizou a garantia de Trump para que “teremos um acordo” em um prazo “mais rápido do que muita gente pensa”, indicando otimismo quanto a desfechos céleres. Ele antecipou que novas rodadas de negociações acontecerão em Washington “nas próximas semanas”, prevendo uma “solução definitiva” em “poucos dias”, numa analogia à alegria descrita na canção de Gonzaguinha.
Este encontro marcou o primeiro diálogo formal entre os dois líderes, cujas relações estavam em um período de distanciamento desde o início do governo Trump. A situação se agravou notavelmente em julho de 2025, com a implementação de um tarifaço por Washington contra o Brasil. No entanto, o cenário diplomático começou a mostrar sinais de melhoria a partir de setembro do mesmo ano, após um breve contato entre ambos durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, pavimentando o caminho para o encontro bilateral mais substancial na Malásia.
Tensões e Pontos Cruciais Debatidos na Cúpula
Durante a reunião, Lula fez uma série de reivindicações diretas a Trump, conforme relatos do próprio presidente brasileiro. Entre elas, a suspensão das taxações comerciais e a revisão de punições aplicadas a membros de seu ministério. As sanções a autoridades brasileiras incluem magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) e membros do governo. Lula descreveu tais medidas como “infundadas e baseadas em informações erradas”, salientando que Trump “ficou surpreso” ao saber que as sanções americanas haviam afetado até mesmo a filha de dez anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A situação do ministro Padilha decorre de seu envolvimento na elaboração do programa Mais Médicos. Segundo o governo dos EUA, este programa configurou um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, em alusão à participação de médicos cubanos entre 2013 e 2018. Em consequência, o ministro, sua esposa e filha tiveram seus vistos americanos cancelados. Em outra frente, oito magistrados do STF, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, foram alvo de sanções com base na Lei Magnitsky, um dispositivo legal americano destinado a penalizar indivíduos estrangeiros considerados responsáveis por sérias violações de direitos humanos.
Imagem: bbc.com
Defesa de Julgamento e Novo Capítulo na Relação Bilateral
Um dos pontos defendidos por Lula perante Trump foi a legitimidade do julgamento no STF que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado e outros crimes. Essa condenação tem sido frequentemente criticada por Trump, que chegou a usá-la como justificativa para as tarifas de 50% contra o Brasil. Referindo-se a Bolsonaro, Lula empregou a expressão “rei morto, rei posto”, afirmando a Trump que o ex-presidente faz parte do passado político brasileiro. Segundo Lula, bastariam “três reuniões” para que o líder americano percebesse a insignificância de Bolsonaro em contraste com a nova dinâmica entre Brasil e Estados Unidos.
Lula sublinhou a importância fundamental do encontro para o estabelecimento de um conhecimento mútuo pessoal. Ele argumentou que é muito mais desafiador construir uma relação através de intermediários do que por contato direto. “Tem que sentir, pegar na mão, olhar, ver a reação da pessoa. Acho que houve sinceridade na nossa relação”, declarou o presidente brasileiro, indicando a construção de uma base de confiança mais sólida entre as duas nações.
As relações entre grandes potências, como a discutida política externa dos EUA para a América Latina, são frequentemente moldadas por encontros bilaterais de alto nível, onde a percepção pessoal e a construção de rapport desempenham um papel crucial. Entender as complexidades dessa diplomacia é vital para a cooperação internacional. Para mais detalhes sobre a política externa americana na região, consulte fontes de análise como a Brookings Institution.
Confira também: crédito imobiliário
Em suma, o encontro entre Trump e Lula na Malásia não só sinalizou uma mudança na dinâmica bilateral, mas também abriu portas para negociações significativas sobre tarifas e sanções. As declarações de admiração de Trump por Lula e o otimismo do líder brasileiro quanto a um rápido desfecho sublinham a importância do diálogo direto para a superação de impasses. Continue acompanhando nossa cobertura sobre política nacional e internacional em nossa editoria de Política para não perder os próximos capítulos desta importante relação.
Crédito: Getty Images
Recomendo
🔗 Links Úteis
Recursos externos recomendados







