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Detentores do Visto H-1B nos Estados Unidos estão sendo aconselhados por gigantes da tecnologia, como Amazon, Google e Microsoft, a regressar ao país de imediato. A medida urgente é motivada pela iminente implementação de novas restrições e uma taxa de valor considerável, que entra em vigor à meia-noite do domingo, 21 de setembro de 2025, horário da costa leste dos EUA. Essa mudança repentina gerou um clima de apreensão e exigiu ações imediatas por parte dos funcionários em viagem, visando evitar complicações para seu retorno ao território americano.
As companhias expressaram lamento pelo curto aviso prévio e garantiram que mais orientações seriam fornecidas conforme a situação se desenvolvesse. Os comunicados, que circularam nas redes sociais, sublinham a importância de trabalhadores com o visto H-1B, atualmente fora dos EUA, finalizarem seus arranjos de viagem para pousar em solo americano antes do prazo estabelecido. A preocupação central é que a falha em fazê-lo pode resultar na impossibilidade de reentrada sem o pagamento de uma nova e elevada tarifa.
Visto H-1B: Amazon, Google, Microsoft alertam sobre novas taxas nos EUA
A imposição de uma taxa de US$ 100.000 para que esses profissionais possam reingressar no país é um ponto de grande alerta. Para aqueles com visto H-1B e seus dependentes com visto H-4 já em território americano, a orientação é clara: evitar qualquer viagem internacional até que novas informações sejam divulgadas. A estrutura das novas alterações está delineada como uma restrição de viagem, levantando temores entre os empregadores de que os trabalhadores engajados no programa de vistos sejam barrados na tentativa de retorno.
Comunicado da Microsoft: Novas Restrições e o Cenário para Profissionais Estrangeiros
O memorando da Microsoft, classificado como um “Aviso Importante”, detalhou o que seus funcionários H-1B precisavam saber. Após análise do texto integral da Proclamação Presidencial sobre vistos H-1B, a empresa confirmou que a medida é primariamente uma restrição de viagem. A partir das 00:01h (horário do leste) de 21 de setembro de 2025 – o que corresponde às 21:01h (horário do Pacífico) do dia anterior – os indivíduos não poderão entrar ou retornar aos EUA com o status H-1B, a menos que sua petição de visto inclua um pagamento adicional de US$ 100.000. Este valor exorbitante adiciona uma barreira significativa ao livre trânsito dos profissionais altamente qualificados que compõem parte essencial da força de trabalho tecnológica americana.
Para os trabalhadores H-1B atualmente fora do país, a Microsoft informou que disponibilizaria um formulário ainda na noite seguinte à liberação do aviso, com o objetivo de acompanhar e fornecer suporte individualizado àqueles que buscassem retornar nas 28 horas seguintes à notificação. O comunicado da Microsoft fez questão de esclarecer que a proclamação não afetava outros status de visto. Adicionalmente, ressaltou que, até aquele momento, não interpretava que a medida impactaria imediatamente extensões de status H-1B ou mudanças para H-1B para quem já estivesse dentro dos EUA, prometendo mais esclarecimentos futuros sobre esse ponto específico.
Essa urgência reforça a gravidade da proclamação e a preocupação das empresas em minimizar o impacto sobre seus talentos globais. A clareza da Microsoft, embora dada em prazo curto, visava mitigar incertezas dentro de sua equipe. O documento original mencionado pela Microsoft como “Restriction on Entry of Certain Nonimmigrant Workers” representa a base legal dessas mudanças.
Para informações oficiais, o texto da proclamação que alterou as regras de entrada e permanência pode ser consultado diretamente na página oficial da Casa Branca, conforme destacado pelo comunicado da Microsoft aos seus funcionários. Tal documentação detalha os pormenores das novas diretrizes, incluindo as razões e o escopo da restrição.
Avisos do Google: Suporte Urgente a Detentores do Visto H-1B
O Google também emitiu uma atualização urgente para seus funcionários detentores de visto H-1B. O comunicado destacava que uma Proclamação com efeitos a partir de 00:01h ET deste domingo introduziria “mudanças significativas nos procedimentos de reentrada para detentores de visto H-1B atualmente fora dos Estados Unidos”. Embora a empresa ainda estivesse revisando a Proclamação, a orientação inicial recebida indicava que a reentrada exigiria o pagamento mandatório de US$ 100.000 por petição, o que “poderia causar atrasos substanciais ou impedir a reentrada” nos EUA. Essa nota ressaltava a possível paralisação nas operações e na vida pessoal de muitos profissionais qualificados.
A empresa orientou aqueles que estivessem fora dos EUA a agirem com urgência e forneceu canais de comunicação, como o go/immigration-help, para quem não conseguisse retornar antes do prazo final. O Google expressou compreensão pelos “desafios que isso pode criar” e reiterou seu compromisso em oferecer suporte, além de monitorar ativamente a situação para manter seus funcionários atualizados. Essa postura colaborativa busca assegurar que, dentro do possível, os impactos sejam minimizados para sua força de trabalho internacional.

Imagem: Cath Virginia via theverge.com
Amazon Alerta sobre Restrições para H-1B e Dependentes H-4
A Amazon, por sua vez, também se manifestou a seus funcionários, ou “Amazonians”, após revisar a Proclamação Presidencial sobre vistos H-1B. A companhia afirmou estar trabalhando ativamente para obter maior clareza sobre o assunto. Em seu memorando, a Amazon informou que a proclamação estabelecia uma restrição de viagem a partir de 21 de setembro de 2025, às 00:01h EDT (09:01h PDT). Após essa data e hora, os indivíduos não poderiam entrar nos EUA com status H-1B sem um pagamento adicional de US$ 100.000 associado à sua petição, evidenciando o ônus financeiro imprevisto.
As ações recomendadas pela Amazon foram precisas: se o funcionário tivesse status H-1B e estivesse nos EUA, a orientação era para permanecer no país por enquanto, mesmo que houvesse viagens planejadas para o futuro próximo. Essa cautela estende-se aos dependentes com status H-4, a quem a Amazon também aconselhou a permanecer nos EUA, apesar de a proclamação não mencionar explicitamente os dependentes H-4. Isso demonstra uma abordagem preventiva diante das incertezas legais.
Para os detentores de status H-1B ou H-4 que estivessem fora dos EUA, a empresa os exortou a tentar retornar antes do prazo final, se possível. Reconhecendo o curto aviso, a Amazon enfatizou que o retorno imediato era “aconselhável” e que todo esforço deveria ser feito para passar pela alfândega dos EUA antes das 00:00h EDT (21:00h PDT) de domingo, 21 de setembro de 2025. Caso não fosse possível retornar antes do prazo, a Amazon aconselhou não tentar entrar nos EUA até que novas orientações fossem fornecidas, destacando a complexidade da situação para milhares de trabalhadores.
A situação imposta por estas novas regulamentações imigratórias nos EUA gera um precedente complexo para o mercado de trabalho altamente qualificado, dependente da mobilidade internacional. A reação imediata das gigantes de tecnologia reflete a preocupação com a retenção de talentos e a manutenção de suas operações. As empresas buscarão, nas próximas horas e dias, maiores esclarecimentos e talvez até mecanismos para contornar ou auxiliar seus funcionários diante dessa abrupta mudança.
Este cenário de última hora para detentores do Visto H-1B e H-4 ressalta a importância de acompanhar as diretrizes governamentais e as comunicações corporativas. Os desafios logísticos e financeiros são substanciais, afetando milhares de profissionais e suas famílias, bem como as empresas que deles dependem para inovação e desenvolvimento.
Acompanhe mais análises e desenvolvimentos sobre a política imigratória e o impacto no setor de tecnologia. Para se manter atualizado, continue acompanhando as notícias em nossa editoria de Política. Fique por dentro das decisões que moldam o cenário global e suas consequências.
Crédito da imagem: Cath Virginia / The Verge, Getty Images
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